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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Mitologia greco-romana.

Eco e Narciso - Eco era ninfa das montanhas, devota de Juno (Hera). Com sua tagarelice e seu canto entretinha a deusa, enquanto Júpiter (Zeus) cortejava as ninfas. Juno descobriu e a privou da voz, o que a impediu de declarar seu amor a um belo jovem chamado Narciso. Definhou tanto que dela só restou a voz, repetindo sempre as últimas palavras que ouvia. Narciso, por sua vez, amado por muitas ninfas do bosque, desprezava a todas (talvez não fosse muito chegado, como diriam hoje). Éris, a deusa da vingança, fez com que ele se olhasse nas águas límpidas de um rio e se apaixonasse por sua própria imagem. Ali inclinou-se e pereceu, imobilizado. Os deuses se apiedaram dele e o transformaram numa flor, que cresce sempre inclinando-se para a água. Daí a expressão narcisista para designar a pessoa que se tem em alta conta.
A ninfa Eco, privada da voz e do amor de Narciso, recolheu-se a uma caverna para chorar a sua desgraça.
Édipo - Filho de Laio, rei de Tebas, e de Jocasta. Foi abandonado num bosque pelo pai e criado por pastores. O rei de Corinto depois o adotou. Já adulto, ao consultar um oráculo (mortal iluminado pelos deuses que predizia o futuro), veio a saber que mataria o pai e desposaria a mãe.
Com a predição deixou Corinto, pois acreditava serem os reis seus pais. Viajou para Tebas, desentendendo-se no caminho com um desconhecido, matando-o. Era seu pai. Próximo a Tebas Édipo encontrou, sentada numa rocha, a Esfinge, com busto de mulher e corpo de leão, que apresentava aos passantes um enigma. Se não adivinhassem, eram mortos e devorados por ela. O monstro perguntou a Édipo: Qual o animal que tem quatro pés de manhã, dois à tarde e três à noite? O homem, respondeu Édipo, quando criança, adulto e velho, sendo obrigado a usar um cajado no final de sua vida. A Esfinge precipitou-se do rochedo e pereceu, livrando-se desta maneira os habitantes de Tebas da maldição.
Édipo chegou a Tebas, sendo festejado como libertador. Veio a casar-se com a rainha Jocasta, que ficara viúva. Da sua união incestuosa lhes nasceram quatro filhos. Depois de alguns anos, a população do reino começou a ser dizimada por uma peste. Consultado o oráculo, a epidemia só teria fim se fosse encontrado o assassino de Laio. Pelo adivinho Tirésias Édipo veio a saber que ele próprio era o assassino. Jocasta, sabendo que casara com o filho, enforcou-se. Édipo, em desespero, vasou os próprios olhos, vagando errante em companhia da filha Antígona. Os tebanos o expulsaram mas, depois de anos, pediram que retornasse, pois o oráculo afirmara que a terra que recebesse o corpo de Édipo num túmulo, seria próspera, poderosa e feliz. O ancião se recusou a voltar e morreu em Atenas, cidade que obteve hegemonia sobre todas as outras em sua volta, incluída Tebas.
Sigmund Freud utilizaria esta história para estudar o que chamou de complexo de Édipo, quando um filho tem amor exacerbado pela própria mãe.

Os deuses do Olimpo, monte nos céus onde moravam, comandados por Zeus (Júpiter).
Egeu - Rei de Atenas e pai de Teseu. Vencido na luta contra Minos, foi obrigado a lhe pagar tributo anual de sete moças e sete rapazes. Os jovens eram entregues ao Minotauro, monstro com cabeça de touro e corpo de homem, que os devorava. Teseu partiu para Tebas no intuito de eliminar o monstro. O pai lhe pediu que, se vencesse, retornasse por mar usando velas brancas. Teseu mata o monstro e, ao voltar, esquece o pedido do pai, mantendo as velas pretas no navio. O rei ao vê-las, desesperado, jogou-se ao mar e pereceu. Em sua homenagem o mar da Grécia recebeu o nome de mar Egeu.
