Valsas vienenses (minibiografias).

 Sissi, a imperatriz da Áustria, um filme que marcou minha infância, na interpretação magistral de Romy Schneider. Falem o que quiserem das monarquias, mas continuo, como em criança, as achando lindas e românticas.  As Repúblicas sempre estiveram mais para Maquiavel e Bram Stoker.

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Minibiografias: Strauss Filho e Chopin.
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18 - JOHAN STRAUSS FILHO.

(Imagem: Wikipédia).

Compositor austríaco (1825-1899) Após a morte do Pai Johan Strauss, grande compositor, assumiu a chefia da orquestra que este fundara e executou com ela grandes excursões pelas principais cidades europeias. Desde 1863 dedicou-se exclusivamente à composição, tornando-se o mestre máximo da chamada Valsa Vienense. A riqueza melódica de suas composições, a variedade e riqueza rítmicas, a pureza de espírito e a sutileza de orquestração asseguraram-lhe um lugar de honra na música-arte. É o intérprete clássico da amabilidade e bom humor do caráter vienense. Muitas de suas obras, 496 ao todo, ainda gozam de grande popularidade, especialmente na Europa. Entre as principais destacam-se: Cagliostro, Prinz Matusalém, polka Champagne, Uma noite em Veneza. Suas valsas mais populares: Rosas do sul, Danúbio Azul,  Sangue Vienense, Valsa do Imperador, Contos dos bosques de Viena, Vida de artista, Vozes da primavera, O morcego, Vinho, mulheres e canção. 

Seus irmãos Josef (1827-1870), cego, e Eduard (1835-1916), bem como seu filho Johan,  também se salientaram em numerosas canções para dança.

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O que indicar da obra de Strauss? As valsas são todas belíssimas. Mas existe uma polka de que gosto muito, cantada pelos Meninos Cantores de Viena: Tritsch-tratsch polka. Esta expressão, numa tradução imperfeita, significaria fofoca, que era o nome do cãozinho da esposa de Strauss. Este, ao ver o animalzinho fazer piruetas com um novelo, teve a ideia de compor a polka, que é uma delícia. Recomendo.

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19 - FREDERIC FRANÇOIS CHOPIN.

Compositor nascido nas proximidades de Varsóvia (1810-1849), de pais franco-poloneses.   Passou a maior parte de sua vida na França, onde privou com Heine, Liszt, Berlioz, Balzac, Musset e Dumas. Aos nove anos dava concertos de piano. Era ainda muito jovem quando se viu aclamado como pianista consumado, por plateias como as de Dresden, Praga, Munich, Viena e Paris. Sua fama, porém, repousa principalmente em suas composições para piano. Entre elas sobressaem 3 sonatas, 4 baladas, 2 concertos, 19 noturnos, 27 estudos e 24 prelúdios. Suas polonaises e mazurcas são largamente conhecidas. Há em sua música uma nota de melancolia característica do povo de sua pátria polonesa. Pôs em relevo estas tendências profundamente românticas.  Sua criação  essencialmente musical não deixou de ser influenciada pela literatura.  Sua ligação amorosa com a romancista George Sand (Amantine Lucille Aurora Dupin) deu motivo a biografias romanceadas, peças de teatro, romances e ensaios.

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Senhores leitores, recomendo-lhes o famoso Noturno em Mi Bemol, a composição mais conhecida de Chopin, que serviu para embelezar filmes e novelas. O Estudo em Mi maior é de uma beleza doce e romântica.

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(Imagem: Wikipedia). Chopin aos 25 anos em 1835, tela de Maria Wodzinski.
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Pesquisa: Enciclopédia Ilustrada de 1943.
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A queda do Império Romano.

O godo Teodorico recebe súditos em audiência. Ele tomara Roma no final do século V.

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O Império Romano contornava todo o mar Mediterrâneo, sendo muito extenso. Por isso o imperador Teodósio, em 395, dividiu seu império em dois:  o do Ocidente, com a capital em Roma, e o do Oriente, com a capital em Bizâncio (hoje Istambul, na Turquia).

Em 476 o Império Romano do Ocidente recebia o golpe final. Odoacro, rei dos Hérulos, depôs o imperador Rômulo Augusto.

"Bárbaros" eram todos os povos que não fossem romanos. E agora os bárbaros dominavam a Europa.  Estes povos vindos do norte, na maioria ditos germânicos, tinham especial atração por Roma, a mais espetacular cidade de toda a civilização ocidental. Os ostrogodos (godos do leste) invadiram os territórios chefiados por Odoacro. Trezentos mil ostrogodos (dentre eles cinquenta mil soldados) invadiram a península itálica. Eram chefiados por Teodorico e vinham para ficar, pois traziam em carroças todos os bens que possuíam. Após quatro anos de lutas contra os hérulos,  os ostrogodos estabeleciam-se na Itália em 493.

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Os reinos germânicos dividiram a Europa entre si. Este era o mapa no fim do século V.

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Teodorico, apesar de "bárbaro", era um imperador esclarecido.  Editou leis iguais para romanos e godos em seu reinado, coisa que os orgulhosos romanos nunca fizeram. Foi um período de paz e prosperidade. Teodorico vivera e estudara em Bizâncio, onde aprendera com doutos como governar.

Caído o Império Romano do Ocidente, o do Oriente, no entanto, continuava de pé. Seu imperador Justiniano fez guerra a Roma em 535, com o intuito de anexá-la. Venceu, mas foi uma vitória fugidia que durou 13 anos.

