O ouro.

O ouro foi um dos primeiros metais que a humanidade conheceu. Causa de alegrias, riquezas, como também de lutas e mortes. É o metal que melhor se adapta ao feitio de joias belíssimas, de importância ímpar para a ourivesaria. Sendo raro, vale "ouro". Lendas e histórias perpassam sua trajetória. O rei Midas, por exemplo, ávido por riquezas, obteve de Baco o poder de transformar em ouro tudo o que tocasse. Porém, viu-se também impossibilitado de comer. Arrependido, conseguiu o perdão do deus lavando-se num rio e perdendo o nefasto poder.

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Os estruscos cinzelavam  colares, brincos, braceletes e vasos de ouro, com requinte e perícia dignos dos melhores ourives.

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Os romanos dedicavam muita atenção á extração do ouro. Empregavam milhares de homens, a maioria escravos, nas areias auríferas de Dora Baltea e Dora Riparia.

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Cristóvão Colombo, ao desembarcar nas novas terras,  solicitava aos índios notícias sobre a possibilidade de extração de ouro. Os conquistadores assim fizeram, como Cortês na América Central e os portugueses nas Minas Gerais, no Brasil. Muito ouro os conquistadores levaram das Américas para a Europa.

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Os primeiros objetos de ouro, testemunhas de uma civilização que se foi nas Américas,  foram descobertos durante escavações arqueológicas no México, Peru e Colômbia, Pertenceram às nações astecas, maias e incas predominantemente.  No alto à esquerda pequenos lhamas de ouro do Peru. À direita objetos da Colômbia. Em baixo, à esquerda, um jaguar de ouro. À direita, em ouro maciço,  relíquias da civilização asteca no México.

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Em 1849 foi descoberto ouro em Sacramento, Califórnia, nos Estados Unidos. 80.000 aventureiros chegaram à região, perturbando o sossego da população antes agrícola. Extraíam ouro dos rios por meio de panelas rasas metálicas ou de vime chamadas bateias.

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Na Califórnia ocorreu a maior "corrida do ouro" de que se tem história. As cidades se viam esvaziadas, comerciantes abandonavam suas lojas em busca da riqueza fácil, soldados desertavam de suas companhias, para invadir o vale do Sacramento. Muitos encontraram somente a morte.

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Quase na mesma época era decoberto ouro junto à Cordilheira dos Montes Azuis, na Austrália.

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Nos anos finais do século dezenove, no Alaska, hoje Estado dos EUA, um desbravador recebeu de um indígena uma pepita de ouro. O rio Yucon estava coberto delas. Levas de aventureiros, ao correr a notícia, puseram-se a caminho. Eram longas e perigosas marchas por imensas extensões geladas, onde muitos encontraram a morte. Outros, porém, enriqueceram.

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Nas minas, é comum a quantidade de ouro aumentar quanto mais se aprofunda o trabalho.  Hoje, artefatos mecânicos e elétricos auxiliam efetivamente. O ouro extraído sofre um processo de escolha, sendo depois separado e triturado. Tanques enormes aquecem o ouro até que se torne líquido, ajustando-se às formas desejadas, como os lingotes (que ainda serão expurgados de impurezas), que depois serão trabalhados nas ourivesarias ou deste modo comercializados. O ouro pode ainda ser reduzido a lâminas finíssimas, trabalho feito por batedores com martelos especiais sobre pedaços de mármore. Metal maleável, dá origem a peças maravilhosas expostas nas joalherias, quer utilizando-se somente o metal, quer unindo-o a joias  e brilhantes dos mais variados tipos.

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Fonte: Tomo I, documentário 15 da Enciclopédia Trópico.

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