Vicente Bellini nasceu em Catânia, Itália, em 03 de novembro de 1801. A casa em que nasceu é hoje o Museu Belliniano. A pintura acima é de autoria do pintor italiano P. Pelagi.
A infância de Bellini transcorreu serena, entre os afetos familiares. Suas primeiras tentativas de composição, que remontam a 1810, já continham os elementos apaixonados de suas futuras obras-primas.
Depois da representação de sua primeira ópera "Branca e Fernando", no teatro São Carlos de Nápoles, o primeiro a ir congratular-se com o jovem autor foi Caetano Donizetti, já famoso compositor e crítico.
À ópera Branca e Fernando seguiu-se "O pirata", representada no Scala de Milão em 1827 e entusiasticamente recebida pelo público. O libreto poético era de autoria do poeta Felice Romani, com quem Bellini teve um excelente relacionamento cultural ao longo de sua vida. Bellini tinha somente 26 anos.
"A Sonâmbula" (tema pastoral e idílico) foi a obra-prima de Bellini, a ópera em que o grande musicista soube, magistral e suavemente, descrever com as notas, as dores e alegrias dos personagens. Antes, uma ópera sua denominada Zaíra, extraída de um trabalho de Voltaire, não tinha sido bem recebida pelo público, uma vez que Bellini vivia em sua vida uma fase não muito favorável.
Depois do grande sucesso de "A Sonâmbula", Vicente Bellini passou de triunfo em triunfo. Ei-lo no palco, entre o tenor e a Malibran, a inolvidável intérprete de muitas de suas óperas, aclamado freneticamente pelos espectadores.
"A Norma" foi representada no Scala de Milão na noite de 26 de dezembro de 1831. Densa de paixão, de força, de dramaticidade, uma das mais belas criações do gênio humano, vem sendo representada até hoje, pelo menos na Europa, com enorme agrado de público. Mas na sua primeira apresentação, não foi recebida pelos críticos e pelo público.
"Os puritanos" foi a última ópera do grande musicista catanense, produzida em solo francês. O libreto foi escrito pelo conde Carlos Pepoli, um melodrama de argumento cavalheiresco. Superou toda e qualquer expectativa e, quando o pano baixou, houve um delírio de aplausos.
O rei Luiz Felipe, recentemente subido ao trono da França, estava entre os mais entusiasmados admiradores de Vicente Bellini. Depois da representação de "Os puritanos", ele quis, pessoalmente, entregar-lhe a Comenda da Legião de Honra.
A morte colheu Vicente Bellini em seu sossegado retiro de Puteaux, perto de Paris, em 23 de setembro de 1835, em decorrência de problemas graves de intestino. Um câncer, talvez. Tinha somente 34 anos. Desaparecia, assim, aquele que presenteara a humanidade com esplêndidas e inesquecíveis melodias.
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Sugestão de canção de Bellini:
Toi Qui T'en Vas (Casta Diva) - da Ópera Norma - canção gravada pela cantora grega Nana Mouskouri em seu CD Canções Francesas (versão). Ou no Youtube.
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Enciclopédia Trópico - Vol VI
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