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sábado, 29 de outubro de 2011

O Livro de Juizes (Bíblia Sagrada).

O Livro de Juizes narra a história dos israelitas cerca de duzentos anos após a morte de Josué, até meados do século XI AC. Narrações épicas de homens chamados JUIZES. O povo de Deus se deixa seduzir pela prática permissiva das nações vizinhas. Por isso, homens especiais são designados por Deus para recolocar o povo na boa vereda. Na gravura a profetisa DÉBORA que, embora mulher na época em que mandavam os homens, não deixou também de ser especial.
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Passagens mais notáveis do Livro de JUIZES:
A história de GEDEÃO:
Depois de oitenta anos de vida amena, os hebreus voltaram a desrespeitar as leis de Deus (vê-se que tal fato é mais que recorrente, especialmente nos dias de hoje, pelas nações do mundo), caindo em idolatria. Contra eles investiu Sisara, um general dos exércitos de Jabin, rei cananeu. A profetisa Débora exortou os israelitas a lutarem com heroismo e coragem. Deus, acalmado, resolveu ajudar o seu povo, sendo os cananeus derrotados. 
O general Sisara, meio perdido, veio dar em frente à tenda de Jael, esposa de um dos guerreiros hebreus. Ela o reconheceu e pediu que entrasse. Embriagou-o com vinho e o matou. (Observa-se que, em qualquer cultura, quando a guerra está difícil, há sempre uma mulher que, com seus encantos, resolve o problema).
Tempos mais tarde, cairam os israelitas novamente em pecado (hoje nada mudou com qualquer pueblo). O Senhor, então, mandou contra seu povo os madianitas. Estes subjugaram os hebreus, que foram dominados por longo tempo. Vieram as rezas e súplicas e o Senhor novamente se apiedou de seu povo volúvel.
Certo dia Gedeão, filho de Joas, limpava trigo escondido em uma caverna. Um anjo lhe apareceu e disse.:
- Tu deves libertar Israel dos madianitas.
Gedeão, incrédulo, pediu um sinal, e o anjo tocou no alimento que o jovem preparara, nascendo uma chama que tudo queimou. Ele erigiu um altar a seu Deus e conseguiu destruir o altar de Baal, que sua família adorava. Os parentes de Gedeão quiseram castigá-lo, mas Joas defendeu o filho, dizendo que o culto ao Senhor deveria ser restaurado.
Gedeão marchou contra os madianitas com cerca de dez mil homens. Ao transporem um rio, Deus determinou que Gedeão tirasse da batalha os homens que tivessem bebido água como os cães, agachados e com a língua. Sobraram somente trezentos, mas o jovem atacou os madianitas de surpresa, tanto que estes chegaram a matar-se uns aos outros. Com a ajuda dos homens da montanha de Efraim, Gedeão venceu em definitivo os madianitas. Os hebreus quiseram então que ele passasse a ser o seu rei, mas o jovem se recusou, afirmando que só o Senhor seria o rei.
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JEFTÉ:
Este rapaz era filho bastardo de Galaad e de uma meretriz. Expulso de casa pelos irmãos, volta a Israel para comandar excursão vitoriosa contra os madianitas.  
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SANSÃO:
Sansão era um jovem de extrema força, e o segredo dele eram seus longos cabelos. Matou um leão usando uma queixada de um burro. Mas se enamorou de Dalila e ela, pérfida, ao lhe descobriu o segredo e cortar seus cabelos, entregou-o a seus inimigos, que o aprisionaram.
Sansão foi humilhado mas, ao final, num templo filisteu, voltam-lhe as forças após oração ao Senhor. Ele, mesmo acorrentado, derruba as colunas de sustentação do edifício, morrendo e levando consigo cerca de três mil inimigos.
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O livro ainda se refere a contínuas dissidências por parte dos incorrigíveis hebreus e nova construção de um santuário idolátrico. Comenta sobre a violação do direito de hospitalidade por parte de membros da tribo de Benjamin. Reconhece em JUIZES uma civilização ainda primitiva e com senso moral imperfeito.
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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Monsenhor Bianchini.

