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sábado, 12 de novembro de 2011

Moby Dick.

Romance famoso de HERMAN MELVILLE, nascido em Nova York em 1819, e falecido na mesma cidade em 1891. Teve vida aventurosa em navios mercantes, marinheiro por vocação. Escrevia suas aventuras. Moby Dick era o nome de uma famosa baleia branca que nenhuma expedição de arpoadores conseguia pegar.

Ismael, o herói da história, talvez fosse o próprio Melville num romance autobiográfico. Ele acerta com o capitão Acab, do navio Pequod, uma expedição de caça às baleias. Mas o capitão quer especialmente capturar Moby Dick, pois na última escaramuça com o monstro ele não a apanhou e anda teve a perna amputada. Seu objetivo de vida, agora, era vingar-se e matá-la. Ismael se hospeda num hotel à beira do porto, pois o navio vai zarpar na manhã do outro dia. Entra de repente no quarto um selvagem, nascido em uma ilha dos mares do sul, e que fará também parte da tripulação. O homem, frente a um ídolo, começa a fazer invocações e esconjuros, assustando o pobre Ismael.
Apesar da aparência, o selvagem Queequeg era pessoa de bom coração e logo fez amizade com o jovem. Os dois embarcam no velho baleeiro, em busca de baleias e aventuras.
A tripulação do Pequod era composta de homens de todas as partes do mundo, mas os personagens mais interessantes eram os três arpoadores: Queequeg, Tashtego, da raça índia, e Dagoo, um gigantesco negro. 

Os homens somente foram ver o capitão Acab, quase sempre recluso, muitos dias após a partida. Este, com voz grave, prometeu um dobrão de ouro, que pregara no mastro,  para aquele que primeiro avistasse a baleia branca.

Ainda não tinham visto Moby Dick, mas apareceu uma baleia enorme, embora não tão grande quanto a procurada. Homens correm para as lanchas, mais ágeis, e o marinheiro Stubb a mata com um poderoso golpe de arpão. 

 Naquela noite, Stubb festejou devorando um enorme bife da baleia morta. Enquanto isso, o velho cozinheiro negro, cheio de superstições, dirigia-se com invocações aos tubarões, para afastá-los, pois o cheiro da baleia morta os atraira às dúzias. No outro dia o tombadilho parecia ter se transformado num enorme açougue. A baleia foi toda esquartejada e cortada em grandes tiras. Seu óleo foi guardado em tonéis.

Depois de mais de um ano de navegação, o capitão Acab teve notícias de Moby Dick por um capitão que tivera seu braço arrancado quando tentara matá-la. Ela agora estava próxima. 

E lá estava ela, branca, imponente, com o corpo cheio de arpões, que ela arrebentara. Melville, no seu romance, por vezes compara a baleia ao leviatã, ao demônio, ao poder, ao mal que acompanha a humanidade em constante luta.

Depois de três dias de caça e várias lanchas naufragadas, com a morte dos marujos por tubarões atentos, aconteceu o impossível. Moby Dick perdeu de vez a paciência e jogou-se com toda força e velocidade contra o navio, partindo-o ao meio. Era a condenação dos marinheiros.

Todos morreram, inclusive o capitão. O índio Queequeg fizera para si um caixão, pedindo que, se morresse em combate, Ismael o jogasse ao mar naquele artefato. Pois foi  este caixão que Ismael conseguiu ver, ao ser arremessado ao mar quando do choque do navio com a baleia. Nadou até ele e vagou à deriva até ser recolhido pelo navio "Raquel". Os tubarões o acompanharam, mas nada fizeram. Ismael foi o único sobrevivente. A luta contra Moby Dick, a baleia branca, terminara de forma trágica.
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Enciclopédia Trópico Volume VI)
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