Muitos povos migrantes espalharam-se pela Europa. Os anglos e saxões dominaram o que é hoje a Inglaterra. Mais a leste, na futura Rússia, dominavam as tribos eslavas e magiares. Os vândalos também fizeram das suas e deixaram para os espanhóis a região da Andaluzia. (originalmente Vandaluzia). Eram tão violentos que Vândalo passou a caracterizar o elemento que só pensa em destruir e depredar, como estudantes em greve, por exemplo

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Acima o mausoléu de Teodorico em Ravena, Itália. Abaixo pontas de lanças de bronze usadas pelos godos.

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Na verdade, os vândalos eram piratas que gostavam de atacar continuamente a Itália. Mas Bizâncio os derrotou em 533.

Os visigodos (godos do oeste), outro ramo dos godos, foram para a Espanha. Seriam derrotados pelos árabes (mouros) em 711, que influenciaram com sua cultura a península ibérica por séculos. Amália Rodrigues, no século vinte, cantava o fado famoso "Mouraria".

Outro povo que passou a habitar as terras romanas foram os francos. Propiciavam terras ao povo (não confundir com o MST) e julgavam seus problemas em assembleias (não confundir com o PT). Clóvis, chefe de uma tribo franca, conquistou a Gália (atual França). Dei início à dinastia merovíngia e se aliou com a Igreja Católica.  Os francos foram os primeiros povos a se cristianizar entre os bárbaros. 

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Combate entre romanos e germânicos, representado em baixo-relevo no Arco de Constantino em Roma.

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Quando Clóvis morreu, o reino foi dividido entre seus sucessores. Guerras pelo poder se tornaram constantes na Europa e os camponeses eram os grandes prejudicados, com suas terras invadidas (não confundir de novo com o MST) e seus produtos confiscados pelo custo da guerra (não confundir com o Color).

Formavam-se exércitos particulares, esboço da Cavalaria Medieval. Os camponeses passaram a depender de proteção militar e foram se tornando servos dos nobres. Estavam sendo criadas as condições para a servidão feudal.

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Pesquisa: Enciclopédia  Conhecer, Tomo X, Abril Cultural.

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Minibiografias: Bergman e Bogart.

16 - INGRID BERGMAN - Atriz sueca (1915-82). Dona de uma beleza casta, Ingrid era adorada pelo público. Mas perdeu seu prestígio junto às plateias e escandalizou o mundo após abandonar seu primeiro marido e o filho para viver com o diretor italiano Roberto Rosellini em 1949. Convidada pelo produtor David Selznick, ela deixou a Suécia em 1936, trocando a fama nacional pelo superestrelato internacional. Seu nome está imortalizado em filmes como Casablanca (42), Por quem os sinos dobram (43), À meia luz (44 - Oscar de melhor atriz), Interlúdio (46) e Joana D'Arc (48).  Após sua fuga atuou em Stromboli (50) sob a direção de Rosellini.  Anastácia, a princesa esquecida (56) realizado na Grã-Bretanha, representou seu retorno a Hollywood e rendeu-lhe o segundo Oscar de melhor atriz. Ganhou outro Oscar, desta vez como melhor atriz coadjuvante, em O assassinato no Orient Express (74). Nesta época começaria a lutar contra um câncer que a mataria oito anos depois. Foi ainda indicada ao Oscar de melhor atriz em Sonata de Outono (78) de Ingmar Bergman. A atriz Isabella Rossellini é filha de sua união com Roberto Rosselini.

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17 - HUMPHREY BOGART - Ator americano (1899-1957). Personificação do sujeito durão, Bogart estreou no cinema em 1930. Apesar de seu jeito seco, tornou-se muito importante e popular e virou um dos mitos de Hollywood. Sua maneira arrastada de falar e seu rosto de pedra, duas características marcantes, foram resultado de um incidente ocorrido na Primeira Guerra Mundial, que quase dilacerou o seu lábio superior. Seus primeiros sucessos foram A floresta petrificada (32), filmagem de uma peça da Broadway, e Anjos de cara suja. Com o clássico Relíquia macabra (41), de John Huston,  tornou-se um astro e seu status consolidou-se com uma série de filmes notáveis. Casablanca (42), Uma aventura na Martinica (44), onde conheceu Lauren Bacall, sua terceira esposa. À beira do abismo (46), O tesouro de Sierra Madre e Paixões em fúria (48).  Também se destacou por No silêncio da noite (50), Uma aventura na África (51), A nave da revolta e Sabrina (54).  Lutando contra o câncer e assistido por Bacall, morreu em casa enquanto dormia, com 58 anos.

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Da Enciclopédia: 1000 que fizeram 100 anos de cinema - Isto É - Editora Três - Citibank - Times.
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Tesouros e riquezas.

