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sábado, 5 de novembro de 2011

A conquista do México.

Em 1519, navios espanhóis comandados por um jovem chamado Fernão Cortês chegavam ao México, numa baía que mais tarde seria chamada Vera Cruz. Aportaram e se prepararam para passar a noite em terra, desgastados com a viagem. De repente, os navios começam a queimar. Os homens se jogam ou tentam ir ao mar para salvá-los, mas o comandante Cortês os detém:
-Parem, fui eu! Não há mais fuga ou retorno. Ou conquista, ou morte. 

Montezuma, imperador do México, vai receber Fernão Cortês. É o encontro de dois mundos. De um lado o soberano de um povo ainda nos primórdios do progresso; do outro o conquistador europeu, astuto, violento e audaz.
A cidade do México estava situada ao centro de um lago, ligada à terra por um dique. Enquanto cavalgava rumo àquelas muralhas, Cortês estava convicto de haver atingido o auge de sua grandeza.

Os espanhóis estavam ali para conquistar e enriquecer.  Não houve meio de manter contato amistoso com os astecas, que não podiam somente ceder, ainda mais que estavam em sua terra. Os europeus, quando contrariados, começavam, a massacrá-los.

A noite de primeiro de julho de 1520 passou à História com o nome de "noche triste" (para os europeus, claro!). Atacados por todos os lados, os espanhóis fugiram da cidade do México, carregando pelos diques, armas, reféns e tesouros, debaixo de uma tempestade de flechas. Naquela noite foram perdidos quase por completo os tesouros acumulados em um ano de conquistas e muitos europeus pereceram.

A sorte da batalha estava pendendo para os astecas, mas Cortês, com coragem de louco, atira-se sobre o general inimigo e o mata, revertendo a resultado da luta em seu favor.

A divisão dos tesouros de Montezuma. Ouro dividido entre os conquistadores, uma riqueza que nenhum olho humano contemplara.


A expedição de Cortês não se limitou a conquistar riquezas. Excursionou por terras e as demarcou para o trono espanhol. Hoje, na América Central, se fala a língua dos conquistadores.
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Cortês foi conhecido para a História como um homem de coragem invulgar, de ambição desmedida, que colocava a própria integridade física em risco a todo momento, na busca do que almejava. Conquistou um império. Mas, como tantos conquistadores, não foi reconhecido pelos reis a quem serviu. Muitos anos depois, Carlos V, imperador e rei de Espanha, ao passear de carruagem pelas ruas de Madri, viu chegar até sua portinhola um homem quase velho, mal trajado, com sinais de sofrimento no rosto.
- Quem és, perguntou o rei, como que assustado, apesar de sua guarda.
- Sou somente o homem que lhe deu mais terras que todos os ancestrais de Vossa Majestade juntos, respondeu.
E se foi.
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(Enciclopédia Trópico - volume VI)
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Caro Marcelo, meu genro. Obrigado pelo belo comentário postado no tocante à minha visão. Valeu. Um abraço a todos os meus queridos de Blu.
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