Terremotos e maremotos.

A explicação para os terremotos era dada, pelos Lamas da Mongólia, desta maneira: uma rã sustentava nas costas o globo terrestre e, ao mover a cabeça  ou estender uma pata, provocava os abalos sísmicos.

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Atlântida, o lendário continente "além das colunas de Hércules", parece que desapareceu em consequência de sucessivos maremotos, depois dos quais mergulhou para sempre nos abismos marinhos. Seria o arquipélago dos Açores o que restou deles?...

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No ano 63 A. C. em Pompeia, Itália, houve um violento terremoto que precedeu à grande erupção do monte Vesúvio, no ano 79 da nossa era. 

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No maremoto do Japão, em 15 de junho de 1896, foram destruídas mais de dez mil casas e morreram 27.000 pessoas.

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Em 18 de abril de 1906, a cidade de São Francisco, na Califórinia, foi abalada por um terrível terremoto que derrubou milhares de casas e causou inúmeras vítimas.

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Entre os mais recentes terremotos que abalaram a Itália, deve-se mencionar o de Messina, ocorrido em 28 de dezembro de 1908, durante o qual a cidade foi quase que completamente destruída.

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As zonas insulares são as mais sujeitas a terremotos e maremotos. Em  abril de 1946, Honolulu, capital do Avaí, um Estado americano, foi abalada por um terrível terremoto submarino, acompanhado na superfície por fortes ondas.

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Como vemos, não são exclusividade da era atual estes abalos terríveis. Um terremoto quase destruiu Lisboa há cerca de duzentos anos. O que muda é a comunicação, que hoje se revela instantânea, em tempo real. Isso não significa dizer que não devamos preservar a natureza. O homem a está degradando em ritmo cada vez mais rápido. Consciência ecológica com equilíbrio e sem histeria talvez seja o melhor caminho.

Como curiosidade, as regiões da terra mais sujeitas a terremotos são as seguintes:

- Na América do Sul os Andes, com proeminência para o Chile, país que sofreu o terremoto de maior grau na escala que hoje é medida. Peru, Equador e Colômbia estão sujeitos.

- A América Central de um modo geral e o sul dos EUA. Lá proliferam tufões e furacões.

- Península Ibérica, Japão, Indonésia.

- o sul da Itália. 

- regiões da China.

O Brasil não está na zona de sísmicos. Somos um país privilegiado quanto a isso.

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Esta postagem me fez lembrar a terrível tragédia que se abateu este mês sobre os nossos heróicos irmãos japoneses. Povo educado, disciplinado, apegado às suas tradições, de incrível estoicismo, merece os nossos votos ardentes de pronta recuperação. E esta gente irá se recuperar, pois sua história é pródiga em exemplos de força e persistência. Um dado importante em todos estes infaustos acontecimentos: não houve saques, apesar da incrível destruição. Isto atesta o elevado grau de cidadania e educação deste povo. Um abraço solidário, mesmo virtual, à nação japonesa e sua brava gente, de tanta cultura, história e tradição. 

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Pesquisa: Enciclopédia Trópico

Tomo VII - documentário 343.

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A Enciclopédia Trópico, da Livraria Editora Martins S. A. (Giuseppe Maltese), alegrou os jovens que se sentiam atraídos pela cultura clássica nos anos sessenta e setenta. A meu pequeno juízo, foram livros que li e reli com prazer, talvez os melhores que tive oportunidade de folhear na vida. Ainda são oferecidos alguns exemplares em sites de venda. Podemos encontrar também nos sebos. Mas, sem dúvida, leitura recomendável. Mitologia, história, bíblia, ciência, filosofia, geografia e muito mais, ali são expostos em documentários soberbos.

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Fecho o dia agradecendo aos caros amigos Anatoli Oliynik (lá de Curitiba, bela terra), um ás da cultura clássica, Coronel Edmundo José de Bastos Junior, meu mestre e historiador da PM catarinense (que definiu ser este modesto escriba o primeiro acadêmico da história da Corporação), a amiga Maria Luisa-Malu (competente artista plástica do ateliê de pintura Arte e Estilo) e o amigo, acadêmico e renomado escritor Augusto Barbosa Koura Neto, todos pelos cumprimentos através e-mail, relacionados com minha posse na Academia São José de Letras. Um grande abraço pela lembrança. 

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Pílulas 71: Posse na Asajol.

Dia 26 de março de 2011. Este dia, caros leitores, foi um dia singular, ímpar. Além do aniversário de minha querida mãe Ione, com seus 84 anos bem vividos, tive a felicidade de tomar posse na cadeira 39 da Asajol, Academia São José de Letras, muito bem presidida pelo escritor e poeta Artêmio Zanon, também da Academia Catarinense de Letras. Este é o começo, penso, do meu caminho literário. Se chegar um pouquinho mais adiante neste meu querido Estado catarinense, já estarei muito feliz. Mas o galardão que ora me é concedido me deixa por demais realizado. Espero bem representar a Academia nas lides literárias. Sinto-me, sem falsa modéstia, preparado e, mais que isso, com incrível motivação. As escritoras Jane Phillippi e Elena Mattos assumiram também as cadeiras 2 e 32, respectivamente.