Temos que reconhecer que o dinheiro tem poder quase total neste mundo. A maioria reza pela sua cartilha. Afinal, não se come sem dinheiro, ou sem pedir a alguém que o tenha. O dinheiro não traz felicidade, mas a falta dele também dificulta. A menos que se sublime tudo com um valor maior como a fé, por exemplo. Mas existem casos de exageros que beiram as raias da empáfia, da exibição, da vaidade extrema, da cultura  exacerbada ao material, gerando situações quiçá dantescas ou até mesmo grotescas. Hoje festa de quinze anos de bacana deve ter ator bonitão da Globo, ou não é festa. E sabemos como esses jovens cobram muito caro. Mas o empresário Mauro Mendes, de Cuiabá, e sua esposa Virgínia, de acordo com a revista Veja, contrataram logo seis atores da Globo, como Kayky Britto (não gosto destes cás e destes ípsilons) e Daniel Oliveira, e mais um modelo, para mimar a filha Ana Carolinne e suas quinze bem vividas primaveras.  150.000 reais o cachê dos endeusados atores. A esposa até justificou que não foi grande coisa, algo um pouco acima de alguns milhões. Mauro foi candidato ao governo do Estado. Impressiona na alta soçaite a busca do fausto, da manchete, da coluna social, da efêmera glória que morre e se sepulta no álbum de fotos e vídeos. Ah, ia esquecendo. O candidato a governador é do Partido Socialista brasileiro. Eita socialismo porreta. A bolsa da presidenta Dilma que o diga. O Lulla, quando casou a neta aqui em Floripa, foi o mesmo desbunde.  Já não se faz mais comunista como antigamente. Glorificam Cuba, mas os filhos vão para Miami ou Cancun. Sic transit gloria mundi.

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Ridículo, não? Esse cara sempre me pareceu personagem de carnaval. Mas o burlesco pelo menos dura quatro dias, com exceção de algumas capitais, onde se estende por semanas. Na Líbia, o burlesco-grotesco vem durando quarenta anos, numa ditadura sangrenta que agora se esvai pelo ralo. Quando estive no Cairo, o guia egípcio me disse que nos países árabes a democracia seria muito difícil de se concretizar por causa do Corão. Estão acabando com ditaduras laicas para substituí-las por ditaduras teocêntricas? Vão trocar seis por meia dúzia. Vide Irã.

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noticierodigital.org

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Encontro de dois caudilhos terceiromundistas e um sultão de bingo. Ortega, o comunista da Nicarágua, Khadafi e Castro. Creio que posso aqui levantar uma dúvida pertinente. Essas ditaduras árabes estão sendo questionadas quase todas nas ruas e em todos os cantos das tevês. Os correspondentes brasileiros noticiam de Jerusalém, pois em Israel é mais seguro, imaginem. Mas, e as ditaduras comunistas? Continuarão de bem com a ONU, como sempre estiveram? Já não passou da hora de mudar? Castro, Kim, Chavez e mais alguns canastrões  são personagens mambembes de ópera bufa no teatro dos regimes sangrentos. Vilões da História. 

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Nos oito anos do governo Lulla o bando criminoso chamado MST promoveu 1965 invasões de propriedades rurais. (Revista Veja). Permanecem impunes na Marmelândia socialista. Um socialismo de araque.

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A Revolução Farroupilha.

(glusa.org) REVOLUÇÃO FARROUPILHA (1838 - 1845).
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Corre o ano de 1838. No Rio Grande do Sul, província (depois Estado) da ponta sul do Brasil Império, os estancieiros pagam impostos pelo charque que produzem. Só que o mesmo produto que vem do exterior, Argentina e Uruguai, é taxado por igual. Isso gera insatisfação, pois há que competir com gringos na própria terra. Para as outras províncias até que era bom, pois a situação fazia baratear o charque no país. Mas... e os produtores gaúchos?...

Desde 1780, com a primeira Charqueada, o charque passou a ser um produto primordial para a economia da região. Os gaúchos utilizavam mão-de-obra escrava, com baixa produtividade. Os platinos utilizavam trabalhadores especializados. Produziam mais e melhor, com menor custo.  Era, pois, impossível aos estancieiros gaúchos competir.

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(Bento Gonçalves - Triunfo 1788 - Pedras Brancas 1847).

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Em 1835 a Coroa brasileira cria as assembleias provinciais  em cada Estado. Os gaúchos veem na democrática medida uma maior possibilidade para fazer valer seus anseios. Protestam contra as taxações, mas o presidente da província do Rio Grande,  Fernandes Braga,  manda dissolver a tiros a incipiente revolta. O Rio Grande do Sul estava dividido. De um lado os moderados: portugueses, militares e proprietários apoiavam o Imperador.

Alguns poucos proprietários e o povão queriam mesmo é se libertar da Coroa. Vocês já viram como é gaúcho. Sempre insatisfeito!... Estes revoltosos foram chamados farrapos ou farroupilhas, denominação pejorativa que sugeria pobreza. Mas representavam na verdade os interesses dos grandes estancieiros, prejudicados pelos impostos e importação de produtos,  carne principalmente, dos países do sul.

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Bento Manoel Ribeiro (Sorocaba 1783 -  Porto Alegre 1855).
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Em 20 de setembro de 1835 os farroupilhas deixam o debate e  mostram as armas.  No outro dia Bento Gonçalves, líder gaúcho e comandante da Guarda Nacional, toma Porto Alegre.  Fernandes Braga foge e Bento assume.

No comando das armas Bento Gonçalves coloca outro Bento: Bento Manoel Ribeiro.

A Coroa, preocupada, resolve interferir. Diogo Feijó, o regente, nomeia José de Araújo Ribeiro presidente da província riograndense. Bento Ribeiro se submete, mas Bento Gonçalves não, pois é de têmpera mais rija. Este segue à cidade de Pelotas e a toma. O Comandante local, Marques de Souza, é aprisionado. No entanto, consegue fugir e, unido às tropas legalistas, recupera Porto Alegre. Para isso foi decisivo a apoio de Bento Ribeiro, agora do outro lado e legalista.

Os farrapos cedem terreno e finalmente os dois Bentos se defrontam às margens do rio Jacuí.  Depois de três dias de lutas terríveis, Bento Gonçalves se entrega. É levado para o Rio de Janeiro e dali para um forte na Bahia.

