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sábado, 20 de agosto de 2011

A tomada da Bastilha.

05 de maio de 1789. Reunem-se em Versalhes, Paris, em torno de mil e duzentos homens, chamados pelo rei Luiz XVI para decidir os destinos da França, que parecia uma nau desgovernada, tantos eram os conflitos. Duzentos e setenta eram nobres e quase trezentos representavam o clero.
Os outros seiscentos representavam uma nova classe, a burguesia, atrelada ao povo de uma forma geral. Era o supremo e último congresso do reino, chamado estados gerais. De um lado a nobreza e o clero e do outro o terceiro estado.
A abertura do congresso ocorreu em meio ao clima envenenado do ódio de classes. Como os burgueses eram barulhentos e descorteses, o rei lhes proibiu o acesso à sala de sessões. Eles, então, se reuniram num recinto que hoje poderíamos chamar de um pequeno estádio de esportes.  
No recinto em que se reuniram os representantes do terceiro estado, eles juraram ali permanecer até que o país obtivesse uma Constituição diferente da que dava ao rei, aos nobres e ao clero todos os privilégios. A 27 de junho eles inauguravam uma Assembleia Nacional Constituinte, para reordenar o regime político. Era o início da revolução francesa.
Uma grande edifício cinzento se erguia em Paris, com quatorze torres repletas de canhões. Era chamado a Bastilha. Lugar tenebroso para onde iam, a maioria num caminho sem volta, os condenados da França, fossem bandidos ou revoltosos. Era o símbolo do absolutismo. E na manhã de 14 de julho, enormes grupos de populares marcharam contra a prisão. Os guardas reagem com canhões e baionetas, mas a revolução está a caminho. Em meio a feridos e mortos, os revoltosos tomam de vez a soturna prisão. O poder monárquico estava findando.
Tomada da Bastilha, 14 de julho de 1789.
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O governador da Bastilha, Delaunay, tinha a sua cabeça decapitada, num prenúncio do banho de sangue que viria.
Ao rei restava uma última esperança: o conde Gabriel de Mirabeau. Apesar de nobre, tinha acesso e influência no terceiro estado. Não era o melhor negociador, em virtude de sua vida desregrada e ambígua, ora apoiando a monarquia, ora defendendo a plebe. Mas não adiantou. Mirabeau morre nesse meio tempo e Luiz XVI e Maria Antonieta têm seu destino selado. 
Estava instalada a república na França, cujo objetivo principal não foi a princípio, na verdade, criar ideais de igualdade, liberdade e fraternidade. Importava a vingança contra a nobreza e o clero. Milhares de pessoas subiram ao cadafalso, inclusive muitos revoltosos, que iam se alternando no poder e se decapitando uns aos outros.
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Em outubro de 1789 o palácio de Versalhes, residência da família  real, é invadido por uma população sedenta de sangue. 
A família real tenta fugir, mas é presa em Varennes, em uma estação de muda.
Em junho de 1792, o rei é exposto ao ridículo em uma sacada  do palácio real das Tulhérias, diante de imensa multidão.
Centenas de homens foram para a guilhotina sob a acusação genérica de inimigos do povo. Robespierre e Marat, líderes da revolução, foram os responsáveis pelas "matanças setembrinas", quando cerca de 1300 pessoas foram guilhotinadas sem acusação. 
Luiz XVI, mulher e parentes, foram decapitados em Janeiro de 1793. As cabeças decepadas de nobres e religiosos eram mostradas ao povo em estacas. Napoleão Bonaparte restauraria a monarquia francesa alguns anos depois, mas em outros moldes.
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Enciclopédia Trópico - Vol VIII.
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