Eco e Narciso - Eco era ninfa das montanhas, devota de Juno (Hera). Com sua tagarelice e seu canto entretinha a deusa, enquanto Júpiter (Zeus) cortejava as ninfas. Juno descobriu e a privou da voz, o que a impediu de declarar seu amor a um belo jovem chamado Narciso. Definhou tanto que dela só restou a voz, repetindo sempre as últimas palavras que ouvia. Narciso, por sua vez, amado por muitas ninfas do bosque, desprezava a todas (talvez não fosse muito chegado, como diriam hoje). Éris, a deusa da vingança, fez com que ele se olhasse nas águas límpidas de um rio e se apaixonasse por sua própria imagem. Ali inclinou-se e pereceu, imobilizado. Os deuses se apiedaram dele e o transformaram numa flor, que cresce sempre inclinando-se para a água. Daí a expressão narcisista para designar a pessoa que se tem em alta conta.
A ninfa Eco, privada da voz e do amor de Narciso, recolheu-se a uma caverna para chorar a sua desgraça.
Édipo - Filho de Laio, rei de Tebas, e de Jocasta. Foi abandonado num bosque pelo pai e criado por pastores. O rei de Corinto depois o adotou. Já adulto, ao consultar um oráculo (mortal iluminado pelos deuses que predizia o futuro), veio a saber que mataria o pai e desposaria a mãe.
Com a predição deixou Corinto, pois acreditava serem os reis seus pais. Viajou para Tebas, desentendendo-se no caminho com um desconhecido, matando-o. Era seu pai. Próximo a Tebas Édipo encontrou, sentada numa rocha, a Esfinge, com busto de mulher e corpo de leão, que apresentava aos passantes um enigma. Se não adivinhassem, eram mortos e devorados por ela. O monstro perguntou a Édipo: Qual o animal que tem quatro pés de manhã, dois à tarde e três à noite? O homem, respondeu Édipo, quando criança, adulto e velho, sendo obrigado a usar um cajado no final de sua vida. A Esfinge precipitou-se do rochedo e pereceu, livrando-se desta maneira os habitantes de Tebas da maldição.
Édipo chegou a Tebas, sendo festejado como libertador. Veio a casar-se com a rainha Jocasta, que ficara viúva. Da sua união incestuosa lhes nasceram quatro filhos. Depois de alguns anos, a população do reino começou a ser dizimada por uma peste. Consultado o oráculo, a epidemia só teria fim se fosse encontrado o assassino de Laio. Pelo adivinho Tirésias Édipo veio a saber que ele próprio era o assassino. Jocasta, sabendo que casara com o filho, enforcou-se. Édipo, em desespero, vasou os próprios olhos, vagando errante em companhia da filha Antígona. Os tebanos o expulsaram mas, depois de anos, pediram que retornasse, pois o oráculo afirmara que a terra que recebesse o corpo de Édipo num túmulo, seria próspera, poderosa e feliz. O ancião se recusou a voltar e morreu em Atenas, cidade que obteve hegemonia sobre todas as outras em sua volta, incluída Tebas.
Sigmund Freud utilizaria esta história para estudar o que chamou de complexo de Édipo, quando um filho tem amor exacerbado pela própria mãe.
Os deuses do Olimpo, monte nos céus onde moravam, comandados por Zeus (Júpiter).
Os deuses do Olimpo, monte nos céus onde moravam, comandados por Zeus (Júpiter).
Egeu - Rei de Atenas e pai de Teseu. Vencido na luta contra Minos, foi obrigado a lhe pagar tributo anual de sete moças e sete rapazes. Os jovens eram entregues ao Minotauro, monstro com cabeça de touro e corpo de homem, que os devorava. Teseu partiu para Tebas no intuito de eliminar o monstro. O pai lhe pediu que, se vencesse, retornasse por mar usando velas brancas. Teseu mata o monstro e, ao voltar, esquece o pedido do pai, mantendo as velas pretas no navio. O rei ao vê-las, desesperado, jogou-se ao mar e pereceu. Em sua homenagem o mar da Grécia recebeu o nome de mar Egeu.
Electra - filha de Agamenon e Clitemnestra. O amante da mãe, Egisto, mata-lhe o pai. Ela cresce com um único objetivo na vida: vingar a morte do pai, que venerava. Utiliza-se para isso do irmão Orestes, que mata o casal adúltero. Carl Jung, amigo de Freud, em conversas com o sábio, pensou utilizar a história para estudar o complexo de Eletra, da filha que tem amor muito forte pelo pai. Freud, no entanto, preferiu designar o seu complexo de Édipo como abrangente das duas situações.