Minhas madrinhas foram Dona Ione e Sílvia, que me acompanha solidária há quase 40 anos. A elas o meu reconhecimento via Internet.

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Estou proferindo meu discurso de posse. À esquerda o escritor Celestino Sachet, uma das grandes referências literárias catarinenses. Em seguida o presidente Artêmio Zanon. Depois a Superintendente de Cultura do município de São José, Sra. Rosa Schmidt.  O acadêmico Augusto Barbosa Koura Neto, em pé, fez o cerimonial.  A solenidade aconteceu no teatro Adolpho Mello, Centro Histórico de São José, sendo os presentes depois brindados com um coquetel. 

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Fui até o Quartel do Comando Geral da PM catarinense no início da semana que passou e deixei um convite da minha posse na Academia, destinado ao Senhor Coronel Nazareno Marcineiro, comandante geral. Não foi, não mandou ninguém, nem determinou que se rabiscasse um bilhetinho de agrado. Fica aqui o registro de um  simples coronel da reserva.    

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(ummaisoumenos.blogspot.com)

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Falando de coisas menos amenas, estava eu na semana passada flanando pela minha rua, hoje uma moderna avenida. Prédios novos, bonitos. Porém, o que havia de fezes de cachorro nas calçadas, pra não dizer expressão pior, era uma grandeza. Está a merecer um estudo escatológico, um doutorado talvez, a nossa relação homem/cachorro. Como estamos evoluindo! Um verdadeiro desbunde. Não dizem as tevês educativas que o dono deve recolher as fezes de seu pequeno satanás num saquinho?... Alguém faz?... Poucos!...

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Máxima de mercado: Não importa que o pato seja macho, se o cliente quer um ovo!...

Máxima de segurança: Se cadeia fosse ruim, não havia tanta gente querendo voltar!...

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Está crescendo a produção de cocaína na era do comuna Evo Morales. EUA e Brasil são os maiores compradores. 

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Marinha paraguaia dá tiros em agentes da Polícia Federal e nosso governo nada faz. Estranho. Os federais são tão paparicados!...

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Roger Agnelli vai sair da Vale. O todo poderoso Bradesco não suportou a pressão dillmística.

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Dizem más línguas que o Supremo é uma consultoria do Congresso.

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Dillma quer trem bala no Brasil. Mais desperdício de dinheiro público.

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O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que governos fazem acordos tácitos com o crime organizado. Que governos e que tácitos, cara pálida?...

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Copa do Mundo e Olimpíadas. Quantos empresários, lobistas e políticos ficarão milionários?... Escorrerá o faz-me-rir público dos tentáculos mefistofélicos da Hidra? A Medusa Coletiva está atenta.

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Lulla ganhou um carro blindado de presente do libanês Youssef Hatouil. Talvez ele agora queira ser um sheique árabe. Dizem os petistas que é para a Fundação do ex-pre.

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Sua excelência, a Senhora Presidenta:

A chefa do governo se comporta como uma adolescenta pouco pacienta, insistindo em ser tratada como presidenta, tornando-se assim representante legítima dos brasileiros ignorantes e das brasileiras ignorantas. Esperamos que esta dirigenta política se torne mais conscienta e perceba que não tem o direito de violentar o português, só para ficar contenta. (Hélio Fontes - Santa Catarina).

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Governo Dillma nomeia para o Incra um petista que conta com o apoio dos reacionários do Movimento dos Sem-terra: Celso Lacerda, da ala guerrilheira. Este "movimento social" vive à margem do decantado estado democrático de direito, que os bacharéis conhecem de cor em Marmelândia, em suas teses, é claro.

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Reportagem no Fantástico da Rede Globo mostrou que a droga e o desrespeito à lei campeiam sem freios neste país. Já é caso de segurança e saúde públicas emergenciais. Disque-droga, vendas a crédito, saques a caminhões acidentados, absurdos no trânsito (fábrica de doidos), acidentes aos milhares, falta de fiscalização. E estão preocupados com a micareta e o pós-carnaval. Do jeito que vamos, não demorará muito para que um traficante governe este país.

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Da jangada ao galeão.

Pequena história da aventura humana sobre o mar. A jangada é o tipo mais simples de flutuante. Difícil de dirigir, lenta, move-se sobre águas calmas. Eis os homens das palafitas, há milênios, as utilizando.

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Ainda hoje nossos indígenas das Américas, africanos ou asiáticos, usam estas pirogas cavadas em troncos de árvores. São fáceis de manejar, ao contrário da jangada,

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Os barcos egípcios eram mais adequados à navegação fluvial (rio Nilo), como demonstra a sua silhueta fina.