Hoje se completa um ano de falecimento do saudoso e sempre lembrado Monsenhor Francisco de Sales Bianchini. Como seu biógrafo, junto-me a todos aqueles que recordam e reverenciam o seu admirável ministério sacerdotal.  Está, com toda certeza, junto ao Deus que tanto amou e serviu. Acima, aproveito foto e mensagem do Movimento de Emaús, quando de seu falecimento.
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(blfranco.blogspot.com)
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NO TEMPO DA MINHA INFÂNCIA.
(Ismael Gaião)
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Este cordel muito bom me foi remetido pelo amigo de Curitiba Anatoli Oliynik. Ele o recebeu de uma amiga de Valinhos-SP. O autor: Ismael Gaião. Monsenhor Bianchini me dizia que só lia versos rimados, por isso a lembrança.
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No tempo da minha infância
nossa vida era normal.
Nunca me foi proibido
comer muito açúcar ou sal.
Hoje tudo é diferente,
sempre alguém ensina a gente
que comer tudo faz mal.
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Bebi leite ao natural
da minha vaca Quitéria
e nunca fiquei de cama
com uma doença séria.
As crianças de hoje em dia
não bebem como eu bebia,
pra não pegar bactéria.
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A barriga da miséria
tirei com tranquilidade.
do pão com manteiga e queijo
hoje só resta a saudade.
A vida ficou sem graça,
não se pode comer massa
por causa da obesidade.
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Eu comi ovo à vontade
sem ter contra-indicação,
pois o tal colesterol
pra mim nunca foi vilão.
Hoje a vida é uma loucura.
Dizem que qualquer gordura
nos mata do coração.
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Com a modernização
quase tudo é proibido,
pois sempre tem uma lei
que nos deixa reprimido.
Fazendo tudo que eu fiz,
hoje me sinto feliz
só por ter sobrevivido.
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Eu nunca fui impedido
de poder me divertir.
E nas casas dos amigos
eu entrava sem pedir.
Não se temia a galera
e naquele tempo era
proibido proibir.
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Vi o meu pai dirigir
numa total confiança
sem apoio, sem air-bag,
sem cinto de segurança
e eu no banco de trás,
Solto, igualzinho aos demais.
fazia a maior festança.
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No meu tempo de criança,
por ter sido reprovado,
ninguém ia ao psicólogo
nem se ficava frustrado.
Quando isso acontecia,
a gente só repetia
até que fosse aprovado.
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Não tinha superdotado,
nem a tal dislexia,
e a hiperatividade
é coisa que não se via.
Falta de concentração
se curava com carão,
e disso ninguém morria.
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Nesse tempo se bebia
água vinda da torneira
de uma fonte natural
ou até de uma mangueira.
E essa água engarrafada,
que diz-se esterilizada,
nunca entrou na nossa feira.
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Para a gente era besteira
ter perna ou braço engessado,
ter alguns dentes partidos
ou um joelho arranhado.
Papai guardava veneno
em um armário pequeno,
sem chave e sem cadeado.
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Nunca fui envenenado
com as tintas dos brinquedos.
Remédios e detergentes
se guardavam, sem segredos.
E descalço, na areia,
eu joguei bola de meia
rasgando as pontas dos dedos.
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(vassourando.com)
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Aboli todos os medos,
apostando umas carreiras
em carros de rolimã
sem usar cotoveleiras.
Pra correr de bicicleta
nunca usei, feito um atleta,
capacete e joelheiras.
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Entre outras brincadeiras,
brinquei de Carrinho de Mão,
estátua, Jogo da Velha,
bola de Gude e Pião.
De mocinhos e Cawboys
e até de super-heróis,
que vi na televisão.
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Eu cantei Cai, Cai Balão,
Palma é palma, Pé é pé,
Gata Pintada, Esta Rua,
Pai Francisco e De Marré.
Também cantei Tororó,
brinquei de Escravos de Jó
E o Sapo não lava o pé.
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Com anzol e jereré,
muitas vezes fui pescar.
E só saía do rio
pra ir pra casa jantar.
Peixe nenhum eu pagava,
mas os banhos que eu tomava,
dão prazer em recordar.
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Tomava banho de mar
na estação do verão,
Quando papai nos levava
em cima de um caminhão.
Não voltava bronzeado,
mas com o corpo queimado,
parecendo um camarão.
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Sem ter tanta evolução
O Playstation não havia
E nenhum jogo de vídeo
Naquele tempo existia
Não tinha vídeo cassete
Muito menos internet
Como se tem hoje em dia.
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O meu cachorro comia
o resto do nosso almoço.
Não existia ração,
nem brinquedo feito osso.
E para as pulgas matar
nunca vi ninguém botar
um colar no seu pescoço.
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E ele achava um colosso
tomar banho de mangueira,
ou numa água bem fria
debaixo duma torneira.
E a gente fazia farra,
usando sabão em barra
pra tirar sua sujeira.
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Fui feliz a vida inteira
sem usar um celular.
De manhã ia pra aula,
mas voltava pra almoçar.
Mamãe não se preocupava,
pois sabia que eu chegava
sem precisar avisar.
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Comecei a trabalhar
com oito anos de idade,
pois o meu pai me mostrava
que pra ter dignidade,
o trabalho era importante,
pra não me ver adiante,
ir pra marginalidade.
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Mas hoje a sociedade
essa visão não alcança
e proíbe qualquer pai
dar trabalho a uma criança.
Prefere ver nossos filhos
vivendo fora dos trilhos,
num mundo sem esperança.
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A vida era bem mais mansa,
com um pouco de insensatez.
Eu me lembro com detalhes
de tudo que a gente fez.
Por isso tenho saudade
e hoje sinto vontade
de ser criança outra vez...
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sábado, 22 de outubro de 2011