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Davi Canabarro (Taquari 1796 - Santana do Livramento 1847)
(projetovip.net)
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Mas a luta ainda não terminara.  O coronel Antônio Neto, que operava na fronteira do Jaguarão, após vencer uma batalha, proclama a República do Rio Grande, separada do Brasil.  Os farrapos dispersos se juntam às tropas de Antônio Neto perto de Pelotas. Mesmo encarcerado, Bento Gonçalves é proclamado o primeiro presidente da nova república.

Em 1837 a Regência nomeia outro presidente para a província separatista: Antenor Ferreira de Brito.  Bento Ribeiro tem sérias divergências com ele e resolve retornar aos revoltosos, embora recebido com certa reserva. Em 1838 os farrapos já conseguem dominar grande parte do território gaúcho.  Tanto que tentam ajudar os catarinenses na instalação da República Juliana, na cidade de Laguna. A separação teve existência efêmera ( três meses). Os catarinas viram que no Rio Grande podia dar e resolveram imitar. Não deu!... 

Davi Canabarro, um comandante revoltoso gaúcho, e Giuseppe Garibaldi, aventureiro italiano, se encarregaram de comandar o assalto a Laguna. Não demora para as tropas legalistas retomarem a cidade praiana. Garibaldi, em Santa Catarina, ainda teve tempo de se enamorar de Anita Garibaldi, que o seguiu no Rio Grande e na Europa. Seria chamada depois Heroína dos dois mundos.  

Em 1840 a Regência oferece anistia geral aos farrapos, em homenagem à maioridade antecipada de Dom Pedro II, que tinha 15 anos e se tornou o imperador. Os farrapos, gaúchos como ninguém, desprezam a oferta.

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(caxias-online) Duque de Caxias (1803 - 1888).

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Em 1843 chega ao Rio Grande o novo presidente provincial nomeado. Ninguém menos que o marechal Luiz Alves de Lima e Silva, na época Barão de Caxias. Seria depois duque, hoje reverenciado como o patrono do valoroso Exército Brasileiro. Consta que Bento Gonçalves, apesar de foragido da prisão da Bahia, teria se encontrado e conversado com o marechal.

Seguem os dois lados para o Rio de Janeiro a fim de negociar a paz. Os esforços dos farrapos se mostravam inúteis, e a derrota seria fatal, com derramamento de sangue.  Canabarro, do lado riograndense, e Caxias pelo Império, fazem saber aos brasileiros que a luta estava terminada. Era o primeiro dia de Março de 1845. O Rio Grande se reencorporaria ao Brasil, a vida dos gaúchos seria respeitada,  o governo central pagaria a dívida pública dos farrapos e os gaúchos liberais poderiam indicar o novo  presidente da província.

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Giuseppe Garibaldi (Nice 1807 - Caprera, Itália, 1882).

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Como fecho final, gaudérios, o interessante é que o imposto de 25% sobre o charque, que começara toda aquela peleia, ficou mantido no mesmo percentual de antes. Mas bah, tchê!.... Terminava e passava para a história a mais longa luta genuinamente brasileira.

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A respeito da República Juliana os senhores podem acessar um artigo postado em

21 de Agosto de 2010.

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Fonte de pesquisa: Enciclopédia Conhecer,

Tomo 10 - Abril Cultural.

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Minibiografias: Charlotte, Marat e Danton.

13 - CHARLOTTE D'ARMONT CORDAY - Patriota francesa (1768-1793). Fanática por liberdade, cujos princípios acreditara receber da Revolução Francesa, indignou-se com o regime de terror implantado por Marat, um dos seus líderes. Chegando a Paris em julho de 1793, conseguiu penetrar nos aposentos do célebre convencional, assassinando-o com uma punhalada enquanto ele se banhava. Presa em seguida, foi condenada à morte por um tribunal revolucionário e guilhotinada. Os líderes da revolução tinham criado a guilhotina, uma lâmina de aço que caía por ação de gravidade sobre o pescoço dos incontáveis condenados, principalmente religiosos e nobres, decapitando-os por inteiro com um só golpe. Ao final, o feitiço virou contra o feiticeiro e quase todos os revoltosos caminharam também para o cadafalso, cada um a seu tempo.

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14 - JEAN PAUL MARAT - Demagogo e escritor francês. (1743-1793). Depois de viver alguns anos em Londres, onde foi professor de Línguas, dedicou-se ao exercício da Medicina. Ao rebentar a Revolução Francesa, tornou-se um dos seus mais ardentes defensores, por meio de seu jornal "Publiciste parisien", cujo título mudou depois para "Ami du People". Ligou-se a Danton, com quem repartiu a responsabilidade dos morticínios de setembro. Combateu os girondinos e sucumbiu assassinado aos cinquenta anos por Charlotte Corday, que o apunhalou quando ele estava numa banheira. Escreveu: The chains of slavery e De L'homme e des principes.
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15 - GEORGES JACQUES DANTON - Político francês (1759-1794). Desempenhou importante papel na Revolução Francesa, principalmente nos primeiros anos. Foi um dos chefes do ataque às Tulhérias, sendo pouco depois nomeado Ministro da Justiça. Preparou a resistência contra a Revolução e abateu os girondinos. Atacado pelos partidários de Robespierre, foi preso e em seguida decapitado, sob a acusação de conspirar contra a República, que substituíra a monarquia de Luiz XVI, guilhotinado com a família.

