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terça-feira, 12 de março de 2013

Todo mundo entende de Igreja Católica.




Texto de Hector de Paola sobre a renúncia do Papa e as eleições papais.

Sei que a liberdade de imprensa é fundamental, mas é exatamente esta que invoco para mostrar a idiotice, senão a má intenção, dos comentários da mídia sobre o assunto. Não sou católico, mas como tenho deixado sempre claro, considero que a Igreja Católica com suas raízes no Judaísmo representa o eixo em torno do qual se desenvolve a Civilização Ocidental com suas noções de defesa da vida desde a concepção, da liberdade individual, justiça e amor ao próximo. Como não Católico não me sinto autorizado por minha própria consciência para me imiscuir em assuntos de uma instituição que constantemente atacada, vilipendiada e perseguida, já dura mais de 2.000 anos. Posso no máximo desejar intimamente que ela permaneça fiel ao seu Fundador e conserve intactos Seus Mandamentos. Posso também desejar que a Igreja não se adapte aos ‘novos tempos’, pois estes tempos não são novos, senão que são tão antigos como a humanidade apresentados sob uma capa enganosa de novidade. Não passam da ação no mundo dos maiores inimigos da Igreja, como foram em todos os tempos.


Não há ‘dilema entre a defesa da moralidade e ousadia para renovação’: esta é uma observação malévola dos que criticam a defesa das normas que mantém a humanidade razoavelmente bem organizada há séculos. Estranho é que estes são os primeiros a criticar a ‘falta de moralidade’ da Igreja quando falam dos ‘padres pedófilos’, quando as estatísticas comprovam que menos de que 3% dos atos de pedofilia ocorrem na Igreja. A grande maioria ocorre no seio das próprias famílias: são pais, tios e avós que abusam das crianças em seu próprio lar.


Acusam o Vaticano de ter ‘muita instituição e pouca religião’. Mas o Catolicismo é uma religião instituída por Jesus Cristo! Qual a contradição entre Instituição e Religião? Nenhuma para os Católicos, mas qualquer um, ateus, pagãos, e seguidores de outras religiões se sentem autorizados a meter o bedelho em tudo que se refere ao Catolicismo.


Ai de quem criticar as seitas afro, como a umbanda ou o candomblé! Imediatamente será acusado de ‘preconceituoso’. Ai de quem sequer disser alguma coisa sobre o Corão! Será condenado e alvo de uma fatwã! Ai de quem fizer qualquer crítica aos Judeus: é logo tachado de anti-semita. Mas a Igreja católica não: é como um Leito de Procrusto, onde deve caber tudo que todos desejarem – seguidores de outras religiões, ateus, pagãos, politeístas e católicos ‘progressistas’ – mesmo que para isto sejam mutilados conceitos básicos - e ‘esticadas’ as noções morais para caberem as exigências dos ‘novos tempos’: o aborto e a eutanásia, a imposição do movimento gay com os ‘casamentos’ entre quaisquer coisas, o fim do celibato, etc. A lista não tem fim.
Felizmente, creio que a Igreja também não, e sobreviverá, como sempre o fez, a mais esses ataques.
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Amigo(a)s:

Quão bons foram aqueles tempos?
RECORDAÇÕES

         “Perante o deserto transfigurado eu me lembro dos brinquedos de minha infância, do parque sombrio e dourado que havíamos povoado de deuses, do reino sem limites que fundamos naquele quilômetro quadrado nunca inteiramente conhecido, inteiramente resolvido. Formávamos uma civilização fechada onde os passos tinham um gosto, onde as coisas tinham um sentido que não existia em nenhuma outra. Quando nos fazemos homens e vivemos sob outras leis, que resta daquele parque cheio das sombras da infância, cheio de magia, ardente e gelado! Hoje, quando voltamos ali, caminhamos com uma espécie de desespero, pelo lado de fora, ao longo de seu pequeno muro de pedras cinzentas, admirados de achar fechada em um recinto tão estreito uma província que era para nós o infinito, e compreendendo que nesse infinito não entraremos nunca mais. Porque é à infância, e não ao parque, que seria preciso regressar.”

(Saint-Exupéry, Antoine de. Terra dos homens, p. 90)

Nota: O título não tem relação com a obra. Trata-se de uma criação minha adaptada ao texto. Grifos são meus e aludem pontos para nossa reflexão – ANATOLI OLIYNIK.

(Remetido pelo meu amigo cossaco das estepes de Curitiba).

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