Vicente Bellini.

Vicente Bellini nasceu em Catânia, Itália, em 03 de novembro de 1801. A casa em que nasceu é hoje o Museu Belliniano. A pintura acima é de autoria do pintor italiano P. Pelagi.
A infância de Bellini transcorreu serena, entre os afetos familiares. Suas primeiras tentativas de composição, que remontam a 1810, já continham os elementos apaixonados de suas futuras obras-primas.

Depois da representação de sua primeira ópera "Branca e Fernando", no teatro São Carlos de Nápoles, o primeiro a ir congratular-se com o jovem autor foi Caetano Donizetti, já famoso compositor e crítico.

À ópera Branca e Fernando seguiu-se "O pirata", representada no Scala de Milão em 1827 e entusiasticamente recebida pelo público. O libreto poético era de autoria do poeta Felice Romani, com quem Bellini teve um excelente relacionamento cultural ao longo de sua vida. Bellini tinha somente 26 anos.

"A Sonâmbula" (tema pastoral e idílico) foi a obra-prima de Bellini, a ópera em que o grande musicista soube, magistral e suavemente, descrever com as notas, as dores e alegrias dos personagens. Antes, uma ópera sua denominada Zaíra, extraída de um trabalho de Voltaire, não tinha sido bem recebida pelo público, uma vez que Bellini vivia em sua vida uma fase não muito favorável. 

Depois do grande sucesso de "A Sonâmbula", Vicente Bellini passou de triunfo em triunfo. Ei-lo no palco, entre o tenor e a Malibran, a inolvidável intérprete de muitas de suas óperas, aclamado freneticamente pelos espectadores.

"A Norma" foi representada no Scala de Milão na noite de 26 de dezembro de 1831. Densa de paixão, de força, de dramaticidade, uma das mais belas criações do gênio humano, vem sendo representada até hoje, pelo menos na Europa, com enorme agrado de público. Mas na sua primeira apresentação, não foi recebida pelos críticos e pelo público. 

"Os puritanos" foi a última ópera do grande musicista catanense, produzida em solo francês. O libreto foi escrito pelo conde Carlos Pepoli, um melodrama de argumento cavalheiresco. Superou toda e qualquer expectativa e, quando o pano baixou, houve um delírio de aplausos.

O rei Luiz Felipe, recentemente subido ao trono da França, estava entre os mais entusiasmados admiradores de Vicente Bellini. Depois da representação de "Os puritanos", ele quis, pessoalmente, entregar-lhe a Comenda da Legião de Honra.

A morte colheu Vicente Bellini em seu sossegado retiro de Puteaux, perto de Paris, em 23 de setembro de 1835, em decorrência de problemas graves de intestino. Um câncer, talvez. Tinha somente 34 anos. Desaparecia, assim, aquele que presenteara a humanidade com esplêndidas e inesquecíveis melodias.
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Sugestão de canção de Bellini:
Toi Qui T'en Vas (Casta Diva) - da Ópera Norma - canção gravada pela cantora grega Nana Mouskouri em seu CD Canções Francesas (versão). Ou no Youtube.
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Enciclopédia Trópico - Vol VI
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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Juizo Final.