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Os girondinos constituíam um grupo político moderado na revolução, liderados por Jacques Pierre Brissot, guilhotinado em 1793. Outro grupo se denominava jacobinos, liderados pelo revolucionário Maximilien Robespierre. Costumavam matar-se entre si, pois tinham enorme dificuldade de se entender (hoje não é muito diferente). Danton liderava os cordeliers. Eles se posicionavam no parlamento francês à esquerda, enquanto os nobres e o clero se posicionavam à direita. Daí advém o conceito de esquerda e direita.
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Maximilien ROBESPIERRE (1758-1794). Advogado, líder de uma facção (os montagners - da Montanha) da Revolução Francesa. Encarnou a tendência mais violenta e radical da revolução. Foi chefe durante o período denominado "Terror" e considerado "Tirano" e "Ditador Sanguinário". Guilhotinado por seus adversários, sem julgamento, em 1794.
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Fonte Minibiografias: Dicionário Enciclopédico Ilustrado de 1943.

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Pílulas 60: Leonardo da Vinci.

(auto-retrato de Leonardo da Vinci -1515).
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Vós, investigadores, não deveis confiar em autores que, apenas pelo emprego da imaginação, querem se fazer intérpretes entre a natureza e o homem, mas somente naqueles que exercitaram seu intelecto com os resultados da experimentação (da Vinci).

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Não defendo a Inquisição e a considero um período triste da História da Igreja. Mas há que se dizer que a mesma Inquisição em quatro séculos matou menos gente que a revolução francesa em um ano. Católicos, com ênfase para bispos, padres e freiras, foram perseguidos e mortos por atacado. (Olavo de Carvalho). É, Olavo, tal não impediu que a revolução dos franceses fosse até hoje cantada em verso e prosa pelos seus ideais de "igualdade, liberdade e fraternidade". Nenhuma virtude se agiganta, e isso vale para todas as instituições, incluídas as religiões, a custo de sangue derramado. Que o digam Mao, Stalin, Hitler, Pol Pot, Castro, Mussolini e toda esta caterva já bem conhecida.

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Gostei da entrevista do Tenente Coronel Carlos Alberto Gomes Filho, comandante do Batalhão de Polícia Militar da Ilha, à RIC Record. Não se pode permitir que traficantes disponham de um território seu nos morros da capital catarinense. E se para isso precisar de tolerância zero, muito bem. Com direitos humanos, petistas, onguistas, socialistas e toda essa turma pra atrapalhar. As grandes metrópoles já estão dominadas. Retomar depois, só com  operações de guerra.

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Vejo na tevê Record de São Paulo a história de um guri de quatorze anos que foi preso pela décima sétima vez. O que se pode pensar? Existe alguém em Marmelândia, ou alguma corporação ou instituição, que não se peja de fazer a polícia de palhaça. Num país minimamente sério isso nunca ocorreria. E mais penoso ainda é assistir a um sociólogo, do alto do seu saber uspiano, dizer que poderiam ser aproveitados os talentos do jovenzinho, que quando vê a imprensa fica putin da vida e sai agredindo, escudado na sua imunidade minoritária. Gostaria de saber como é a casa desse mané e a autoridade que ele tem sobre seus filhos. Por que não leva para sua casa o meninozinho inocente e lhe favorece o aproveitamento de seus talentos e potencialidades? Torna-se, depois dessas, muito penoso para o coração e o estômago assistir a estes programas. A gente que já está meio velho pode ter um enfarte, como é moda hoje. Sem crítica no entanto à Record, que não faz estas leis vagabundas e apresentou  a seguir como um marginalzinho desses é tratado nos States. Vai para um abrigo de cunho militar, raspa o cabelo, bota uniforme e passa por um aperto que nunca passou na vida, mas que se revela necessário para que o guri deixe de ser um pulha e se torne um homem. Começa logo aprendendo que os outros devem ser tratados por "senhor". Depois desse curso, em que ele descobre que a vida é luta renhida e não uma opereta bufa, ganha até um diploma, os pais presentes e emocionados na formatura. Após, pensam meus distintos leitores que irá para as ruas, como aqui? Não. Vai para outro educandário, onde aprenderá uma profissão. Dá certo? Nem sempre, pois tem ser humano que parece ter sido chocado nas profundas. Mas que lá se busca pelo menos sociabilizar, se busca, coisa que aqui só se arrota e escreve.

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Adolf Hitler. Foto de 1935.
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- A propriedade é um tipo de concessão do Estado, limitada pela condição de seu uso correto.

- Garantias individuais de propriedade devem ser relativizadas.

- O Estado deve manter o controle sobre a propriedade e cada proprietário deve se considerar um agente do Estado.

- O Estado tem autoridade para limitar ou expropriar propriedades, quando este limite estiver de acordo com os deveres da sociedade.

(Que deveres, Adolf? O que é uso correto, Adolf? Eu agente, Adolf? Tás tolo!... Parece que bebe!...)

Pensando bem, estas ideias do Adolf estão sendo pregadas pelo MST e seu partido. Esse safado, de direita não tem nem a cara!...

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Não posso terminar Pílulas sem um chistezinho ao Saudoso. Certa vez ele disse num discurso de improviso, que o Judiciário tem o mau costume de meter o nariz nas "coisas" dos outros. A claque vermelha aplaudiu e ele ficou feliz!...

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Pílulas Culturais 13: Os vulcões.

O plácido e alvo Fuji-Yama, a montanha sagrada do Japão, é um vulcão extinto.

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Os vulcões são montanhas inquietas que expelem fogo e lava do centro da terra. Podem provocar catástrofes. Hoje isso dificilmente ocorre, pois o homem já tem como se prevenir com sofisticados aparelhos, da sua incômoda presença.

