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quarta-feira, 11 de novembro de 2015

NELSON RODRIGUES.


Nascido em Recife em 1912, transferiu-se para o Rio de Janeiro ainda criança, onde faleceu em 1990. Um dos maiores jornalistas, escritores e dramaturgos do Brasil.
Obra:
- Vestido de noiva 
- O dinheiro compra até amor sincero
- A mulher do próximo
- Elas gostam de apanhar
- Álbum de família
- A vida como ela é
- A pátria sem chuteiras
- Perdoa-me por me traíres
- Os sete gatinhos
- Engraçadinha
- Bonitinha, mas ordinária
- Toda nudez será castigada
- O beijo no asfalto
(e muitas outras)


O BRASILEIRO É UM FERIADO.



Nelson se proclamava anticomunista desde os onze anos. Dizia: Assumo minhas posições, mesmo quando hoje o intelectual virou esquerdista, porque essa é uma maneira de o sujeito ser inteligente, de ser atual, de ser moderno e, principalmente, de se banhar na própria vaidade.


Ao ser chamado de reacionário dizia: Reacionária é a Rússia, que não tomou conhecimento e varreu as maiores conquistas do ser humano como tal, como a liberdade de imprensa que, por exemplo, é assunto até proibido de ser discutido nos Estados Unidos.
A opinião pública não deve interessar ao artista porque ela é capaz de tudo.

Tinha orgulho de ser um autor vaiado, uma vez que o público é generoso e chega a aplaudir até por automatismo. Mas quando o sujeito chega a vaiar, é porque aquela obra o feriu profundamente.


Os admiradores corrompem.
Hoje, quando se quer dizer que um chefe é feroz, diz-se que ele é um stalinista. Na Rússia, quando um intelectual é dissidente, o enfiam num hospício


Quando você vê passeatas, repare que não há um preto. Nunca vi na manifestação cara de operário, cara de assaltante, chofer ou de entregador de pão. Nada disso. É tudo gente bem plantada. Vi o Arnaldo Jabor na passeata comendo  Chicabom. Entre uma lambida e outra ele gritava: participação, participação!...


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