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domingo, 26 de dezembro de 2010

Marco Polo.

Marco Polo, o pai Nicoló e o tio Mateo partem no ano de 1271 de Veneza para o Oriente, mais especificamente para a Palestina. Marco é um jovem de quinze anos, mas vai viver grandes aventuras, que depois narrará num livro famoso. Buscarão especiarias, fortuna, como também são enviados do romano Pontífice, pois o imperador chinês Cublai Kan, que já tivera contato com Nicoló e Mateo em viagem anterior, manifestara desejo de que sacerdotes fossem até o Oriente falar de Cristo.
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Pelas estreitas ruas de Jerusalém os Polo passeiam a cavalo, emocionados com a lembrança do sofrimento de Jesus Cristo quando foi morto na cruz.
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Mas eles logo vão além da Palestina. Os três ousados aventureiros cavalgam através das montanhas da Armênia e atingem o mar no Golfo Pérsico. Conseguem fugir de Nogodar, o rei salteador, cujos homens assaltavam caravanas em busca de presas. Nas fogueiras à noite ouvem as histórias do terrível velho da montanha e sua seita de assassinos. Marco vai anotando tudo. Os aventureiros prosseguem até as planícies da Mongólia. Sabem que serão bem recebidos pelos orientais pois, na viagem anterior, os ajudaram na reconquista militar da cidade rebelde de Sin-Iag-Fon, cujas muralhas foram derrubadas por máquinas de guerra, catapultas denominadas "trabucos", invenção europeia, que os irmãos Polo construíram para ajudar o grande Kan e seu exército.
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Atravessam o perigoso deserto de Gobi. À noite ouvem o vento sibilante e as vozes de fantasmas sombrios. Transposto o deserto, aparece majestosa a grande muralha da China, construída para barrar as perigosas hordas de tártaros. Já dentro da grande nação, eles , em dado momento, são recebidos por mensageiros do grande Kan, que os acompanham em caravana até Pequim.
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Em Pequim os Polo são recebidos em palácio por Cublai Kan.
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Cublai, o herdeiro do imenso império de Gengis Kan, unificara chineses e mongóis. O monarca agradou-se tanto do jovem Marco, que o nomeou governador da província de Yang-Chu. Três anos depois Marco era enviado para inspecionar províncias distantes, como embaixador do grande Kan. O jovem se sai muito bem do difícil encargo, o que agrada sobremaneira o monarca. E nessa vida aventurosa os Polo permaneceram no império por vinte anos. Pai e irmão de Marco, já entrados em anos e saudosos de Veneza, ansiavam por voltar. O Kan não os deixaria, mas a possibilidade surgiu, pois o monarca precisava de gente de sua confiança para levar a princesinha Ko-ka-chin, noiva do rei persa Argon, em segurança até o Ocidente e lá ser entregue ao seu prometido. Séculos mais tarde, os filmes sobre os aventureiros insinuariam um romance entre Marco e a princesa, que seguiu seu destino, apesar de amar o veneziano. Assim, em 1292, uma flotilha de navios zarpava para o sul,passando por Java, Sumatra e Ceilão. Tempestades, calmarias, pagodes, mosteiros, templos budistas, desfilam ante os olhos de Marco. A expedição, ou o que restou dela, pois as borrascas e o escorbuto fizeram restar vivos apenas dezoito, dos seiscentos que partiram, conseguiu finalmente chegar em Ormuz. Os Polo entregam a princesa a seu noivo e seguem para a Itália.
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No outono de 1295 os Polo chegam a Veneza, vinte e quatro anos depois, admirados com os novos e suntuosos palácios da cidade. Eles têm trajes estranhos e são olhados pelos passantes com curiosidade. E não seriam aceitos pelos parentes, que os julgavam mortos, tendo repartido entre herdeiros todos os seus bens. Mas os Polo convidam os herdeiros para um banquete, trajados com roupas luxuosas e, ao fim do ágape, mostram jóias e pedras preciosas aos milhares, que haviam trazido do Oriente. São logo reconhecidos pelos parentes.
Passam-se dois anos e Marco se dedica a escrever sobre suas aventuras, sendo aclamado como escritor. Mas ele não poderia viver em calmaria. Vamos achá-lo logo em seguida no comando de uma galera, armada por ele, para defender Veneza dos genoveses. Mas na batalha de Curzola a frota veneziana sofre arrasadora derrota para seus inimigos de Gênova, comandados por Lamba Dória. Marco, apesar de lutar valentemente, é feito prisioneiro.
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Levado para Gênova, permanece na masmorra por um ano aguardando o resgate, em companhia do poeta Rustichello de Pisa, que o ajuda a terminar de vez o grande livro com suas aventuras, e que faz enorme sucesso em toda a Europa. A aventurosa passagem dos Polo pelo oriente se torna famosa. Eles foram os destacados incentivadores dos grandes descobrimentos que se seguiram depois.
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Bibliografia:Documentário 12, Tomo I da Enciclopédia Trópico.
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