Não sabia ler nem escrever, mas favoreceu a ciência. Trouxe (a maioria à força)sábios chineses para instruir funcionários do seu governo. Ye-Liu-Chutsai, um deles, chegou a ser conselheiro do Khan. Nos países que conquistou recrutou artesãos (sobretudo carpinteiros) e artistas (sobretudo músicos).
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Foi chamado Flagelo de Deus, Guerreiro Perfeito, Imperador de Todos os Homens. O mongol Temujin, nascido por volta de 1167, em seus 60 anos de vida criou um império, ocupando a metade do mundo conhecido. Passou à História como Gengis Khan.
Corajoso, às vezes implacável, deve ser lembrado como o herói que unificou os mongóis, povo nômade dividido em inúmeras tribos e clãs, sempre às voltas com guerras internas. Em 1196, a tribo dos merkitas saqueou o acampamento dos Borjins e tomou a mulher de um de seus mais ilustres membros. O marido ultrajado uniu-se a uma outra tribo e foi à guerra. Venceu, tomou sua amada e passou a governar as duas tribos. Começava a lenda de Gengis Khan. Gengis significa em mongol guerreiro intrépido.
Cheio da coragem dos homens incomuns, foi à luta contra a tribo vizinha mais poderosa e temida, os tata (de onde se derivou a palavra tártaros)e os venceu. Os tata viviam a incomodar várias tribos que, agradecidas, se uniram ao Khan. Com todas as tribos unidas, fez-se uma grande assembleia e Gengis passou a ser o chefe absoluto. Com poderoso exército que seguia a coragem temerária de seu líder, em dois anos o norte da China foi dominado. No outro ano Gengis levava à Mongólia pesados tributos chineses.
(Acampamento de Gengis Khan. Ele de túnica vermelha entre seus generais)
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Mas urgia dominar a China do Norte, para o qual era preciso ultrapassar a grande muralha. E para lá foi o Khan, devastando os campos e cidades chinesas. Destruiu Pequim e dominou o Turquistão. Fundou a cidade de Karakorum, que seria a capital de seu imenso império. Dominado o Oriente, o grande líder voltou seus olhos para o ocidente. O império turco de Kwarazim era muito rico e Gengis Khan o quis. Atravessou as cadeias de montanhas da Ásia Central e tomou quase todos os reinados muçulmanos. Otrar, Bokara, Samarcanda, Nichapur, Herat, caíram uma a uma. Em 1221 o Khan retorna à sua Mongólia e encarrega seus dois melhores generais, Noyen e Bahadur, de continuar a conquista do Ocidente. Tomaram o sul da Rússia e avançaram até a Criméia. Invadiram a Bulgária e chegaram ao mar Adriático, próximos da Itália. Mais ao norte chegaram até a Polônia.
O Khan não descansa e resolve se apossar de todo sul da Ásia. Seria a sua última expedição. Ele morre numa batalha, provavelmente em 1227.
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Um acampamento do grande Khan.
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Ogodai, filho do grande líder, ampliou ainda mais os domínios do pai, com a ajuda de Batu Khan, sobrinho do Khan. Já nesse momento os mongóis passaram a ser chamados também tártaros, uma tribo do mesmo ramo familiar que eles tinham vencido no passado e que se agregara a eles. Não custa lembrar que a expressão tártaro significa demoníaco ou ligado ao demônio, tão ferozes eram estes guerreiros.
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Para Johanne Sollis: não importa que sua leitura não seja computada em números. Agradeço que me leia de qualquer modo. Um abraço.
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(Pesquisa: Enciclopédia Conhecer - Tomo II)
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