(cdsgospelgrads.com)
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(Está rolando na Internet e repasso):
Um dia Deus, muito insatisfeito com a humanidade e seus pecados, decidiu por fim a tudo. Reuniu, então, todos os líderes mundiais, para comunicar sua decisão de acabar com a humanidade em 24 horas. Deus disse: Reuni-vos aqui para comunicar que extinguirei a humanidade em 24 horas.
E os líderes diziam: - Mas, Senhor!...
Deus estava irredutível Não tem mais nem meio mas. É questão de 24 horas. Comunicai a vosso povo.
O Criador parece que resolvera abreviar a data-limite para o Juízo Final.
- Voltem a seus países e avisem a todos. 24 horas!
O primeiro a reunir o povo foi o presidente Obama, dos States. De Washington, através de uma mensagem à nação, ele disse:
- Americanos, eu tenho uma boa notícia e uma má notícia para dar.  A boa notícia é que Deus existe e falou comigo. Mas, claro, já sabíamos disso. A má notícia é que esta grande nação, o nosso sonho, só tem mais 24 horas de existência. Este é o desejo de Deus.
Por sua vez, o ditador Fidel Castro reuniu todos os cubanos na sua ilha e, num memorável discurso que durou sete horas, e que aqui não reproduziremos na integra por falta de espaço, disse solenemente:
- Companheiros, tenho uma boa notícia e uma má notícia . A primeira é que Deus existe, sim, e o vi à minha frente. Confesso que estava errado quando sempre disse que Ele era o ópio do pueblo, como afirmava o meu ídolo Marx. Os amigos Frei Betto e Boff até que estavam certos. A má notícia é que a nossa magnífica e imorredoura revolução, que tanto cubano matou por justa causa, vai deixar de existir, pois não temos mais que 24 horas para a autocrítica e uma assembleia com debate. E não adianta tentar fugir pelo mar, pois desta vez até os tubarões morrerão.
Pessoal, na verdade o conto agora seguiria com a Dilma. Mas a acho inodora, insípida, incolor, insossa. Vou fazer de conta que o Lulla ainda é presidente. Afinal de contas, é questão de três aninhos para o saudoso voltar. 
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Finalmente, no Brasil, Lulla ainda presidente dá uma conferência à imprensa:
"Cumpanheiros e cumpanheiras, hoje é um dia muito especial e festivo para todos nós. Tenho duas boas notícias.
A primeira boa notícia é que eu sou um enviado de Deus, um mensageiro, porque conversei com ele pessoalmente.
A segunda boa notícia é que, conforme constava do Programa do Governo, em apenas 24 horas, serão erradicados para sempre o desemprego, o analfabetismo, o tráfico de drogas, a corrupção, a pedofilia, os problemas de transporte, água e luz, habitação, de burocracia, e, o mais espetacular de tudo: todos os impostos vão acabar, assim como a miséria e a pobreza neste País!!
É o Governo cumprindo tudo o que prometeu!!!"
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Esta bem divertida fábula me foi remetida pelo amigo Tarcísio. Acrescentei alguma coisinha.
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sábado, 15 de outubro de 2011

Galileu Galilei.

Galileu Galilei nasceu em Pisa, Itália, em 1564. Seu pai tinha uma loja de tecidos, mas gostava de cantar velhas canções num alaude, e o garoto ouvia com melancólica doçura
O pai o obrigou a matricular-se numa faculdade de Medicina, mas não era isso o que Galileu desejava, e sim as ciências matemáticas, físicas e astronômicas. Um dia ele entrou na catedral de Pisa. Estavam pendurando um grande lustre no altar central, e ele foi atraido pela oscilação simétrica em redor do sustentáculo. Este fato aparentemente insignificante lhe deu a ideia para formular um princípio de Física. Ao jogar papéis picados de uma ponte, observou o deslocamento deles no rio. Julgou que na água o corpo se tornava mais leve, tanto quanto pesava a água deslocada. Chegando em casa traçou o esboço de uma balança hidrostática.
                      
