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quarta-feira, 27 de julho de 2016

O ESTUDANTE QUE NÃO É DE ESQUERDA.


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Não tenha medo da patrulha.

Falei sobre a dura vida do professor de História que não é de esquerda. Fiquei muito feliz com a repercussão da crônica, que teve mais de 10 mil compartilhamentos na internet e provocou comentários generosos de vários professores que se identificaram com o texto. Agora quero homenagear outro herói brasileiro: o estudante que não é de esquerda.
Eu sei que muitas vezes você se sente solitário e desanimado, meu jovem. É mais fácil ficar em silêncio do que contestar alguns absurdos que a gente ouve em sala de aula ou vê na mídia. Você quer aprender, não ganhar discussões. Entendo perfeitamente. Mas saiba que este sentimento de solidão é comum entre as pessoas que amam a verdade e o conhecimento. Nos dias de hoje, a verdade e a lógica foram substituídas pelas opiniões politicamente corretas, que de corretas não têm nada.
Caro estudante, saiba que você não está sozinho. Há muitas pessoas que já notaram haver um abismo entre a vida real e o conteúdo ensinado em algumas disciplinas escolares, sobretudo na área de humanas. O conselho que dou a você é estudar profundamente todos os aspectos dos temas abordados nas aulas de História, Geografia e Literatura. E dedique-se com igual entusiasmo às ciências exatas.
Não ocupe o prédio da escola; invada a biblioteca. Tente ser um estudante interessado em todos os assuntos, procurando a verdade com obstinação. Seja o melhor no que faz – e só então passe a contestar as meias-verdades e as falsidades que lhe são impingidas. Você verá que ser chamado de “coxinha” é um preço irrisório a pagar pelo conhecimento da verdade.
Seguindo o caminho do estudo e da reflexão permanentes, você descobrirá que muitos outros alunos e professores constituem uma maioria silenciosa que, assim como você, está interessada em cultivar a inteligência, apurar a sensibilidade e conhecer as realizações da cultura.
Um dia você poderá contestar o professor que apresenta o socialismo e o comunismo como estágios superiores da realização humana, quando na verdade são sistemas que produziram opressão e miséria; poderá questionar aqueles colegas que veem a escola como um centro revolucionário e não como um local de saber; poderá ordenar a alma com os grandes valores e conhecimentos que sobreviveram à prova do tempo e das gerações; compreenderá o valor da economia de mercado; intuirá que a família não é responsável pelos males do mundo.
Fique firme, amigo estudante. A verdade o libertará!
Paulo Briguet.


Texto adaptado de:
Gazeta do Povo
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Do site do historiador Sylvio Bazote, de Minas Gerais.

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