Pílulas XIV - A Medusa Coletiva.

Esta, senhores, é a Medusa Coletiva. Costuma vestir vermelho, sua cor básica, e o roxo, que talvez seja o sinônimo das trevas. Não consegui foto melhor para ela, pois não possui nenhum lado fotogênico, tendo o costume de mudar de cara a cada vento. Ela afeta toda a América Latina, sacerdotisa de Castro, Chavez e Lulla, gestada no Foro de São Paulo, entidade sinistra de que toda a imprensa abaixo do Equador evita falar, exceto a revista Veja. Move as cordas vermelhas de um continente que logo logo se transformará na segunda Cortina de Ferro. Ela não admite o pensamento independente e individual. Por isso o Orfeu, meu inconsciente muito íntimo, ou meu alter ego abobado baixinho e ranheta, a odeia tanto. Onde ela mora? Difícil dizer! É volátil, fluida, escorregadia. Costuma frequentar os bancos escolares, desde os doutorados falastrões e arrogantes até o ensino maternal, seja em universidades chinfrins ou melosas escolinhas fundamentais de arrabaldes. Seus seguidores são Marco Aurélio Garcia, que a domina, Franklin Martins, que gasta verbas biliardárias para mantê-la, Celso Amorim, que a espalha pelo mundo, principalmente o árabe, onde ela tem outra forma, e ainda Lulla, que, como é de costume, diz nada saber sobre ela. Talvez não saiba mesmo. Aparece sempre nas tronituantes e paradisíacas propagandas federais, aquelas que afirmam ser este nosso país "Um país de tolos". Agora deu um tempo, pois foi à África do Sul, não conversar com o Mandela, mas venerar a jabulani, no que faz muito bem.

São poucos os imunes a seu veneno, já que ele não é inoculado todo de uma vez. Vem sendo injetado em Marmelândia desde os anos dourados. Já morreu em muitos países, que a sentiram em toda sua sordidez e violência, e veio ansiosa para cá, o país das ideologias defuntas, em busca de novos ares.

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Ingrid Betancourt. Vejam como as Farc a deixaram. E isso lhe fez tanto mal que, quando liberta, se pôs a falar com carinho de seus algozes. Isso me lembrou na hora Nelson Rodrigues, na sua obra "Perdoa-me por me traíres." A Medusa de vez em quando sobe a selva e vai orientar seu Exército informal. Os dirigentes do Brasil torcem por eles.

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Vladimir Putin, o manda-chuva russo, ficou putin da vida quando soube que piratas somalis tentaram sequestrar e roubar um navio cargueiro russo. Como as Forças da Otan, outrora tão aguerridas e agora moles, não atacaram o dito navio, pois eles são pobres coitadinhos, Putin ficou ainda mais putin e determinou que um blindado russo os atacasse. Missão dada, missão cumprida. Os russos invadiram o navio pirata e aplicaram as leis de outrora, quando a pirataria romântica de Hollywood infestava as águas do Caribe. Botaram o barco a pique com bombas, com os piratas dentro. E todo mundo vai ficar calado, inclusive o Obama. E o Putin ainda fez mais. As cenas estão todas na Internet, para o mundo embasbacado e politicamente correto assistir. Quase que a Medusa, que durante cerca de setenta anos dominou o país dos ex-czares, voltou para lá, encantada.
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Este é o stalinista mais venerado no Brasil. Diz que faz sexo todos os dias, coisa que não acredito, pois tenho quarenta a menos e não me dá vontade diária de fazer isso. Talvez dia sim dia não. Usa muito em suas entrevistas a expressão maravilhoso. O que acha de Stalin? Maravilhoso! O que acha de Castro? Maravilhoso! O que acha de Chavez? Maravilhoso! O que acha de Busch? Uma droga!... Este é adepto incondicional da Medusa, que o ama em segredo!
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Esta é a companheira Dilma. Ou Estela, amicíssima da Medusa. São até meio parecidas. Ela participou do programa "Roda Viva", da tevê de audiência pífia do Lulla. O repórter Sérgio D'Ávila, da Folha de São Paulo (hoje a Medusa tem uma quitinete em suas redações) perguntou candidamente a Dilma se ela gostaria de ser chamada presidente ou presidenta. Este pessoal já está convicto de que ganhará a eleição o que, para meu pesar, se revela correto, pois a Medusa permanecerá por aqui, mantida pelo seu partido oficial, pelo menos por cinquenta anos, qual PCUS. Dilma respondeu, toda sorrisos (agora ela aprendeu a sorrir com algum marqueteiro, daqueles que definem as eleições):
-- Cê sabe que há uma polêmica, Sérgio, sobre isso. Tem gente que fala, então, você, outro dia, fala assim, então se é presidenta, cê vai chamar agora motorista de motoristo, entendeu? Já tá dando toda a, vamu dizê assim, a polêmica que a gente tava esperando que desse.

Meu Deus, como o Lulla é contagioso!...