Electra - filha de Agamenon e Clitemnestra. O amante da mãe, Egisto, mata-lhe o pai. Ela cresce com um único objetivo na vida: vingar a morte do pai, que venerava. Utiliza-se para isso do irmão Orestes, que mata o casal adúltero. Carl Jung, amigo de Freud, em conversas com o sábio, pensou utilizar a história para estudar o complexo de Eletra, da filha que tem amor muito forte pelo pai. Freud, no entanto, preferiu designar o seu complexo de Édipo como abrangente das duas situações.
Eneida - poema épico em doze cantos do escritor romano Públio Virgílio (70-19 AC). Narrava as aventuras de Enéias, herói troiano nascido da união da deusa Afrodite com o mortal Anquises.
Etna - ninfa filha do Céu e da Terra. Uniu-se a Vulcano, deus do fogo e dos vulcões. Seu nome passou a designar um vulcão na Itália, onde o marido tinha a sua oficina.
Falo - símbolo masculino da fecundidade. Era conduzido em procissão nas festas de Baco.
Fauna - divindade protetora das mulheres e das matas.
Fauno - deus dos pastores. Em Roma chamava-se Pã. Os faunos, dele derivados, eram divindades campestres. Equivaliam aos sátiros gregos. Tinham corpo humano, mas chifres e pés de bode. Protegiam as culturas agrícolas e vigiavam s rebanhos.
Fênix - pássaro originário da Etiópia e venerado pelos gregos. Assemelhava-se a uma grande águia, com plumagem vermelha, azul e dourada. Quando se aproximava da morte, fazia um ninho com plantas aromáticas e mágicas, ateava fogo e se jogava dentro. Das cinzas surgia uma nova Fênix. Daí deriva a expressão "renascer das cinzas", qual Fênix.
Fides - divindade romana que personificava a palavra empenhada. Representada pela figura de uma muher velha vestida de branco e com as mãos em oração. Seus sacrifícios eram incruentos. Daí derivaram as palavras fé e fidelidade.
Fobos - filho de Marte (deus da guerra) e Vênus. Personificava o medo. Acompanhava o pai nos campos de batalha, incitando os combatentes a fugir. Daí a expressão fobia.
Graças - ninfas que personificavam a beleza e o encanto. Espalhavam alegria na natureza e nos corações de deuses e homens.
Hermafrodito - Filho de Hermes e Afrodite. Vivia nos bosques. A ninfa Salmácida o viu e se apaixonou. Quando o jovem se lançou num lago para banhar-se, a ninfa se lançou atrás e pediu aos deuses que ela e seu amado nunca mais se separassem. Os imortais a atenderam e saíram os dois da água como um mesmo ser, de natureza feminina e masculina.
Himeneu - Filho de Baco e Vênus. Cantava nos casamentos. Morreu no dia de seu próprio casamento, sendo depois honrado como protetor dos nubentes. Se bem que não muito utilizada nos dias de hoje, a palavra himeneu significa casamento. A expressão hímen é também daí derivada.
Homero - poeta grego fundador da poesia épica. Supõe-se que tenha vivido por volta do século IX AC. Mendigo cego que andava de cidade em cidade, tocando seus versos com uma lira. Autor da Ilíada (poema sobre a guerra de Tróia, cidade que os gregos chamavam Ílion) e da Odisséia (poema que narra as aventuras do herói grego Ulisses ao retornar da guerra para a sua cidade Ítaca, levando dez anos para lá chegar, onde a esposa Penélope o esperava fiel). A palavra odisséia daí advém, pois Odisseum em grego é o nome de Ulisses. Os gregos venceram a guerra de Tróia, que durou dez anos, e arrasaram toda a cidade.
Honos - personificação da virtude moral entre os romanos. Origem das expressões honor, honorável e honra.
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(Postado em 05-06-2010)
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Agradeço ao meu caro amigo MÁRCIO RODRIGUES, de Laguna, (leiam o seu blog, docMárcio), um estudioso de valor, pelas referências gentis no seu belo blog. Não creio merecê-las, mas vindas de uma pessoa como ele, sinto-me orgulhoso e motivado para continuar, mesmo com dois transplantes de córnea.
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Um leitor anônimo me sugere a leitura das revelações de Garabandal, a respeito de São Pio de Pieltrecina. Já li o livro, meu caro, e vi o filme sobre o padre Pio. Estas revelações fazem-nos pensar nos maravilhosos e insondáveis desígnios de Deus. Um abraço e continue me acessando.
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