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Este é um antigo modelo de barco assírio-fénício, revestido com chapas de bronze. Como em todos os barcos antigos, o leme não era mais do que um largo remo de popa. Era conduzido pelos galés, condenados a remar.

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Aqui vemos o corvo, embarcação romana idealizada por Caio Duílio.  Era dotada de uma catapulta, como embarcação de guerra.

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Navios em cruzadas rumo à Terra Santa. Estes veleiros, aptos a transportar soldados e cavalos, eram denominados porteiros.

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Em barcos como estes, de quarenta metros de com primento, os vikings percorreram o Atlântico, chegando até o Canadá.

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Na porta da galera medieval,  derivada da liburna romana, estava situado um trabuco, que lançava pedras ou fogo.

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Rumo ao ocidente. A Santa Maria, seguida pelas caravelas Pinta e Nina, navega na direção do Novo Mundo.

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07 de outubro de 1571. Nas águas de Lepanto, a frota comandada por Dom João de Áustria, e que era formada por galeões venezianos, espanhóis, genoveses e pontifícios, enfrentou mais de duzentos galeões turcos. Durante horas e horas trovejaram os canhões. Mas à noite, nada menos que cento e cinquenta galeões turcos tinham ido à pique e o restante já estava na mão dos cristãos ou fugia. O poderio do Sultão nunca mais se recuperou na derrota de Lepanto. A Europa tomava seu impulso rumo à supremacia mundial, que deveria conservar durante séculos.

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Pesquisa:

Enciclopédia Trópico, Tomo VII,

Documentário 328.

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Música erudita em pílulas.

(forestgirl.deviantart.com)

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Greenleaves - música do folclore tradicional inglês, muito usada em filmes de época. Uma das mais antigas canções da velha Albion. Já era chamada "antiga " ao ser atribuída a um certo Richard Jones, de Londres, em 1580. Diz-se que a rainha Elisabeth I teria dançado ao som de seus acordes. Era tocada em alguns condados em enforcamentos públicos. Shakespeare a menciona duas vezes pelo nome em The Merry Wives of Windsor (As alegres comadres de Windsor). E existem até alguns textos levemente obscenos que costumavam ser interpretados ao som dessa melodia venerável.

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(blogdaredacao.zep.net)

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Valsa de Fausto - de Charles Gounod (Paris 1818 - St Cloud 1893) - O Fausto de Gounod foi montado pela primeira vez em Paris em 1859. Ao revisar a música dez anos depois, Gounod preparou uma música de balé para a primeira cena do quinto ato. Neste balé, o diabo, Mefistófeles,  leva Fausto para assistir aos festejos da noite de Walpurgis, um sabá de feiticeiras, realizado no alto dos montes Harz, perto de Hanover, na Alemanha. Ali Fausto se encontra com famosas belezas do passado, que dançam para ele.

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(franzlehar.wkminfra.com)

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Só teu é o meu coração - Canção de Franz Lehar. (Komaron 1870 - Bas Ischl 1948). Nascido na Hungria, Franz Lehar era filho de um chefe de orquestra. Ganhou uma bolsa de estudos para o Conservatório de Praga aos dezesseis anos e, em 1892, tornou-se regente do prestigiado Theater an Der Wien, em Viena. No início da década de 1900 ganhou fama como compositor de Valsas. Compôs a famosa Viúva Alegre em 1905, seguida por O conde de Luxemburgo em 1909, Amor Cigano em 1910, Eva em 1911, Paganini (1925) e A terra dos Sorrisos. Só teu é meu coração, desta última opereta, foi apresentada por Richard Tauber em Berlim, em sua estreia em 1929, com grande sucesso.

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(fathianasartculture.com)

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Tema de Sheherazade - Nicolai Rimsky-Korsakov (Tikhvine 1844 - Liubensk 1908).

O jovem sultão vinga-se de uma mulher que lhe fora infiel, e a partir daí ordena a execução de todas as mulheres do harém que vierem para seu leito, logo em seguida à primeira noite de amor. Sheherazade, porém, não é somente bela, mas inteligente. Conta ao sultão uma história empolgante e não a termina, permitindo ele que ela continue na outra noite, pois está curioso para saber o final. Mas a história continua, noite após noite, por mil e uma noites. Ao final o sultão revoga o edito e ela passa a ser a sua favorita.

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Esta coleção de excelente qualidade contém as mais lindas e conhecidas músicas de câmara e de folclore mundiais. Minha melhor aquisição de música. Organizada em cinco CDs pelas Seleções do Reader's Digest, Austrália, em 1997. Recomendo aos caros leitores as canções acima.

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Pílulas 70: Liz Taylor.