Seus estudos sobre corpos, astros, movimento, física, fizeram com que passasse a ser respeitado no seu meio.  Aqui o vemos sendo recebido no castelo do duque de Mântua com honrarias. Já era um cientista reconhecido.
Galileu inventou o binóculo, o que lhe custou muita despesa e fadiga. Os que olhavam pelo "canudo mágico" ficavam surpresos com pormenores nunca vistos com tanta nitidez.
Por intermédio do cardeal Belarmino, que dedicava ao cientista grande consideração, Galileu conseguiu uma audiência com o Papa Paulo V. Este prometeu dar seu apoio às atividades científicas do sábio.
Mas os horizontes ficaram nebulosos. A Igreja Católica, instituição que tinha enorme influência em toda a Europa, adotava o sistema ptolomaico de ver a terra. Ptolomeu  (90-168 DC) foi um matemático e astrônomo grego que viveu na Alexandria e formulou a teoria geocêntrica da terra (esta como centro do universo), com base em estudos aristotélicos. Copérnico (1473-1543), um cônego da Igreja Católica, também astrônomo e matemático, atreveu-se a reformular esta teoria milenarmente aceita, formulando a tese do heliocentrismo, ou seja, o sol como centro da movimentação dos astros. Galileu, em seus estudos, fez coro à tese de Copérnico. Isso lhe rendeu uma investigação da Inquisição. Paulo V morrera e um outro papa comandava a Igreja. Galileu, parta evitar transtornos, inclusive a possibilidade de condenação à morte, abjurou de suas posições frente ao tribunal eclesiástico. Isso em nada mudava o seu pensamento. Tanto que, ao sair da catedral, olhou para os ameaçadores muros e disse: "Eppur si muove! (Todavia se move), como a dizer: Abjurei, sim, mas isso não muda o fato de ser o sol, e não a terra, o centro do nosso sistema.
Mas seus problemas não tinham terminado. A Inquisição proibiu a venda de seus livros e o chamou à Roma. Foi condenado ao cárcere sem dia previsto de saida. Mas, com a intervenção do papa Urbano VIII, ao cientista foi permitido escolher como cárcere a casa do amigo arcebispo Piccolomini, em Siena, até o dia em que ele foi declarado livre, permitindo seus censores que ele fosse viver em Arcetri, onde o esperavam os discípulos Viviani e Torricelli. Antes de morrer, teve a satisfação de receber da Igreja um documento que dizia ter sido incorreto seu julgamento. Pode ainda dedicar-se a formular mais duas teses sobre resistência de materiais e dinâmica. 
Mas suas articulações e a visão começavam a fraquejar. Em 1637, já cego e enfermo, num dia de dezembro, sua alma desprendeu-se de seu corpo, voando como uma estrela a povoar o universo que ele tão bem descrevera.
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Enciclopédia Trópico - Volume VI.
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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

A utilização da informática.

(cidadesãopaulo.olx.com)
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Impressionam-me as enormes possibilidades da informática, desta tecnologia toda, da saga do criador da Apple, dos tablets, dos i-isso e i-aquilo. Mas também me impressiona a sub-utilização que se faz disso tudo. Obviamente, é querer demais que um jovem, por exemplo, só se dedique à cultura na tela. É bom jogar, é bom conversar em português dos Kas, é bom ver essas banalidades exóticas ou politicamente corretas que explodem em pequenos vídeos. Mas, infelizmente, a maioria não dá nem dez minutos para a tal cultura. Vejo jovens doutores em técnica computacional, mas sem qualquer cultura geral. Um cobra em jogos de videogame não sabia localizar a Argentina no mapa. E olha que já era formado em ensino médio. O que fazer?.
Por isso diz Muniz Sodré: A multiplicidade de informações na tecnologia não está resultando no aperfeiçoamento do cidadão nem no conhecimento sobre o mundo.
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O homem sem Deus torna-se instrumento de manobras ideológicas. (Bispo capelão militar em missa em Aparecida)
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Não imaginam os senhores como me deixa triste saber daqueles assassinos de farda da PM carioca, que mataram a juiza. Santa mãe, como é difícil não ceder ao apelo do poder e do ter. Estive um ano estudando no Rio e conheci oficiais da PM da melhor qualidade. Como essas laranjas podres comprometem!... 
(editordouoltabloide.com)
A não obrigatoriedade do uso do bafometro é de uma estultície (estupidez também soa bem) inimaginável. Mas sabe-se (fui peeme e sei) que é para não melindrar os motoristas riquinhos da classe média, seus filhinhos e os magnatas e sua prole. Pobre ou filho de pobre não tem tanta magnanimidade. Se isso não se faz igual para todos (e olha que eu sou anticomunista), é melhor acabar com essa palhaçada e deixar que os cancãs encham o lagamar e saiam a matar, como já fazem impunemente. Pagam 300, 500, um milhão de fiança e saem rindo da polícia.
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Início de festas germânicas de outubro no vale do Itajaí. Maravilhosas. Mas existe um problema que quem não é da polícia desconhece. Quatro mortes no trânsito em Blumenau e 59 motoristas bêbados "apreendidos". Logo serão soltos pela lei permissiva e fraca. Convenhamos, estas festas, para a polícia, só possuem incomodação. São ótimas para encher os cofres da prefeitura e dos empresários.
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Pesquisa diz que 80% das famílias no centro-oeste e 60% no sudeste controlam as suas dívidas. Mentira pura. Não é preciso estatística para saber que a maioria gasta o que não pode nem deve, independente de região. E sob os auspícios do governo, que só pensa em impostos.
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Cerca de quarenta mil crianças aguardam adoção em abrigos no país. Não há como responsabilizar aqueles que reviram os olhos e fazem filhos de forma irresponsável?
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Um sem-vergonha mata a mulher a facadas, de forma torpe, na frente do filho pequeno e já está solto com amparo legal. Estamos cavando a nossa própria sepultura. Ah, Roberto, são os direitos constitucionais!...
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(maiscomunidade.com)
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Nestas greves de bancos e correios alguns aspectos me causam espécie:
- a insensibilidade dos grevistas, que não cumprem a lei de atendimento a título precário e prejudicam a população.
- a lerdeza do pueblo, que aceita tudo passivamente ou com tímidos protestos.
- no caso dos bancos, o desaparecimento global dos grandes banqueiros, que parecem não estar nem aí com a greve. Ficam voláteis e invisíveis.
- a lerdeza da justiça do trabalho, que sempre é desrespeitada e não se impõe.
- a incúria do governo, que sempre faz cara de estátua para não se comprometer, pois existem votos de um lado e de outro.
- Sei de uma regrinha básica que devia ser cumprida, mas não funciona, principalmente para o serviço público. Quem não trabalha não ganha pois, se ganhar, é roubo.
- E para terminar de forma áurea, fui na tarde de ontem até os Correios colocar um envelope com aviso de recebimento. Além da tarifa extorsiva, coisa de empresa pública, tive o desprazer de ler logo abaixo do meu recibo: os prazos de entrega estão temporariamente suspensos, não cabendo eventuais indenizações  por atraso na entrega. Ora, bolas, é a Hidra peleando contra a minhoca. E constato que os patrões dos Correios estão em greve em conjunto com os sindicatos. Meu envelope tem prazo para chegar, pois se trata de um concurso, mas uma das cabeças da Hidra me avisa para não reclamar e, se for à Justiça, ela com certeza não me dará guarida. Eis aí porque não gosto de greves. Elas só prejudicam quem nada tem a ver com elas. Algum bancário ou funcionário do Correio já se importou na vida com o meu salário? Por que eu tenho que me importar com o salário deles? Ah, Roberto, a cidadania!... Por que esse raio de cidadania nunca namorou comigo? Neste país, todos seriam iguais, mas alguns são mais iguais que outros. Principalmente se forem filhos da Hidra ou seus adeptos.
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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

