SESSÃO MEMÓRIA.

Discurso de Lula na abertura da reunião ministerial de 12 de Agosto de 2005 - Granja do Torto.

Quero dizer a vocês, com toda franqueza: eu me sinto traído, traído por práticas inaceitáveis das quais nunca tive conhecimento.

Por que o primeiro mandatário da nação tem o dever de velar pelo estado democrático de direito.

O Brasil tem instituições democráticas sólidas, o Congresso está cumprindo com a sua parte, o Judiciário está cumprindo com a parte dele.

Meu governo, com as ações da Polícia federal, está investigando a fundo todas as denúncias

Determinei desde o início que ninguém fosse poupado, pertença ao meu partido ou não, seja aliado ou da oposição.

Não tenho nenhuma vergonha de dizer ao povo brasileiro que nós temos que pedir desculpas.

O PT tem que pedir desculpas.

O governo onde errou tem que pedir desculpas, porque o povo brasileiro que tem esperança, que acredita no Brasil e que sonha com o Brasil com a economia forte, com desenvolvimento econômico e distribuição de renda, não pode, em momento algum estar satisfeito com a situação que nosso país está vivendo.

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Pequenas considerações:

- Não tem vergonha de dizer ao povo que devemos pedir desculpas? Olha, eterno presidente, acho que devia ter vergonha, sim. O mensalão foi um mega-escândalo do seu partido, o maior. Nunca na história desse país...

-  O pueblo realmente desculpou o presidente, que lhe deu pão e circo. E o reelegeu, como elegeu sua candidata, que vai dar ainda mais circo, com as arenas futebolísticas. 

- O STF, agora, deu a Lula a desculpa final. Começamos a pensar que o  mensalão, como o holocausto judeu, nunca existiu.

- Talvez os mensaleiros se firmem na história deste país como os paladinos da roubalheira e da impunidade bem sucedidas.

- E para terminar, os aloprados, com aquela imensidão de grana em espécie. Como está o processo deles? Ninguém vai condená-los? Serão absolvidos? Já foi arquivado? Ou tudo prescreverá?...

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