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A explosão do vulcão Krakatoa vista de uma embarcação, durante a qual ficou semi-desaparecida a ilha homônima, em 1873. A catástrofe virou filme em Hollywood. A ilha ficava entre as ilhas de Sumatra e Java, na Indonésia.

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A erupção do Vesúvio no ano 70 da era cristã. Acompanhada de violentos tremores, sepultou, em poucos dias, Pompéia, Herculano e Stábia. Nas escavações entre as ruínas dessas cidades romanas, foram encontrados os despojos de muitos habitantes, petrificados, surpreendidos pela morte quando tentavam fugir.

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Em maio de 1902, durante uma terrível erupção do vulcão Pelée, nas Antilhas, uma nuvem de fogo projetou-se sobre a cidade de Saint Pierre. 40.000 pessoas ficaram carbonizadas em menos de um minuto.

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São cerca de trezentos os vulcões em atividade no mundo. Os extintos são incalculáveis. Muitos formaram tranquilos lagos. O maior vulcão europeu em atividade é o Etna, na Itália, com seu cume coberto de neve a três mil metros do nível do mar. Representam os vulcões a potência cega da natureza que durante milênios deixou o homem inerme.

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Meu caríssimo tio Didica, manezinho da ilha nascido em 05 de maio de 1934 na Costeira do Pirajubaé, em Floripa, um dos irmãos de minha mãe, e desde 1970 residente na cidade de Mafra, no norte de Santa Catarina, faleceu no dia 12 de fevereiro último, sábado. Complicações no pulmão, mais uma meningite viral que o prostrou de vez. Extinguiu-se o meu tio Ido Rodrigues aos pouquinhos, e ao morrer pesava 40 quilos. Os Rodrigues sempre foram pequeninos. Será sepultado naquela cidade, ao lado da primeira esposa Sara, que falecera  em 1993 com 55 anos, com problemas cardíacos. Seu primogênito, Ido Rodrigues Filho, falecera em 2003 com 47 anos, vitimado por câncer.

Deixa os filhos, já casados: Fernando, Alberto, Raquel, Itamar e Fábio, bem como netos. Sua segunda esposa é Maria Roseli da Rocha, com 51 anos. Meu tio era comissário aposentado. Trabalhou por muito tempo na área da Segurança Pública em Santa Catarina. Na foto, tirada em 2005, ele aparece ao lado de seu ponto preferido na casa, a sua lareira, pois em Mafra faz muito frio no inverno. 

Que estejam bem ao lado de Deus, meu tio, tia Sara e Idinho. A 10 de agosto do ano que passou postei um artigo sobre o Didica, com duas histórias interessantes de sua vida.
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Minibiografias: Heródoto e Hipócrates.

(Gravura: encod.org)

11 - HERÓDOTO - Historiador grego chamado "O pai da História" e considerado um dos mais notáveis representantes da prosa jônica. Nasceu pelo ano de 480 AC na cidade jônica de Halicarnasso, que sofria toda a influência da civilização jônica circunvizinha. Suas Histórias, que abrangem um período de 320 anos e nas quais se narram as lutas entre gregos e bárbaros, de Creso a Xerxes, têm por finalidade principal pôr em evidência o antagonismo existente entre o espírito helênico e o oriental. Ainda não despojado das velhas crenças, que dominaram no ciclo da epopeia, entremeia as suas observações pessoais com mitos e lendas. Exilado da pátria por motivos políticos, viajou pela Ásia Menor, uma parte da Ásia e da África, especialmente o Egito. Na Fenícia visitou Tiro e Sidon, indo daí à Babilônia e às costas do mar Negro. Morreu em Túrio, no ano 426 ou 425 AC.

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12 - HIPÓCRATES. Célebre médico da Grécia Antiga, contemporâneo de Demócrito de Abdera. Nasceu na ilha de Cos, provavelmente no ano  460 AC, vindo a falecer em Larissa, na Tessália, pelo ano 370 AC. Em literatura foi um dos representantes da prosa jônica, escrevendo num estilo simples, despretensioso e agradável. Das 72 obras a ele atribuídas, as principais e tidas como autênticas são:  Da antiga medicina, Dos ares, das águas e dos lugares, Das dietas nas moléstias  agudas, Das epidemias e Aforismos. Hipócrates passou à posteridade como o "Pai da Medicina". Os médicos, quando se formam, fazem o juramento de Hipócrates.

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PÍLULAS:

- A Síndrome de Peter Pan ocorre muito com os candidatos a velhos na faixa dos 60.

- Uma moto verde com um rapaz transita livremente há muito tempo com a descarga totalmente aberta, fazendo o maior barulhão. O rapaz faz questão de acelerar o máximo, idiota refinado e imbecil que é. Não há guarda municipal que o pare?...Ele anda todo dia por Capoeiras com o mesmo barulho.

- Uma mulher toda empombada, cheia dos perfumes e adereços, de nariz bem empinado, passou pelo manezinho da ilha num ponto de ônibus em Canasvieiras. Andava como se fosse uma modelo, apesar de não ser muito magrinha. Devia ser turista. Ele a acompanhou com o olhar e, finalmente, soltou a sua judiciosa observação: -- Olhólhó, a peidona!...
- Vergonhoso esses policiais do Rio, sejam civis ou militares, estar sendo presos pela polícia federal. Ainda não entenderam que a Globo vem em seguida? Custa tanto ser honesto?... Fazem parecer que a federal é melhor que as estaduais.
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- Muitos militares da ativa já começam a se mostrar como de esquerda. Aderiram!