Este artigo é do blog do Augusto Nunes, da Veja, um dos meus gurus. A Medusa lhe devota ódio mortal, como a Olavo, Reinaldo, Mainardi, esta gente reacionária como eu. Ponderações finais do Augusto:
- eternizar a fala da Dilma numa placa de bronze no Museu da Cretinice Nacional.
-Os colegas terroristas da Dilma, da Var-Palmares, passarão a ser chamados terroristos.
- Os aloprados do PT serão vigaristos.
E viva a morte da magnifica língua de Camões, última flor do Lácio, inculta e mais torturada que a Dilma!
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Este assunto é bem mais ameno e figura como uma espécie de recreio, quando nos divertimos após duas aulas chatas de Filosofia. O meu amigo coronel Domingues em sua indumentária de jeca na festa junina de Piratuba. Impagável, imexivel! Se a Medusa lá estivesse (os velhinhos são mais imunes a ela, pois tomam a vacina HIVMC), por certo tentaria enredar o nosso coronel em suas redes catatímicas e dionisíacas.
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Esta é a reencarnação do Lavrenti Beria, ou do Félix Edmundovitch Dzerhinsky (não é parente do jogador Edmundo) os dois em tempos idos chefões da não extinta KGB. Eis a eminência parda, quer dizer, vermelha, da república de Marmelândia: Marco Aurélio Top Top Garcia, assessor do presidente para assuntos bolivarianos e iranianos. Amigão das Farc e do Batistti, o tal terrorista italiano que o Lulla não quer mandar de volta para o Berlusconi, mandatário de questa vita maledeta, que os petistas não vogliam bene. (Ah, essas novelas repetitivas!...). Berlusca, como é chamado entre os íntimos, quase foi extinto pela Medusa, em razão de suas peripécias extra-conjugais.
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Na verdade os islâmicos não desejam apenas destruir Israel, mas todo o mundo ocidental. Nosso país é apenas o primeiro da lista.
(Anna, de nacionalidades israelense e brasileira, médica do Exército de Israel que atuou no caso do navio turco a soldo do Hamas.)
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A Medusa adora o Lulla, mesmo que ele não saiba bem quem ela é. Em Dezembro de 2005 a imprensa flagrou um bilhete rabiscado por Lulla (um fotógrafo da Globo fez isso - a Medusa não entende como alguém da Globo teve essa ousadia quixotesca e suicida). Dizia assim o bilhete, entre outras pequena frases, que Augusto Nunes analisou:
"Tem demandas do Conselho que precisa ser discutido".
Vamos à correção do Augusto:
- troca de verbo (Haver por ter). Isso a Medusa não considera nada de estranho, pois até o gauche Carlos Drummond veio com aquela de "Tinha uma pedra no meio do caminho" e todos os professores e estudantes de letras quase tiveram literários orgasmos.
- Erro de concordância.

- Dois erros de plural.

Para uma frase tipo assim meio pequenininha, o Lulla conseguiu superar os estudantes de ensino médio que gostam de quebrar as lixeiras do Ticen.
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Hora de recreio de novo. Não, não são populares olhando um comercial de ótica. É a minha Adriana, que é cobra em fazer esses embustes pelo computador. A Medusa tentou contratá-la a peso de doações de satisfeitos banqueiros para a campanha da Dilma, mas eu não deixei. Depois, despeitada, saiu dizendo que nunca a contrataria, pois filha de peixe é peixinha.
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Meu guru Reinaldo Azevedo. Incrível como penso igual ao distinto, o que faz a Medusa nos odiar. Eu um anônimo e ele astro da Veja. Reinaldo me disse que a nova classe em Marmelândia, espinha dorsal do Partido dos Trabalhadores, é a burguesia do capital alheio. Por ele soube eu que o Lulla acabou de visitar outro ditador, o Bashar al-Assad da Síria. Como esses caras gostam disso! Por sinal, o Assad está entre os quatorze maiores ditadores do mundo, de acordo com uma revista daquelas de pesquisa. O número um é o Kim II, aquele oitavo anão da Branca de Neve da Coreia do Norte, que pretendia executar todos os seus jogadores de futebol na Copa por terem tomado de sete de Portugal. Eles, na verdade, conseguiram indulto porque realizaram a incrível proeza da fazer um gol no Brasil. Pegarão apenas vinte anos de trabalhos em um campo de reeducação, nos moldes cubanos, mera pena alternativa.
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Os "movimentos sociais" dezte país, sem exceção, estão todos ligados ao PT".
(Reinaldo Azevedo).
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Esta é Lamaziel Gutierrez Romero, cubana, condenada a sete meses de liberdade condicional (que estranho) por "delito de resistência e desobediência civil". Isto, traduzindo, é que ela falou alguma coisa, jornalista que é, que o coma andante não gostou. Ele ainda governa Cuba do fundo de sua cama. E se reclamar ou fizer beicinho, será enviada a um centro de trabalho do Estado para ser "reeducada". É o éden do "Frei Betto na país das maravilhas"!
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O cinema brasileiro é somente feito com dinheiro público. Com o dinheiro de um curta se fazem quatro casas populares, com o dinheiro de um longa dá para fazer um hospital. Cinema, no Brasil, é feito para os ricos com o dinheiro dos pobres."
(Jorge Furtado - cineasta gaúcho, em entrevista à revista Simples).
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Existem dois tipos de Ética em Marmelândia: a do poder e a do interesse pessoal e de grupos.
(Orfeu, o pascácio, meu alter ego abobado).
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O Brasil está se transformando no instrumento mais passivo, bocó e inconsequente de políticas internacionais desastrosas que, nas presentes condições, não podem sequer ser objeto de um debate público sério, por absoluta falta de debatedores informados.
(Olavo de Carvalho).
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Recreio final. Meu filho caçula Eduardo e a noiva Patrícia, que formalizaram compromisso de matrimônio (ou himeneu) no dia 26 passado. Que sejam muito felizes em toda a sua vida!
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Bira e Elza, Elza e Bira. Que amigões! Eles são visitadores do meu bloguinho, pelo que lhes agradeço.
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Roberto Silveira e sua nada falante esposa. Tita fica muitas vezes rouca de tanto ouvir, no que faz muito bem! Um abraço aos dois!
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