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sábado, 15 de outubro de 2011

Galileu Galilei.

Galileu Galilei nasceu em Pisa, Itália, em 1564. Seu pai tinha uma loja de tecidos, mas gostava de cantar velhas canções num alaude, e o garoto ouvia com melancólica doçura
O pai o obrigou a matricular-se numa faculdade de Medicina, mas não era isso o que Galileu desejava, e sim as ciências matemáticas, físicas e astronômicas. Um dia ele entrou na catedral de Pisa. Estavam pendurando um grande lustre no altar central, e ele foi atraido pela oscilação simétrica em redor do sustentáculo. Este fato aparentemente insignificante lhe deu a ideia para formular um princípio de Física. Ao jogar papéis picados de uma ponte, observou o deslocamento deles no rio. Julgou que na água o corpo se tornava mais leve, tanto quanto pesava a água deslocada. Chegando em casa traçou o esboço de uma balança hidrostática.
                      
Seus estudos sobre corpos, astros, movimento, física, fizeram com que passasse a ser respeitado no seu meio.  Aqui o vemos sendo recebido no castelo do duque de Mântua com honrarias. Já era um cientista reconhecido.
Galileu inventou o binóculo, o que lhe custou muita despesa e fadiga. Os que olhavam pelo "canudo mágico" ficavam surpresos com pormenores nunca vistos com tanta nitidez.
Por intermédio do cardeal Belarmino, que dedicava ao cientista grande consideração, Galileu conseguiu uma audiência com o Papa Paulo V. Este prometeu dar seu apoio às atividades científicas do sábio.
Mas os horizontes ficaram nebulosos. A Igreja Católica, instituição que tinha enorme influência em toda a Europa, adotava o sistema ptolomaico de ver a terra. Ptolomeu  (90-168 DC) foi um matemático e astrônomo grego que viveu na Alexandria e formulou a teoria geocêntrica da terra (esta como centro do universo), com base em estudos aristotélicos. Copérnico (1473-1543), um cônego da Igreja Católica, também astrônomo e matemático, atreveu-se a reformular esta teoria milenarmente aceita, formulando a tese do heliocentrismo, ou seja, o sol como centro da movimentação dos astros. Galileu, em seus estudos, fez coro à tese de Copérnico. Isso lhe rendeu uma investigação da Inquisição. Paulo V morrera e um outro papa comandava a Igreja. Galileu, parta evitar transtornos, inclusive a possibilidade de condenação à morte, abjurou de suas posições frente ao tribunal eclesiástico. Isso em nada mudava o seu pensamento. Tanto que, ao sair da catedral, olhou para os ameaçadores muros e disse: "Eppur si muove! (Todavia se move), como a dizer: Abjurei, sim, mas isso não muda o fato de ser o sol, e não a terra, o centro do nosso sistema.
Mas seus problemas não tinham terminado. A Inquisição proibiu a venda de seus livros e o chamou à Roma. Foi condenado ao cárcere sem dia previsto de saida. Mas, com a intervenção do papa Urbano VIII, ao cientista foi permitido escolher como cárcere a casa do amigo arcebispo Piccolomini, em Siena, até o dia em que ele foi declarado livre, permitindo seus censores que ele fosse viver em Arcetri, onde o esperavam os discípulos Viviani e Torricelli. Antes de morrer, teve a satisfação de receber da Igreja um documento que dizia ter sido incorreto seu julgamento. Pode ainda dedicar-se a formular mais duas teses sobre resistência de materiais e dinâmica. 
Mas suas articulações e a visão começavam a fraquejar. Em 1637, já cego e enfermo, num dia de dezembro, sua alma desprendeu-se de seu corpo, voando como uma estrela a povoar o universo que ele tão bem descrevera.
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Enciclopédia Trópico - Volume VI.
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