(connection.com)

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Uma das mais belas atrizes do cinema mundial de todos os tempos, Elisabeth Taylor faleceu a 23 de março deste ano em Hollywood, Los Angeles.  Nascida em 27 de fevereiro de 1932, Liz, além de bela, foi polêmica. Teve sete maridos, sendo o mais importante e talvez o grande amor de sua vida, Richard Burton (o terceiro), Seus grandes filmes: Cleópatra, Quem tem medo de Virgínia Wolf, A megera domada, Disque Butterfield 8, Gata em teto de zinco quente, Assim caminha a humanidade e Um lugar ao sol. Quando da morte de Rock Hudson, com Aids, resolveu apoiar decisivamente a luta contra a doença, além de participar de causas ambientais. Grande amiga de Michael Jackson. Um grande diva do cinema, cheia de vontades e dengos, como toda mulher bonita.

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Escuto nas rádios que está em alta o consumo corporativo. Comprar pela internet coisas usadas, por exemplo. O brechó virtual parece que virá para ficar. Como sou meio às antigas, ainda não me convenci de tratar de minha conta no Banco via Internet. Comprar,  nunca comprei. Parece ser melhor a gente ver o produto com os olhos e as mãos.

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Sobre a questão da radioatividade no Japão, penso que o alarde e o alarme fazem mais danos que a própria radioatividade em si. No entanto, cuidado nunca é demais, reconheço. No Brasil , ouço que a Usina Angra Dois vem funcionando a dez anos com uma autorização inicial, sem a definitiva. O caso, pra variar, tramita no Ministério Público e está na mira de órgãos ambientais. Será bom e prudente que a Hidra olhe este caso com atenção.

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Um deputado federal do PT baiano estava discursando na tevê Câmara. Defendia a democracia direta, mais participativa, com o pueblo dando palpite por atacado. Desejava que as consultas, os plebiscitos, os referendos, viessem com força total. Comento: Olha, companheiro, desconfio demais de quem vem com esse discurso, muito comum nos países comunistas, como Cuba e Venezuela. Acontece que o governo faz um plebiscito. Se o escore dá apertado contra, os donos do poder repetem o plebiscito até ganhar, como fez o brucutu bolivariano com sua eleição sempiterna. É só caprichar um pouquinho mais na propaganda e nas suas milícias. Se acontece como no Brasil, quando a população deu uma surra fenomenal no governo Lulla na questão das armas, basta desconsiderar o resultado, como foi feito, e aprovar lei que dê legitimidade ao que o governo quer, pois a base de apoio aprova tudo. No embrulho das armas, lembram, o pueblo disse não quando o governo quis que as armas só pudessem ser manejadas pelas autoridades e pelos bandidos. E adiantou?... Cuidado com esses fulanos que vêm com essas consultas fajutas. Por que não fazem consulta sobre a pena de morte, por exemplo?...    

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(sindicotv.net)

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O Supremo Tribunal Federal, por seis votos a cinco, mandou a lei da ficha limpa dos políticos para 2012. Uma pena. Jader Barbalho, Maluf, Garotinho, Cássio Cunha Lima, João Capiberibe e outros fichas desbotadas agradecem. O STF, além de moroso, tem tomado decisões que não têm agradado... Acho que estou entrando em terreno perigoso.

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Aqui em Marmelândia se vota em Manuel e se elege Joaquim. Foi assim com o Tiririca, que levou alguns espertalhões com ele. 

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Acho um pouco, como direi, shakesperianos, os votos do ministro Marco Aurélio de Mello, do STF. O homem é uma metamorfose ambulante. 

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Por que os nossos políticos são tão ruins? Serão, por acaso, melhores que o nosso pueblo? Quando um político quer se eleger aqui, tem logo que armar um balcão de negócios para atender aos interesses mais disparatados do pueblo, desde dentaduras até argamassa para construção, passando pela gasolina grátis para todos. Deve ser bem duro e muito desgastante ser político. Pobrezinhos!...

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Diz a rádio CBN que a dívida pública brasileira atingiu 1 trilhão e 660 bilhões de reais. Isto será bom?...

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(politicalivre.com)

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Maria Fernanda Coelho, petista de carteira, está querendo deixar, se não deixou, o comando da Caixa Econômica Federal. A sua decisão de ajudar o não confiável Banco Pan-americano com 780 milhões de reais foi um erro. A Caixa é uma instituição forte e não pode estar à mercê destes interesses menores. Depois da ajuda milionária, foram descobrir que o Banco estava quebrado. Auditoria na Caixa, por favor, e das bem rigorosas. Talvez uma tronituante e inócua Comissão Parlamentar de Inquérito. A imprensa está querendo chegar na Maria Fernanda, mas ela tem sido um túmulo. Está na muda.