José Acácio Santana.

José Acácio Santana (1939-2011). Especialista em canto coral sacro.
De família de origem portuguesa, José Acácio nasceu em São Pedro de Alcântara, município próximo de Floripa, onde se instalou por primeiro a colonização germânica no Estado (1829). Aos quatorze anos saiu de sua cidade e ingressou no Seminário de São Ludgero, outro município catarinense, mas desistiu de ser padre para cursar faculdade de música em Curitiba, Paraná. Depois casou-se com Selma Clasen e veio morar em Florianópolis. O casal teve três filhos e três netos. José Acácio contraiu segundas núpcias com Marta.
 Versátil e alegre, compunha desde canções infantis a óperas. Também foi responsável por alguns hinos, como os de Criciúma e São José. Foi maestro do coral da Universidade Federal catarinense e ajudou a criar mais de 200 corais pelo país. Sua última grande obra foi a ópera "O imigrante", sobre o centenário da imigração alemã em Santa Catarina.
Na recepção ao papa João Paulo II, aqui em Floripa, em 1991, organizou um enorme coral de mil vozes, por ele regidas com grande competência. É considerado o maior especialista do país em canto coral sacro.
(Texto de Valdir Mendes - acadêmico da Academia Alcantarense de Letras).
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Estive no dia 06 de outubro na solenidade da ACALE - Academia Alcantarense de Letras, comemorativa aos seus dois anos de produtiva existência literária. Cerimônia representativa e bonita, muito bem conduzida pelo seu presidente, acadêmico Leno Saraiva Caldas, e apresentada com brilhantismo por Hiamir Polli, também acadêmica. Foram homenageados: Esther Macedo, empresária e escritora, e o monsenhor Agostinho Sthaelin, membro da Academia, na juventude de seus oitenta e sete anos, ambos naturais daquele agreste e belo rincão catarinense. Parabéns a todos os nobres acadêmicos, em especial à escritora e poetisa Susana Zilli de Mello, da Acale, minha colega de farda quando na Ativa. Presentes também Osmarina Souza e Augusto Coura Neto, ambos da Academia São José de Letras, além da acadêmica alcantarense Inês Carmelita Lohn, como também a Sra. Nelcy Mendes, diretora-proprietária da excelente Editora Papa-Livro, de Florianópolis.
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(primogenio.com)
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Sabiam, meus caros, que a amestrada Câmara Federal, que faz tudo o que a Tia PRE quer, já aprovou o retorno da famigerada contribuição da saude? Como sempre, será abocanhada de maneira diferente de sua proposta original. E o atendimento péssimo nos hospitais públicos continuará o mesmo, pois dinheiro tem. É mera questão de gestão. O projeto de novo imposto escorchante já foi para o Senado. Este que se cuide e aprove, pois o partido hegemônico quer acabar com ele. Mas, sei lá, acho que vão aprovar mesmo em Novembro ou Dezembro do ano que vem, depois que o pueblo já tenha votado nas enfadonhas e previsíveis eleições, com os mesmos candidatos há anos, além daquela fauna de candidatos pitorescos e bizarros. Falo das eleições municipais.
(educadorestransito.zip)
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A coisa está tão feia contra os fumantes, que não vai demorar para que algum parlamentar abobado crie projeto de lei que classifique o ato de fumar como crime doloso. Mas o bêbado ao volante, instituição nacional que mata infelizes por atacado, continuará a ser crime culposo. Os congressistas não parecem conhecer o dolo eventual, quando o sem-vergonha bêbado dirige e mata, assumindo o risco. Penso até que não é eventual. É crime doloso mesmo. Mas vai explicar isso para os doces juristas que aconselham os políticos, que fazem estas leis permissivas e lenientes.
Na Idade Média os criminosos era tratados assim. Gente sábia. Já pensou se fizéssemos isso aqui no nosso país? Brincadeirinha, dona Maria do Rosário sem reza.
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A saude está um caos de juizo final...
A educação, nóis ke nem falemus maiz...
A segurança pública... pobres de nós ... a rua está toda à disposição da bandidagem...
Com tudo isso o governo, diz o IBOPE, tem oitenta por cento de aceitação. Não fecha, meus caros. É pior do que equação de segundo grau, ou melhor, ensino médio (muda a toda hora). Como diz o barbudo iluminado, não haverá maracutaia por trás disso?...
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sábado, 8 de outubro de 2011