- Os petistas fizeram como Hitler. Venceram a eleição e não perdem mais, pois se apoderaram do sistema e do Estado. Vamos viver muito tempo com eles no comando, se não houver uma marola bem grandona.

- A OAB vai enviar documento à ONU a respeito do sistema prisional em Santa Catarina. Bobagem! Roupa suja se lava em casa. A ONU existe para administrar duelos claros ou escuros entre países. E o faz muito mal.

- Nos dias atuais em Marmelândia, o ônus da prova está passando a caber ao acusado e não ao acusador. O acusado tem que provar que é inocente.

- As estatísticas marmelandenses não resistem a qualquer análise. Um exemplo é que um homossexual sai com sua família de carro para uma viagem e há um acidente em que ele morre. Ele passa a ser contabilizado como uma vítima da discriminação e não da histeria do trânsito, o que é uma inverdade
- A respeito dos trágicos deslizamentos no Rio uma entrevistada falou: Precisamos é levar a bola pra frente. Incorporou a fala do Saudoso, sem dúvida.
- Tenho a leve impressão que a escola de samba que homenageou Castro e Guevara em seu samba-enredo vai ganhar o carnaval no Rio.

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Lagoa da Conceição em Floripa. Foto da prima Margareth de Blumenau. Dunas e águas.

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Fonte: Dicionário Enciclopédico de 1943.
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Pílulas Culturais XII: O bicho-da-seda - O guarda-chuva.

A Sericicultura.

Narra a lenda, contida num livro de Confúcio, que uma imperatriz chinesa ao passear em seu jardim, encontrou algumas minúsculas lagartas. Observou-as durante dias e constatou que elas teciam em volta de si fios reluzentes de beleza. Dessa forma, a secreção do bicho-da seda começou a ser aproveitada para fazer tecidos maravilhosos e brilhantes. A seda permaneceu em segredo por longos anos, sendo a princesa divinizada por seu povo como a deusa da seda. No  entanto, a mulher de um rajá indiano, em visita à China, curiosa com a beleza dos tecidos, levantou informações das mulheres chinesas, observou o fenômeno e conseguiu levar para seu país os bichinhos escondidos em seu cabelo. Dessa forma, a seda ficou sendo conhecida na Índia e no Japão.
Mais tarde, dois monges vindos da China levaram ocultas em seus cajados de peregrinos, algumas lagartas, e as ofereceram ao imperador Justiniano, de Bizâncio. A seda estava sendo levada para a Europa.

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Na Florença do tempo de Dante Alighieri, rica em comércio e indústria, existia a "Corporação da Seda". Os árabes deram incremento à Sericicultura na Sicília, Pérsia e Península Ibérica. Na gravura acima uma "rua italiana da seda".

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O Guarda-chuva.

Este útil acessório teve, no seu início, um significado simbólico, que os países europeus não levaram em conta, quando o importaram do Oriente. Na China somente altos dignitários abrigavam-se à sua sombra, costume que Mao-Tse-Tung teve a dureza, ou a esperteza, de acabar.

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Na Europa do século dezoito, especialmente na França, as senhoras e senhorinhas usavam a sombrinha mais como um adorno, repleto de bordados, rendas e franjas. Era um belo complemento da elegância feminina.

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A partir do início do século 20 (o documentário é dos saudosos anos sessenta), o guarda-chuva deixou de ser um adorno e passou a funcionar como um abrigo não tanto seguro do sol e especialmente da chuva. Na época era feito de modelos mais discretos, especialmente as sombrinhas. Os homens hoje (talvez os mais velhos)  continuam a usar este artefato na cor preta, um resquício, quem sabe, da era do machão. As sombrinhas das mulheres e crianças são feitas de todas as cores e desenhos possíveis e imaginários. Os jovens da atual era cibernética detestam esta criação oriental e preferem tomar chuva.

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Documentário 06 (Guarda-chuva) e 11 (O bicho-da-seda) do Tomo I da Enciclopédia Trópico.

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Minibiografias: Cabral e Vasco da Gama.

09. PEDRO ÁLVARES CABRAL. - Navegador e fidalgo português (1460-1526), a quem o rei Dom Manuel confiou a chefia de uma expedição às Índias Orientais, já visitadas por Vasco da Gama. Com uma frota de 13 navios tripulados por 1500 homens, saiu de Lisboa a 9 de março de 1500 e, ao afastar-se da costa africana para evitar as calmarias, descobriu o Brasil no dia 22 de Abril de 1500. Certos autores afirmam que Cabral partira com a secreta missão de tomar posse da "Terra de Santa Cruz" que, segundo a mesma versão, já era conhecida e figurava em mapas de anos anteriores. Depois de dar notícia da descoberta ao rei, por intermédio de uma nau que mandara de volta, Cabral prosseguiu viagem. Visitou Moçambique e finalmente chegou às Índias com metade dos seus barcos, pois os outros se haviam perdido durante uma tempestade. Nas Índias fundou duas feitorias, estabelecendo assim, em nome de Portugal,  relações comerciais com aquela terra.  Os numerosos serviços prestados à Coroa pelo grande navegador não foram devidamente recompensados, vindo ele a falecer no esquecimento. Deve-se ao historiador brasileiro Varnhagen a descoberta da singela sepultura de Álvares Cabral, na capela do Senhor da Vida, em Santarém.