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Marmelândia alcançou uma unanimidade: todos os sindicatos do país, ou vamos botar quase todos, são pelegos ligados ao governo petista. Os cuteanos vivem um mar de rosas, com verbas e cargos a granel. Não protestam mais. Eis aí uma vantagem do PT estar no poder. Os poucos protestos, quando ocorrem, são mais civilizados. Bom para a polícia, que tem menos prontidões. No meu  tempo de ativa, com greves semestrais e de agenda nas universidades, por exemplo, era difícil ter folga.

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(idadecerta.com.br)

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Empresa Vale do Rio Doce. Quando foi privatizada em 2007 tinha um capital de oito bilhões de reais. Hoje são quase 300, depois de uma administração técnica e prudente de Roger Agnelli. No entanto, parece que ele desagradou ao Palácio do Planalto e a setores stalinistas do governo, que desejam que a Vale volte a ser uma cornucópia estatal, de abundantes tetas para correligionários e protegidos. Petistas soviéticos e cubanos não se conformam com o sucesso da empresa. O senador Edison Lobão, do PMDB (sempre o PMDB), ministro da Energia não energizada, pressiona a Vale no sentido de que ajude com uns módicos 5 bilhões a seus municípios protegidos, currais eleitorais, por certo. Será que a mentalidade atrasada, dirigista, controladora e estatal vai vingar? Querem acabar com aVale?

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Assumo no dia 26, às dezesseis horas, no Teatro Adolpho Mello, Centro Histórico de São José, um pujante município da grande Florianópolis, a cadeira 39 da Academia São José de Letras, na vaga do escritor Alberto Gargnin, que faleceu em 2007. Um voto de louvor ao presidente da Asajol, acadêmico Artêmio Zanon, também da Academia Catarinense de Letras, que conduziu o processo eletivo com lisura e correção. Parabéns às confreiras Maria Elena Lamego Mattos e Jane Maria de Souza Philippi, que assumem as cadeiras 2 e 32, respectivamente.

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(imagemgratis.com)

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Estou na bela Blumenau, preparando meu discurso de posse na Academia. Gosto demais da cidade. Povo trabalhador, sério, ordeiro. Somente uma coisinha me incomoda um pouco na germânica Blu. Que pessoal estressado no trânsito. Chegam a ganhar de Floripa. Parecem estar sempre querendo tirar o pai da forca, como dizia o meu finado pai. E olha que já trabalhei no trânsito, na verdade uma verdadeira fábrica de malucos e psicóticos.

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15 mortos na Síria , mais um país que sofre com as revoltas árabes. Na verdade, a Síria é uma ditadura, que passou do pai Hafez ao filho Bashar. Tem partido único, o Baath, socialista e nacionalista. Damasco está conturbada e não é para menos. A Síria é muito amiga do Irã e fundamentalista também. Um país em que Israel não pode confiar.

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O acesso ao meu bloguinho tem aumentado significativamente. É claro que não chega a ser o sucesso do "Minha mulher não deixa, não", com mais de um milhão de acessos, atestado inconteste de nossos hábitos culturais de excelência. Mas já me deixa faceiro. Peço aos leitores que, se desejarem, façam comentários, seja contra ou a favor.  
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Castorina Lobo de S.Thiago.

Professora formada pela saudosa e excelente Escola Normal, dedicou quarenta anos de sua vida ao magistério nas escolas públicas. Assumiu a regência de uma escola modelo aos quinze anos. Militou na imprensa, escrevendo em prosa e verso. Seu primeiro livro de poemas foi Rimas do Outono, muito bem recebido pela crítica literária. Nasceu na cidade de Tubarão aos 28 de dezembro de 1884.

Poetisa ligada ao parnasianismo, cultivou a forma e a métrica, especialmente do soneto. Rimava com perfeição. Publicou ainda Clarinadas e Aquarela da Vida, além de contribuir profusamente com artigos e poemas na imprensa de Florianópolis e do Estado. Sucedeu à também professora e poetisa Delminda Silveira na Academia Catarinense de Letras, sendo a titular da cadeira 10.

Faleceu em Blumenau, em 24 de agosto de 1974. Contava com bem vividos 90 anos.

Abaixo o poema Modernismo, publicado em Clarinadas.

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MODERNISMO

Senhores, já não entendo

a confusão desta gente,

que nesta quadra presente

seu bel prazer vai vivendo!...

O que é direito está torto,

o que é torto está direito.

O vício não é defeito;

faz parte, até, do bom gosto.

O verso já não é verso.

A música é batucada.

E nesta grande embrulhada

vai tudo pelo reverso.

Direi sem grande rodeio:

a pintura é borralheira;

a dança, que pasmaceira,

não passa de bamboleio.

Nem falta, agora, a escultura

que se inscreveu no batismo,

na febre do futurismo

que as artes vexa e tortura.

Moral já é passadismo.

Os filhos fazem o que entendem,

aos velhos pais repreendem,

que o bom senso é carrancismo.

Vai tudo na derrocada.

O sentimeno é pieguismo.

