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Oscarito e a esposa Margot em 1936.
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39 - OSCARITO - Humorista (1906-1970). A vida nômade do trapezista Oscar Teresa determinou que sua mulher Clotilde estivesse a seu lado em Málaga, na Andaluzia espanhola, quando nasceu seu filho Oscar Lorenzo Jacinto de la Imaculada Concepcion Teresa Dias. Era 16 de agosto de 1906. Dois dias antes Oscarito seria português, três dias mais tarde marroquino de Tânger, ao sabor do destino do circo onde sua família ganhava a vida. Mas ele, já consagrado como o maior comediante brasileiro, assim definiu a sua nacionalidade: Vim para cá pequenino, sofri mais do que sovaco de aleijado (esta expressão hoje não é politicamente correta). Fui tão aplaudido quanto jogador de futebol e criticado quanto o presidente da República. E ainda tive que me virar como malandro de morro. Logo, o que sempre fui mesmo, é brasileiro. E ao longo dessa brasilidade iniciou sua carreira no circo, ao lado da família. Passou pelo teatro (ao lado da beleza das vedetes, foi a garantia da bilheteria dos teatros de revista da Praça Tiradentes) e em trinta anos fez 45 filmes, todos eles no Rio de Janeiro, de onde nunca quis sair, embora excelentes convites, internacionais inclusive, nunca lhe faltassem. Sua primeira aparição nas telas foi em 1933 em A voz do carnaval, antepassado das chanchadas que teriam nele seu grande astro. Em sua filmografia, quase sempre acompanhado por Grande Otelo, destacam-se: Alô, Carnaval (36), Banana-da-terra (39), Tristezas não pagam dívidas (44), Este mundo é um pandeiro (47), Falta alguém no manicômio (48), Carnaval no fogo (50), Aviso aos navegantes (51), Nem Sansão nem Dalila (54). Matar ou correr (54), Colégio de brotos (56), O homem do Sputnik (59) e Crônica da cidade amada (65). Morreu de um acidente vascular, com 64 anos;
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GRANDE OTELO - Humorista brasileiro (1915-1993). Foi em Uberlândia, Minas Gerais, em terras da família Prata, que nasceu Sebastião Bernardes de Souza Prata, ganhando o nome da família que o educou até que fosse perambular por São Paulo e Rio de Janeiro em busca da carreira de artista, que era sua vocação. Estudou na Ópera Nacional e recebeu dos colegas o apelido de Pequeno Otelo, que ele mesmo transformou em The great Otelo, mais tarde abrasileirado definitivamente para Grande Otelo. Com este nome transformou-se em um dos maiores atores nacionais, com carreira firmada nos palcos dos cassinos e dos grandes shows das mais importantes casas noturnas do Rio de Janeiro. Mas, desde 1935, o cinema entrou na vida de Grande Otelo como sua principal atividade, tendo aparecido nas telas pela primeira vez em Noites Cariocas. Apareceu em alguns filmes conhecidos como Futebol e família (39), Laranja da China (40) e já tinha fama suficiente para ser escolhido para trabalhar no primeiro filme produzido pelos estúdios da Atlântida, chamado Moleque Tião, em 1943. Deslanchou sua carreira e alcançou definitivamente o sucesso quando formou dupla com Oscarito em mais de dez chanchadas. São desta fase Carnaval no fogo, Aviso aos navegantes, Matar ou correr, etc. Como ator sério deixou participações memoráveis em Lúcio Flávio, Rio zona norte e outros. Morreu de enfarte ao desembarcar em Paris, a caminho do festival dos Três Continentes em Nantes, onde seria homenageado, aos 78 anos. Grande Otelo, apesar da alegria contagiante que fazia todos rirem, sofreu grandes tragédias. Foi criado sem abrigo constante de família. O pai morreu esfaqueado e a mãe era alcoólatra. Já consagrado, sua mulher se suicidou após matar o filho de seis anos, enteado do ator.
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Sempre é bem vindo o conhecimentol.
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