Ludwig Van Beethoven.

Beethoven nasceu em 16 de dezembro de 1770, na cidade de Bonn, no Reno, e morreu em 20 de março de 1827. Era descendente de belgas, havendo em suas veias, também, sangue espanhol, segundo seus biógrafos, que isso atribuíam a seus espessos cabelos negros e cor morena.

Casa em que nasceu o grande compositor. Hoje está transformada em Museu. Sua família era de origem flamenga. Seu avô foi diretor da orquestra do Eleitor da Saxônia. Deu abastança aos seus, depois desbaratada pela conduta do filho João. Descoberta a vocação do filho, João, tenor e violinista de certo valor, a quem a bebida e a vida desregrada arruinaram, quando voltava para casa nas madrugadas, acordava o pequeno Ludwig e o obrigava a continuar com os exercícios de piano.

Aos onze anos, o menino encontrou no maestro Christian Gottlob Neefe a pessoa que soube compreender e desenvolver sua sensibilidade musical. Fez Ludwig apresentar-se na corte. Com 15anos o rapaz foi nomeado organista efetivo da Capela, com o ordenado de 150 florins.
No ano seguinte, ligado por profunda amizade a Franz Wegeler, Beethoven foi por este introduzido no lar dos Breunings, onde conheceu a pequena Lorchen, com apenas 10 anos de idade, junto á qual, a seguir, sempre encontrou afeição e compreensão.

Quando Mozart, pela primeira vez, ouviu Beethoven executar num cravo variações de um de seus temas, disse aos presentes: este rapaz fará o mundo falar dele!

Durante o tempo em que permaneceu em Viena, Beethoven gostava de subir até o cume do monte Kahlenberg, seguindo por um atalho que hoje tem seu nome. Lá em cima, ele ficava a escutar o canto dos rouxinóis.  Quando o ouvido começou a enfraquecer, vagava horas inteiras entre os vinhedos e bosques, a fim de receber, num supremo e derradeiro esforço, as vozes da natureza, que depois exprimiu em sua magnífica Pastoral.
Em janeiro de 1815, em Viena, tocou-se o "Hino de Wellington". A orquestra estava formada pelos mais célebres executantes da época. Beethoven, que a dirigia, a um certo ponto começou a indicar com a mímica os "pianos", ao passo que a orquestra executava os "fortes". Estava já completamente surdo e não ouvia os instrumentos.