A fé em Deus - fanatismo

e a vida "modernizada".

Ninguém se vá espantar

que qualquer dia aconteça

andar por baixo a cabeça

e os pés virados pro ar!...

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Meus caros leitores, estes versos foram publicados em 1959. Imaginem o que diria hoje Dona Castorina, se visse num lampejo o ano de 2011 e a permissividade existente!...

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Minibiografias: Ivan, o terrível e Henrique VIII.

22 - IVAN IV, O TERRÍVEL -  Czar da Rússia ( 1530-1584). O primeiro a usar oficialmente este título.  Herdou o trono em 1533. Assumiu o poder em 1544 e fez-se coroar em 1547. Convocou a primeira Assembleia Nacional (1550) e reformou o sistema jurídico da Rússia.  Conquistou os tártaros Kazan (1552)  e Astracã (1556). Sustentou prolongada guerra de conquista da Livônia (1557-82), mas foi finalmente derrotado pela Suécia e Polônia. Perto do fim de seu reinado, os cossacos conquistaram a Sibéria. Depois da morte de sua primeira esposa Anastasia Romanovna, em 1560, sofreu radical transformação em seu caráter já pouco equilibrado, tornando-se sombrio e feroz. Ensanguentou a Rússia com suas crueldades e por uma simples suspeita devastou em 1870 a cidade de Novgorod.  Em 1880 assassinou o próprio filho Ivan num acesso de cólera.

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23 - HENRIQUE VIII - Rei da Inglaterra (1491-1547).  Filho e sucessor de Henrique VII, subiu ao trono em 1509, casando-se com Catarina de Aragão, viúva de seu irmão Arthur. Derrotou os franceses em 1513, ao mesmo tempo em que seus generais venciam Jaime IV da Escócia. Desejoso de anular seu casamento e desposar Ana Bolena, pois não tinha filho varão, entrou em conflito com a Santa Sé. Por fim, obteve do Parlamento o Ato de Supremacia, que criava uma Igreja Nacional separada de Roma e sob a chefia do soberano. Era agora rei e papa.  A este ato seguiu-se a supressão dos mosteiros e o confisco de todas as propriedades da Igreja Católica. Mandava decapitar quem não concordasse com o tal Ato. Thomas More foi um dos ingleses ilustres mortos, que seria mais tarde canonizado pela Igreja. Depois de Ana Bolena, a quem mandou decapitar por suspeita de infidelidade, Henrique desposou sucessivamente:  Jane Seymour, falecida após dar à luz o futuro Eduardo VI; Ana de Cleves, que foi repudiada; Caterina Howard, decapitada e Catherine Parr, que conseguiu sobreviver ao monarca. Governante hábil e inescrupuloso, Henrique VIII centralizou a administração e, apesar de autoritário, ampliou os poderes do parlamento (Os reis ingleses foram, ao logo do tempo, dando os anéis para não perder os dedos. E reinam até hoje). Lançou as bases do desenvolvimento da marinha inglesa. Glutão, sofria de gota, o que tornaria seu humor insuportável se não fosse rei.

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Henrique VIII por Hanz Holbein em 1536.
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Pesquisa: Dicionário Enciclopédico de 1943.
Gravuras : Wikipédia.
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Um carinhoso abraço para meus sobrinhos Fernando Junior e Janaína, meus novos seguidores. Só no blog, é claro!
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Minibiografias: Marcílio Dias e Conde D'Eu.

(naviosbrasileiros.com.br)
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20 - MARCÍLIO DIAS. 

Marujo brasileiro nascido em São José do Norte, Rio Grande do Sul. (1838-1865) Distinguiu-se na batalha de Paissandu, na qual hasteou o pavilhão brasileiro na torre da igreja. Morreu heroicamente na batalha do Riachuelo, defendendo o convés do navio Parnaíba durante o episódio da abordagem deste por três navios paraguaios. Dá nome a um clube de Futebol da progressista cidade de Itajaí, em Santa Catarina.

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 21 - CONDE D'EU.

Louis Philippe Marie Merdinand Gaston d' Orleans. Príncipe e general do Exército brasileiro(1842-1922). Era filho do Duque de Nemours e neto do rei Luís Felipe de França.  Casou em 1864 com a princesa Isabel, filha do imperador Pedro II, herdeira do trono brasileiro.  Tomou parte na guerra do Paraguai. Foi nomeado comandante em chefe do Exército em 1869 e obteve uma série de vitórias.  Exerceu a regência quando D. Pedro viajou para a Europa. Depois da proclamação da República, retirou-se para o castelo D'Eu, vindo a falecer a bordo do Massília quando em 1922, viajava para o Brasil, a fim de assistir aos festejos do primeiro centenário da Independência.

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SINTRA - PORTUGAL.

