LULA, O TEMEROSO.

Lula, finalmente, está reduzido a suas verdadeiras dimensões: chefe de quadrilha às vésperas de ir pra cadeia

Sônia van Dijck

Demorou. O Brasil decente esperou por isso. O ministro Joaquim Barbosa não conseguiu fazer o serviço completo – o Brasil ainda é grato ao ministro pela determinação de abrir o caminho para o fim da impunidade.

Acompanhando a feia história de Lula (de operário a burguês bem sucedido graças a procedimentos escusos), sempre me lembro de Al Capone: não há crime que não deixe rastro; de repente, os federais americanos encontraram o rastro no imposto de renda do poderoso chefão e ele foi morrer em Alcatraz: só e esquecido por seus seguranças, bajuladores, comensais, serviçais, e companheiros de crime.

O destino de Lula não parece ser muito diferente daquele de Al Capone. O apedeuta, que pensou ser dono do Brasil, experimenta a solidão de chefe de gangue quando apanhado na rede da Justiça; seus comparsas querem diminuir suas penas; os não envolvidos nos crimes nem querem pensar em confusão. A farsa de Lula, de operário a burguês bem sucedido nos bastidores, mas de líder sindical e defensor dos excluídos no palanque, caiu por terra; seus companheiros de farsa que se tornaram milionários e outros que de milionários aumentaram a fortuna querem distância do chefão, até por acreditarem que a distância do chefão poderá atenuar suas penalidades (donde a profusão de delações premiadas).

Lula está só e experimentará a solidão de acusado diante da Justiça.

Antes de se tornar réu, poderia aproveitar o tempo para rever suas ambições milionárias e ditatoriais em nome do socialismo, para gozar das derradeiras mordomias burguesas típicas da elite que finge criticar nos palanques, para entender que Gramsci não conheceu os avanços do século XX e seus cadernos apenas fazem parte da História, pois isso de derrubar o estado democrático de direito ocupando seu tecido estrutural não funciona em nações democráticas como o Brasil.

Mas, Lula, o apedeuta autoritário, prepotente e pretencioso, nunca leu um livro, nunca leu Gramsci – sempre esteve guiado pelo instinto de enriquecimento, pela ambição de ser milionário tal qual os milionários que dizia criticar em seus comícios. Só Freud poderia explicar o ódio de Lula às elites que ele apontava e acusava nos palanques e seu projeto bem sucedido de se tornar participante dessas elites, gozando de todas as mordomias e luxos e mandando a conta para os contribuintes.

Lula passará à História como o apedeuta que mesmerizou a massa sedenta de esperança de justiça social e de conquistas justas do século XXI, e criou políticas sociais sem porta de saída da esmola do PT e ofereceu residências do Minha Casa, Minha Vida inabitáveis, como, por exemplo:  - http://www.feiraodacaixa2016.com.br/problemas-envolvem-programa-casa-vida-uberlandia-mg - Lula passará à História como responsável pelas perdas da Petrobras – Pasadena é um monumento a corrupção. Lula passará à História como o chefe do esquema de corrupção gigantesco (dantesco) que saqueou os cofres públicos – ver denúncia do ministro Janot -, nomeou uma comissária do PT que não conseguiu dar conta de segurar o esquema, e deixou rastro de crime de responsabilidade, e foi tão incompetente a ponto de ser varrida do Planalto.

Lula fingiu desconhecer princípio da bandidagem, que não se aproxima de quem é apanhado pela polícia. Sua solidão é normal: é solidão de chefão apanhado pela LEI.

Na falta de Alcatraz, a Papuda poderá dar abrigo a Lula.

Quem vai pagar a conta do Golden Tulip, o carrão das idas e vindas em Brasília e o custo do avião usado por Lula? – e o uísque, os jantares?

Lula está em Brasília falando sozinho. Após denúncia de Janot, senadores evitam ex-presidente

Uma das maiores capacidades demonstradas pelo ex-presidente Lula ao longo de sua vida tem sido a de subestimar a inteligência das pessoas. O ex-presidente não teria chegado onde chegou não fosse a quantidade de trouxas que acreditaram em suas lorotas.[right-post]

Mas a facilidade com que Lula conseguia convencer seus interlocutores menos astutos e até mesmo os mais interesseiros deixou de existir. O encantador de jumentos e corruptos viu seu talento se esvair, desde o dia 03 de maio, quando foi denunciado no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que o classificou como chefe da organização criminosa na Petrobras.

Neste momento, Lula está falando sozinho em Brasília. Se antes da denúncia oferecida por Janot no STF, já estava difícil convencer parlamentares mequetrefes a votar contra o impeachment de Dilma na Câmara dos Deputados às vésperas do 17 de abril, a empreitada de tentar convencer senadores sobre o mesmo propósito agora tem se revelado menos provável ainda. As ligações de Lula tem sido ignoradas até mesmo por auxiliares subalternos dos senadores. Desprestigiado e humilhado, Lula insiste em suas incisivas apenas por uma questão de desespero.

Lula não está nem aí se for preciso rastejar para conseguir um voto que seja à favor de Dilma no julgamento do impeachment, previsto para acontecer após o afastamento da presidente do cargo. Despido de sua empáfia e arrogância, Lula roga um voto em nome das maracutaias do passado. E diante de cada negativa, Lula vai anotando em sua agenda os nomes daqueles que planeja se vingar, caso ocorra o milagre de Dilma ser reconduzida ao cargo após uma improvável vitória no julgamento no Senado.

Um "meio" funcionário do hotel em que Lula está hospedado em Brasília confirmou o fim da romaria ao quarto do ex-presidente nos últimos dias. O Concierge "informal" garante que a movimentação tem sido apenas de gente do partido e pessoas próximas ao ex-presidente, como seguranças e auxiliares.

No auge de sua popularidade, a espera para ter um dedo de prosa com o ex-presidente lula costumava levar até um ano. Garboso e ciente de que uma bela foto ao seu lado poderia render belos votos, Lula fazia pouco caso diante das centenas de pedidos de agendados por seus assessores. Havia inclusive uma bolsa entre seus auxiliares mais próximos, que cobravam valores entre R$ 10 mil e R$ 50 mil para promover um encontro com o fenômeno da corrupção mundial.

Não faltavam políticos e empresários picaretas de vários cantos do país de diversos ramos de atividade dispostos a desembolsar uma fortuna para falar com o ex-presidente para tratar de negócios inconfessáveis. Hoje em dia, qualquer trombadinha evita ser fotografado ao lado de Lula, de modo a não comprometer o futuro.

São estas memórias que povoam o pensamento do amargurado ex-presidente nestas noites frias e solitária em seu quarto no hotel Golden Tulip em Brasília, onde Lula tem enfrentado madrugadas insones, repletas de expectativas mirabolantes e planos de vingança.

maio 06, 2016

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FONTE: http://www.imprensaviva.com/2016/05/lula-esta-em-brasilia-falando-sozinho.html