Segundo a lenda, o primeiro voo humano foi efetuado por Ícaro e o pai Dédalo, com penas de pássaros formando asas, presas nas costas com cera, a qual se dissolveu no calor do sol. Ícaro se precipitou no mar e morreu, sob o olhar desesperado do pai.
Khensu, deus alado do Egito, em que se encarnavam as aspirações ao voo, do antigo povo que vivia no vale do rio Nilo.
Leonardo da Vinci dedicou muito tempo ao estudo do voo. Eis alguns de seus "esboços" para asas e para voo humano.
Vite aerea (máquina volante), organizada por Leonardo da Vinci. O modelo foi executado em via experimental e pode ser considerado o precursor do helicóptero.
João Batista Danti, de Perússia, tentou voar com asas acionadas por um engenho especial. Realizou seu primeiro voo sobre o lago Trasimeno, e um segundo atirando-se do alto de uma torre (século XVI). Essas informações não são de todo fidedignas pois, como diria o manezinho de Floripa , ele pode ter "se arrombado-se todo".
Francisco Lana, conde de Terzi, físico e jesuita (1631-1687), é considerado um dos precursores da Aerostática. Ele construiu um barco voador, cuja ascensão estava baseada na diferença de peso específico.
Este é o padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão, natural de Santos. Professor de Matemática, Ciência, Física, doutor em Cânones, foi denominado "o padre voador", devido a suas experiências com o aparelho de sua invenção, a Passarola.
Aqui vemos a Passarola, a genial invenção do padre voador, que realizou sua ascensão oficial em Lisboa, a 5 de agosto de 1709, perante o rei de Portugal e sua corte. Era um instrumento de caminhar pelo ar muito mais rapidamente do que na terra e pelo mar, fazendo algumas vezes mais de duzentas léguas de caminho por dia.
Os irmãos Montgolfier, franceses, explorando a força ascensional do ar quente, conseguiram levantar do solo enormes balões aerostáticos. Eis a famosa ascensão de 21 de outubro de 1783. Uma imensa multidão olhava, atônita e incrédula, o enorme globo elevar-se pelos ares.
Aeronave do Professor Pedro Cordenons (1785), Cordenons tinha a certeza de poder imprimir ao seu aparelho a velocidade de cerca de 50 quilômetros horários.
O alemão Otto Lilienthal (1848-1896) dedicou-se a pesquisas sobre o voo planado (planadores) e construiu aparelhos nos quais realizou grande número de experiências. No seu último voo, ocorrido em 1896, encontrou a morte.
Em 19 de outubro de 1901, Alberto Santos Dumont resolve o problema da dirigibilidade. Ei-lo, com seu dirigível número 5, contornando a torre Eiffel em Paris, e regressando depois ao ponto de partida. Com esta façanha conquistou o prêmio Deutsch (100.000 francos).
O Conde Fernando Zeppelin, oficial alemão, construiu o dirigível "rígido" que leva seu nome (os precedentes eram "frouxos"). No Zeppelin, a forma do invólucro era conservada, ao invés da pressão do gás, por uma armação metálica interna repleta de balõezinhos de gás.
O engenheiro aeronáutico italiano Umberto Nobile sobrevoou o Pólo Norte (1926) com o "Norge". Eis o imenso dirigível de tipo semi-rígido, pairando sobre as infinitas regiões polares.
O autogiro é uma combinação de aeroplano e helicóptero. É dotado de asas e de uma hélice, acionada por um motor. O tipo mais perfeito de autogiro foi aquele do engenheiro espanhol Juan de La Cierva, experimentado pela primeira vez em 1928.
O helicóptero, desprezado por muito tempo, representa hoje uma das mais belas conquistas do progresso. Em tempo de guerra, especialmente, tem contribuido bastante para o salvamento de feridos e náufragos. Hoje, para nos atualizarmos, já que esta enciclopédia é dos anos sessenta, o helicóptero tem se revelado ágil e fundamental para as polícias e os corpos de bombeiros, além de transportar políticos e empresários, para se livrarem dos engarrafamentos monstruosos e recorrentes da nossa sofrida e moribunda mobilidade urbana.
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Fonte: Enciclopédia Trópico, volume VI
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Observe-se que neste artigo interessa mais a História, fonte maravilhosa de conhecimento, que propriamente a tecnologia atual. Sobre isso poderia ser feito outro artigo, mas por especialistas da área. Porém, creio que valeu, e muito, para o nosso deleite histórico e humanístico.
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