Situada no distrito de Lisboa e na província de Estremadura. Espairece maravilhosamente numa falda de terra de mesmo nome. Muito frequentada como veraneio.  Apresenta belos jardins e vilas, o antigo castelo real Paço de Sintra (séc 14-15), o grandioso Palácio Castelo de Pena (uma das sete maravilhas de Portugal), um castelo e fortificação mourisca e o Convento de Santa Cruz.  Em 1808 foi ali assinada a Convenção de Sintra, honrosa capitulação portuguesa contra os ataques anglo-franceses.

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Meus caros patrícios que me leem em Portugal: gostaria, por favor, de ouvir a opinião de vocês (comentário) sobre esta honrosa capitulação. O rei era Dom João VI e a rainha Carlota Joaquina, que não possuem grande reputação aqui em terras brasileiras. Se juntarmos o fato de que tudo continuava como dantes no quartel de Abrantes...

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Pesquisa: Grande Dicionário Enciclopédico de 1943.
Imagens: Wikipedia.
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Histórias de caserna - O passo errado.

Esta história foi encontrada pelo autor do livro O milagre do coronel Trogílio, Coronel Edmundo José de Bastos Junior, junto aos arquivos do saudoso coronel Antônio de Lara Ribas.

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O fato aconteceu entre os anos de 1926 e 1927. Nessa época o capitão Pedro Manoel Pinheiro, brilhante oficial da Força Pública, hoje Polícia Militar de Santa Catarina, desfrutava de excelente conceito junto aos seus pares. Era exímio atirador, desportista, poeta e violonista. 

Havia seleção para ingresso de voluntários na Força Pública, mas isso não impedia a inclusão de elementos curtidos em outras tropas e até de alguns maus elementos. Certa ocasião, quando o capitão Pinheiro dirigia a instrução geral, na rua José Veiga e espaços vazios adjacentes, o enérgico Sargento Teotônio, auxiliar do oficial instrutor de recrutas, cansado de insistir com determinado recruta gozador para que marchasse de passo certo, e convencido da inutilidade das reiteradas tentativas de convencê-lo, resolveu procurar o capitão Pinheiro, que se encontrava próximo, formulando a seguinte queixa:

-- Capitão, o senhor conhece o recruta Manoel Francisco?

-- Mas é claro, conheço. Ele é da minha companhia.

-- Pois é, senhor, acontece que este indivíduo teima em marchar de passo errado e, quando observo, determinando que acerte o passo,  ele responde que está de passo certo e que os demais da Escola é que devem acertar o passo pelo seu. E, dizendo isso, continua a marchar de passo errado, em franca atitude desrespeitosa. Por tudo isso, senhor capitão, entendo que o remédio é expulsá-lo para que sirva de exemplo à tropa.

-- É, respondeu Pinheiro,  -- mas acontece que não participo de sua extravagante opinião.  E não participo saiba o disciplinado sargento, porque aqui nesta Força nunca houve, nem haverá jamais em tempo algum, soldado ou recruta, por machão que seja, capaz de não acertar o passo. E preste bem atenção, sargento. Agora mesmo, nesse instante, ponha a Escola em posição de sentido porque eu quero ter uma conversinha com esse moleque, mais que recruta, metido a engraçadinho!

A ordem foi executada, de sorte que, disposta a tropa em posição para a revista, o capitão em postura rigorosamente militar, ordenou que viesse à sua presença, escoltado pelo sargento, o tal recruta que se julgava tão importante.

-- Então o senhor é o homem que não deseja acertar o passo?... O senhor já teve notícia sobre a solitária, não dessa que dá na barriga de muita gente boa, mas daquela de concreto que tem lá no fundo do quartel? Se não teve acautele-se, porque se não acertar o passo, vai para lá muito breve.

E dito isso ordenou categórico:

-- Sargento, leve este cabra da peste lá para seu lugar na escola.

A ordem foi cumprida com presteza. Em seguida o capitão ordenou que o sargento movimentasse a tropa segundo o eixo da rua.  E, nesse mesmo instante, olhando firmemente para o recruta, Pinheiro sacou da espada, acompanhando o desfile emparelhado com o homem que, nessa altura dos acontecimentos já muito nervoso, porém, como sempre - possivelmente por força do hábito - iniciava a marcha de passo errado.

O capitão, furioso com aquele desrespeito, não teve dúvida: virou o rosto junto ao ouvido do dito recruta e recitou a seguinte quadrinha:

-- Acerte o passo, Mané Francisco, dito recruta!

-- Acerte o passo, seu velhaco, com ares de batuta!

-- Acerte o passo, seu ordinário, e não discuta!

-- Acerte o passo, miserando filho de uma puta!

O pobre, sentindo a disposição agressiva de seu comandante, sem outra alternativa, entrou na cadência, deu aquele pulinho característico e lá se foi de peito saliente, como manda o figurino, fuzil perfilado e passo certo.