Electra - filha de Agamenon e Clitemnestra. O amante da mãe, Egisto, mata-lhe o pai. Ela cresce com um único objetivo na vida: vingar a morte do pai, que venerava. Utiliza-se para isso do irmão Orestes, que mata o casal adúltero. Carl Jung, amigo de Freud, em conversas com o sábio, pensou utilizar a história para estudar o complexo de Eletra, da filha que tem amor muito forte pelo pai. Freud, no entanto, preferiu designar o seu complexo de Édipo como abrangente das duas situações.
Eneida - poema épico em doze cantos do escritor romano Públio Virgílio (70-19 AC). Narrava as aventuras de Enéias, herói troiano nascido da união da deusa Afrodite com o mortal Anquises.
Etna - ninfa filha do Céu e da Terra. Uniu-se a Vulcano, deus do fogo e dos vulcões. Seu nome passou a designar um vulcão na Itália, onde o marido tinha a sua oficina.
Falo - símbolo masculino da fecundidade. Era conduzido em procissão nas festas de Baco.
Fauna - divindade protetora das mulheres e das matas.
Fauno - deus dos pastores. Em Roma chamava-se Pã. Os faunos, dele derivados, eram divindades campestres. Equivaliam aos sátiros gregos. Tinham corpo humano, mas chifres e pés de bode. Protegiam as culturas agrícolas e vigiavam s rebanhos.
Fênix - pássaro originário da Etiópia e venerado pelos gregos. Assemelhava-se a uma grande águia, com plumagem vermelha, azul e dourada. Quando se aproximava da morte, fazia um ninho com plantas aromáticas e mágicas, ateava fogo e se jogava dentro. Das cinzas surgia uma nova Fênix. Daí deriva a expressão "renascer das cinzas", qual Fênix.
Fides - divindade romana que personificava a palavra empenhada. Representada pela figura de uma muher velha vestida de branco e com as mãos em oração. Seus sacrifícios eram incruentos. Daí derivaram as palavras fé e fidelidade.
Fobos - filho de Marte (deus da guerra) e Vênus. Personificava o medo. Acompanhava o pai nos campos de batalha, incitando os combatentes a fugir. Daí a expressão fobia.
Graças - ninfas que personificavam a beleza e o encanto. Espalhavam alegria na natureza e nos corações de deuses e homens.
Hermafrodito - Filho de Hermes e Afrodite. Vivia nos bosques. A ninfa Salmácida o viu e se apaixonou. Quando o jovem se lançou num lago para banhar-se, a ninfa se lançou atrás e pediu aos deuses que ela e seu amado nunca mais se separassem. Os imortais a atenderam e saíram os dois da água como um mesmo ser, de natureza feminina e masculina.
Himeneu - Filho de Baco e Vênus. Cantava nos casamentos. Morreu no dia de seu próprio casamento, sendo depois honrado como protetor dos nubentes. Se bem que não muito utilizada nos dias de hoje, a palavra himeneu significa casamento. A expressão hímen é também daí derivada.
Homero - poeta grego fundador da poesia épica. Supõe-se que tenha vivido por volta do século IX AC. Mendigo cego que andava de cidade em cidade, tocando seus versos com uma lira. Autor da Ilíada (poema sobre a guerra de Tróia, cidade que os gregos chamavam Ílion) e da Odisséia (poema que narra as aventuras do herói grego Ulisses ao retornar da guerra para a sua cidade Ítaca, levando dez anos para lá chegar, onde a esposa Penélope o esperava fiel). A palavra odisséia daí advém, pois Odisseum em grego é o nome de Ulisses. Os gregos venceram a guerra de Tróia, que durou dez anos, e arrasaram toda a cidade.
Honos - personificação da virtude moral entre os romanos. Origem das expressões honor, honorável e honra.
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(Postado em 05-06-2010)
(Postado em 05-06-2010)
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Agradeço ao meu caro amigo MÁRCIO RODRIGUES, de Laguna, (leiam o seu blog, docMárcio), um estudioso de valor, pelas referências gentis no seu belo blog. Não creio merecê-las, mas vindas de uma pessoa como ele, sinto-me orgulhoso e motivado para continuar, mesmo com dois transplantes de córnea.
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Um leitor anônimo me sugere a leitura das revelações de Garabandal, a respeito de São Pio de Pieltrecina. Já li o livro, meu caro, e vi o filme sobre o padre Pio. Estas revelações fazem-nos pensar nos maravilhosos e insondáveis desígnios de Deus. Um abraço e continue me acessando.
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