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quarta-feira, 27 de junho de 2012

Contra toda esperança XV.


Para análise e comparação, apresento entrevista de Lulla a Augusto Nunes em 1997, quando narrou sobre sua prisão de 30 dias no DOPS em 1980, o que lhe rendeu, além de uma bela grana, uma aposentadoria mensal (reparação) de sete mil reais. Mais honesto seria que ele a desse para os pobres gnus, cujo voto a esquerda controla com bolsas.
"É uma passagem estranha com relação ao dr. Tuma. Ele me tratava com muito respeito. Obviamente que eu fui preso numa condição excepcional. Tinha massa na rua, tinha opinião pública nacional e estrangeira contra minha prisão e a dos outros dirigentes sindicais. Então havia um constrangimento político, mas havia um comportamento humano".
(Puxa, meu, se isso era ditadura, era bem chinfrim. Os agentes tinham medo do Lula).
"Por exemplo, a minha mãe estava com câncer e estava para morrer. Tuma pedia aos delegados me tirarem da cadeia de madrugada para visitar minha mãe. Fui no enterro de minha mãe, fui no hospital quando minha mãe morreu. Eu estava preso. Chegava lá, o delegado me soltava, via a minha mãe... A ponto de que no dia do enterro de minha mã eu tive que defender o delegado. Daí tinha umas três, quatro mil pessoas no cemitério e o pessoal não queria que eu voltasse preso mais. Aí começaram a bater com tijolo no carro da polícia, cercaram o carro. Eu tive que convencer os metalúrgicos que não tinha sentido deixar os companheiros presos, pois eu tinha que defender. Aí voltei..."
(Realmente, a ditadura no Brasil deveria ter pedido orientações a Castro pra ser mais competente como ditadura).
"O Tuma tem uma passagem interessante. Eu estava preso e fazendo um tratamento de canal. Eu não sei porque cargas d'água eu usei aquela agulhinha para fazer limpeza no canal. Quando foi um dia, entupiu o canal, a boca ficou inchada e começou a doer. Era quase meia-noite. Aí eu pedi pro carcereiro ligar pro Tuma. À uma hora da manhã o Tuma trouxe um dentista pra cuidar do meu canal. Estava nervoso e com medo de no dia seguinte a imprensa publicar..."
(Já não lhes afirmei que esta ditadura estava mais pra ditamole?)
"Tem um episódio engraçado. Uma vez, nós entramos em greve de fome. Eu era contra, mas a maioria deliberou... Eu tinha um monte de bala paulistinha e escondia debaixo do travesseiro. Aí o meu companheiro Djalma Souza descobriu e deu descarga nas minhas balas e eu fiquei sem as balas. E quando nós dissemos pro Tuma que íamos fazer greve de fome, ele ficou histérico, bravo... que aquilo era um desrespeito à amizade que ele tinha demonstrado por nós, era uma falta de consideração e a partir daquele instante não ia mais ter jornal, ter rádio nem assistir televisão. É engraçado que quando ele deu essa bronca a gente estava com o rádio ligado e ele saiu e foi embora. No outro dia, o Tuma mandava o carcereiro me chamar para ler na sala dele os jornais do Brasil, Globo, Estadão, Veja ... E falava assim pra mim. Você não conta nada lá embaixo que você leu (risos)".
(Este era, senhores, o horror da ditadura militar. O Lula teve uma vantagem sobre os outros. Não mentiu). 
"Essas coisas só podia acontecer no momento em que você estava preso, com a sociedade fazendo aquela pressão, que a pressão da sociedade era muito grande.
Aí começou a chegar investigador. De repente, eu já estava fazendo reunião com investigador, tentando mostrar deles fazerem um sindicato e ganharem um pouco mais porque... eu via investigador com relógio Rolex no pulso. E eu falava: O salário que você têm não dá de comprar isso, meu caro, aí todo mundo sabe que vocês estão fazendo alguma coisa, levando propina".
(Não digo, leitores, que nesta república até prisão política termina em pizza e cerveja? Não são sérios como em Cuba. Se Armando Valladares chamasse um carcereiro cubano de ladrão, estaria morto. E lá os carcereiros eram tão ladrões quanto os daqui).
Eu acho que vocês precisam se organizar num sindicato para melhorar a vida de vocês. Aí entrou o Tuma e me deu um esporro.  - Não é possível, você tá preso aqui, tentando organizar os investigadores contra a polícia, quantas não sei das quantas. tal..."
(Lula tentava, preso, organizar o sindicato da polícia. Verdade ou fanfarronice? Vejam os senhores que as prisões no Brasil eram, no mínimo, surrealistas. Verdadeiro mimo! E a esquerda posando de séria.)
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Conclusões sobre todo esse besteirol:
- Lulla me pareceu um narciso tupiniquim, tamanha a empáfia.
- Lula conhece Armando Valladares? Ele não ganha reparações indevidas.
- Se Armando fizesse um décimo do que o histriônico Lula fez com o Tuma, estaria no paredon em dois tempos.
- Essa das balas paulistinhas é de matar. Amanhã lhes apresentarei uma greve de fome real, séria, que resultou em morte. Não a palhaçada esquerdista.
- Digo sem qualquer medo de errar que metade, no mínimo, do que se diz sobre a ditabranda militar é a mais deslavada mentira dos vermelhos brasileiros. Já há várias comprovações disso.
- Sete mil reais por mês, senhor Lula. Eu teria vergonha!...
E essa inútil comissão da "verdade"!...
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Vereza tem razão: por que a perplexidade com a aliança entre Maluf e Lula? Eles são a dupla face da mesma moeda, iguais nos objetivos e farinha do mesmo saco. Nada mais coerente que se unam.
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