Um Natal injusto
Eugênio de Sá
De um serão já perdido num tempo
de antigas memórias
ficou-me uma gravada “a fogo lento”
vivida de verdades,
não de estórias.
De palavras choradas,
dá-me testemunho.
De injustiças passadas
e amarguras gritadas, em silêncio,
zurze como um punho!
Foi noite de Natal
numa pequena aldeia.
Um velho, na janela,
esculpia a tristeza emoldurada
num caixilho de ansiedade.
A mesa, atrás de si,
lotara-se de ausências.
Era uma esperança sem tempo
num parapeito feito de ansiedades.
Então, nessa noite sem fim,
a vida deu lugar à morte,
solitária, infundada, mas definitiva!
E a janela triste encheu-se...de esquecimento.
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Seja bem-vindo o leitor Sub Tenente PM João Maria das Chagas, da valorosa PM do Rio Grande do Norte e da cidade de Mossoró.
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