Fidélio, a única ópera teatral de Beethoven.
Don Florestan, nobre espanhol, denunciou ao ministro os crimes de Pizarro. Este, porém, falseia a verdade, conseguindo encarcerar Florestan e prometendo matá-lo na ocasião oportuna. Dona Leonora, esposa de Florestan, resolvida a salvar o marido, veste-se de homem e fazendo-se chamar Fidélio, consegue o lugar de segundo carcereiro na prisão em que se encontra o esposo. No segundo ato da ópera, Fidélio e Roque, o carcereiro, encontram-se na cela de Florestan à entrada de Pizarro que, tendo puxado o punhal, está prestes a matar o prisioneiro. Fidélio, revelando a sua identidade, imobiliza o tirano, ameaçando-o com um pequeno revólver. Neste ínterim chega o ministro que, tendo conhecimento da verdade, liberta Florestan, restituindo-lhe a honra e os bens, e prende Pizarro.
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Meus caros, como observaram, prendi-me a aspectos mais pitorescos da vida do grande musicista. Sua obra já é por demais conhecida, pelo menos para o público culto e de bom gosto. Mas tomo a liberdade de lhes sugerir algumas:
- Sonata ao luar 1º movimento.
- Pour Elise, canção.
- Minueto em Sol.
- Sinfonia Pastoral (6ª).
- 9ª Sinfonia (Ode à alegria).
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Enciclopédia Trópico, volume VI
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domingo, 2 de outubro de 2011

Dom Quixote de la Mancha (II).

Dom Quixote, agora em companhia de seu escudeiro, continua sua vida galante e aventurosa. Logo adiante, ele se depara com ferozes gigantes, que na verdade são meros moínhos de vento. Investe contra eles decidido, na sua loucura heróica, sempre em luta contra a prosaica realidade do seu tempo. Mas somente consegue levar um enorme tombo de seu Rocinante.
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Refeito, Dom Quixote continua sua saga. Adiante, ao ver cavalariços reunidos, considera-os um bando de guerreiros sarracenos e investe contra eles. Atacou também uma manada de carneiros, terríveis inimigos, apanhando dos pastores. Dos dois episódios só logrou levar cacetadas e pedradas, pois queria obrigar os sarracenos a prestar homenagem a sua dama Dulcinéia em seu castelo, uma aldeã que considerava sua princesa. Sancho sempre procurava fugir, voltando após a refrega para acudir seu senhor.
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Um barbeiro passava e vinha com uma bacia de latão na cabeça para proteger-se da chuva. Para Dom Quixote ele roubara o elmo do gentil cavaleiro  Mambrino de suas leituras. Consegue tirar o elmo da cabeça do homem, que foge.
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Um leão estava sendo levado numa jaula como dádiva ao rei da Espanha. Dom Quixote, tomado de coragem,  resolve desafiar o audaz animal. Para sua sorte o bicho, talvez assustado com aquela figura, se recusa a sair da jaula.
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Dom Quixote atingiu o ápice de sua glória ao ser o hópede de honra no castelo de um duque. Este, que na verdade só queria divertir-se com o fidalgo, trata-o pomposamente como um verdadeiro cavaleiro errante.
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Para Sancho Pança o duque galhofeiro entregou a posse de sua ambicionada ilha. Mas Pança gostava de comer à forra, no que foi impedido por um falso médico que diagnosticou ter ele que fazer severa dieta.
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Na sua ilha Sancho é acompanhado de fidalgos do castelo que querem divertir-se. Amarram-no entre dois escudos, para que dirija a sua tropa na defesa da ilha.
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Um amigo verdadeiro de Dom Quixote, de nome Sansão Carrasco, com o objetivo de curá-lo, finge ser o Cavaleiro da Branca Lua e o desafia para um duelo. Nosso herói aceita imediatamente, mas logo se vê derrotado. Para não matá-lo, o Cavaleiro da Branca Lua faz Dom Quixote jurar sob sua honra que abandonará suas andanças por um ano.
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Dom Quixote, porém, amargurado de perder suas aventuras e o amor da sua Dulcinéia, não resiste muito tempo. Arrefecido no seu ardor cavaleiresco, ele expirou cristãmente entre seus entes queridos, chorado, mais que todos, pelo seu fidelíssimo Sancho Pança.
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O Cavaleiro da Triste mas Terna Figura ensinou a todos que a honra, o dever, o amor e a lealdade são os atributos maiores da vida. E nunca deveremos desistir dos nossos sonhos, mesmo que no início somente pareçam moinhos de vento.
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Pesquisa: Enciclopédia Trópico.
Volume Dois. Documentário 62.
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Caro Márcio lagunense. Depois do gentil aviso, teria que postar à 00:01 de domingo. Um abraço.
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