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10 - VASCO DA GAMA. Navegador português (1469-1524). Lutou nas campanhas da África nos reinados de Dom Afonso V e Dom João II. Dom Manuel lhe deu o comando de uma frota que deveria procurar o caminho das Índias. Partiu Vasco da Gama em 1497 e, tendo tocado em Moçambique e Mombaça, a 24 de maio do ano seguinte ancorava em Calicut, onde mercadores mouros lhe prepararam uma emboscada da qual logrou escapar. A 29 de agosto de 1498 iniciou a viagem de retorno, durante a qual venceu oito naves de Calicut e abafou uma revolta a bordo. Em março de 1499 passou novamente pelo cabo da Boa Esperança e só chegou a Lisboa em setembro.  Em 1502 recebeu o título de Almirante do mar da Índia. Neste mesmo anos foi novamente às Índias, onde atacou Calicut em represália ao tratamento recebido pelo portugueses em sua viagem anterior. De volta a Lisboa recebeu o título de Conde da Vidigueira.  Em 1524 fez sua terceira viagem às Índias, que era governada por Dom Duarte de Menezes. Este fidalgo desagradara ao rei em sua administração e estava sendo substituído pelo navegador. Vasco partiu com o título de Vice-rei e logo de início fez grandes reformas políticas.  Prendeu Dom Duarte e outros fidalgos, remetendo-os para Lisboa por ordem real.

Morreu em Cochim, na noite de 24 para 25 de dezembro de 1924. Verdadeiro fundador do poderio colonial de Portugal, teve suas façanhas cantadas por Camões nos Lusíadas.

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Clube de Regatas Vasco da Gama é o nome de um tradicional clube de futebol no Rio de Janeiro, mantido por portugueses e seus descendentes, como também por brasileiros, sendo seu presidente o grande jogador Roberto Dinamite, o maior jogador da história do clube.

(Em tempo: sou torcedor do Flamengo, mas isso não me impede de homenagear o clube da colina.).

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Crepúsculo em Florianópolis, Santa Catarina. Foto da prima Margareth de Blumenau.

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O ouro.

O ouro foi um dos primeiros metais que a humanidade conheceu. Causa de alegrias, riquezas, como também de lutas e mortes. É o metal que melhor se adapta ao feitio de joias belíssimas, de importância ímpar para a ourivesaria. Sendo raro, vale "ouro". Lendas e histórias perpassam sua trajetória. O rei Midas, por exemplo, ávido por riquezas, obteve de Baco o poder de transformar em ouro tudo o que tocasse. Porém, viu-se também impossibilitado de comer. Arrependido, conseguiu o perdão do deus lavando-se num rio e perdendo o nefasto poder.

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Os estruscos cinzelavam  colares, brincos, braceletes e vasos de ouro, com requinte e perícia dignos dos melhores ourives.

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Os romanos dedicavam muita atenção á extração do ouro. Empregavam milhares de homens, a maioria escravos, nas areias auríferas de Dora Baltea e Dora Riparia.

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Cristóvão Colombo, ao desembarcar nas novas terras,  solicitava aos índios notícias sobre a possibilidade de extração de ouro. Os conquistadores assim fizeram, como Cortês na América Central e os portugueses nas Minas Gerais, no Brasil. Muito ouro os conquistadores levaram das Américas para a Europa.

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Os primeiros objetos de ouro, testemunhas de uma civilização que se foi nas Américas,  foram descobertos durante escavações arqueológicas no México, Peru e Colômbia, Pertenceram às nações astecas, maias e incas predominantemente.  No alto à esquerda pequenos lhamas de ouro do Peru. À direita objetos da Colômbia. Em baixo, à esquerda, um jaguar de ouro. À direita, em ouro maciço,  relíquias da civilização asteca no México.

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Em 1849 foi descoberto ouro em Sacramento, Califórnia, nos Estados Unidos. 80.000 aventureiros chegaram à região, perturbando o sossego da população antes agrícola. Extraíam ouro dos rios por meio de panelas rasas metálicas ou de vime chamadas bateias.

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Na Califórnia ocorreu a maior "corrida do ouro" de que se tem história. As cidades se viam esvaziadas, comerciantes abandonavam suas lojas em busca da riqueza fácil, soldados desertavam de suas companhias, para invadir o vale do Sacramento. Muitos encontraram somente a morte.

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Quase na mesma época era decoberto ouro junto à Cordilheira dos Montes Azuis, na Austrália.

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Nos anos finais do século dezenove, no Alaska, hoje Estado dos EUA, um desbravador recebeu de um indígena uma pepita de ouro. O rio Yucon estava coberto delas. Levas de aventureiros, ao correr a notícia, puseram-se a caminho. Eram longas e perigosas marchas por imensas extensões geladas, onde muitos encontraram a morte. Outros, porém, enriqueceram.

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Nas minas, é comum a quantidade de ouro aumentar quanto mais se aprofunda o trabalho.  Hoje, artefatos mecânicos e elétricos auxiliam efetivamente. O ouro extraído sofre um processo de escolha, sendo depois separado e triturado. Tanques enormes aquecem o ouro até que se torne líquido, ajustando-se às formas desejadas, como os lingotes (que ainda serão expurgados de impurezas), que depois serão trabalhados nas ourivesarias ou deste modo comercializados. O ouro pode ainda ser reduzido a lâminas finíssimas, trabalho feito por batedores com martelos especiais sobre pedaços de mármore. Metal maleável, dá origem a peças maravilhosas expostas nas joalherias, quer utilizando-se somente o metal, quer unindo-o a joias  e brilhantes dos mais variados tipos.

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Fonte: Tomo I, documentário 15 da Enciclopédia Trópico.

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