Daí por diante nunca mais o Manoel Francisco marchou de passo errado. E quando algum companheiro seu, da Escola de Recrutas ou da própria Companhia, errava o passo, ele próprio advertia:

-- Cuidado, patrício, aí vem o capitão Pinheiro!...

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Extraído do livro do Coronel Edmundo José de Bastos Junior, O milagre do Coronel Trogílio e outras histórias milicianas. Editora Garapuvu - 1998.

Desenho de Marcelo Costa.

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A Rua José Veiga hoje é denominada "Avenida Mauro Ramos", numa homenagem ao irmão de Nereu Ramos.
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Pílulas Culturais 14: Romy Schneider, a eterna Sissi.

Sissi, a imperatriz da Áustria, filme estrelado por Romy Schneider e Karlheinz Bohn como par romântico, e Magda Schneider, mãe de Romy, que no filme faz o papel de mãe da imperatriz. Produção alemã de 1957. A vrdadeira Sissi viveu na Áustria de 1837 a 1898, quando foi assassinada. O filme tem roteiro e direção de Ernst Marischka e música de Anton Profes. No ano de 2007, para comemorar os 50 anos do filme, a Versátil Home Vídeo produziu uma trilogia (3 dvds), pois o filme é longo. O objetivo aqui não é comercial, senhores, mas o trabalho de reprodução em dvd ficou ótimo. Vale a pena adquirir. Comprei a caixinha com os três dvds em Blumenau e não me arrependi.  Bela recordação que se materializa.

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Romy, atriz  austríaca nascida em Viena em 1938, faleceu em 1982 na cidade de Paris. De grande beleza. Viveu com Alain Delon após fazer com ele o filme Christine. Depois casou três vezes e teve dois filhos, David e Sarah. Ela vivia em Paris e foi acometida de depressão após o suicídio do primeiro marido, Harry Meien, e a morte trágica do filho de ambos, David, com 14 anos, quando tentou pular um portão e foi atravessado pelas setas das grades.  Romy não suportou e morreu de parada cardíaca aos 43 anos.

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A esgrima, esporte hoje nobre e elegante, tem uma história de guerras e sangue. Os gladiadores romanos sujeitavam-se a um intenso treinamento para, na maioria, morrer na arena. O tipo de arma usada em combate era diferente e, o principal, um dos lutadores não sairia vivo.

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Uma sala de armas da Idade Média. Treinamento para as guerras reais. Os adversários usavam pesados espadagões que exigiam as duas mãos, capazes de romper, num só golpe, as armaduras de aço. 

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 No século XVII a esgrima já assume um aspecto semelhante ao atual. Não esquecer que até o século XVIII a espada fina e que transpassava, como a dos três mosqueteiros, foi muito usada para matar. Hoje a esgrima tem regras e manuais e se estabelecem normas para as disputas, onde não há qualquer perigo de ferimento mais grave.

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Os lapões - A Lapônia situa-se no norte da Europa e abrange terras em quatro países: Noruega, Finlândia, Suécia e a península de Kola, na Rússia. Os lapões somam 70.000 habitantes em sua região, a maioria na Noruega. É a terra das renas, lobos e ursos. Pesca abundante e fauna nativa do gelo. Os lapões são brancos, alourados e de pequena estatura. Moram em aldeias dispersas. Joulopukki é o pai noel ou papai noel, habitante da Lapônia. A região possui o sol da meia-noite no verão e a aurora boreal no inverno.

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Reconstituição do santuário ou templo de Stonehenge, de uma planície de mesmo nome na Inglaterra. Formado por dólmens, pedras gigantescas que deixavam em dúvida os pesquisadores. Como teriam sido colocadas, com que força, com que alavanca? Nelas os espíritos dos mortos assombravam os viventes. Ali os druidas, antigos sacerdotes de tribos bárbaras, faziam as suas invocações e sacrifícios, que muitas vezes incluíam perdas humanas, de crianças e jovens, principalmente.

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Os senhores sabem que Orfeu, o pascácio, meu inconsciente individual, meu alter-ego abobado e ranheta, me pediu que o devolvesse ao blog. Estava esquecido por demais. Ainda não assimilou a vitória da coletiva medusa, que aqui não é a Dilma, os senhores sabem, mas a infestação comunizante que se alastrou por toda a América Latina, depois que a cabeluda foi corrida da finada URSS e do leste europeu. Teve tempo ainda de se perenizar em Cuba e Coreia do Norte, os reinos ideologicamente mais atrasados do planeta. Agora veio assestar seus tentáculos contra toda uma América Latina inerme e inerte, o continente dos caudilhos, com suas veias abertas e prontas para a vampiresca mordida.

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Pesquisa: Esgrima e espadas no Tomo I da Enciclopédia Trópico.
Stonehenge e Lapões no Tomo X da Enciclopédia Conhecer.
Orfeu é criação minha, com a devida vênia.
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