Roberto Rodrigues de Menezes.

Roberto Rodrigues de Menezes



sexta-feira, 23 de julho de 2010

Portugal, meu amor!

A ponte Dom Fernando sobre o rio Douro e a cidade velha do Porto.
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A guia se chamava Maria Graciosa e era uma portuguesa realmente graciosa.
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Torre de Belém, no rio Tejo, Lisboa. Aqui Pedro Álvares Cabral saiu com suas caravelas para descobrir o Brasil.
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Em outubro de 1995 estive em Portugal. Era um sonho antigo. Minha esposa Sílvia não foi comigo, pois nem morta ela entra em um avião. Fui com minha mãe e um grupo de turistas, a maioria idosos. Pude perceber que, se dizem ser eles da melhor idade, são também a melhor companhia. Calmos na maioria, sensatos, ponderados, com conhecimento e experiência, tornam-se excelentes companheiros, a exemplo do Sr. Rolim, um coronel reformado do Exército que dividiu o quarto comigo em toda a viagem. Minha mãe ficou com outra senhora. Nesta viagem eu tinha 45 anos e era um dos mais jovens do grupo.
Chegamos na cidade do Porto de manhã. Minha cabeça estava a mil. Dom Afonso Henriques, Dom Diniz, Santa Isabel de Portugal, Inês de Castro, Cabral, Vasco da Gama, Camões, Bocage, Gil Vicente, Eça de Queirós, Amália Rodrigues, todos personagens que eu conhecia de estudos e em cuja terra agora estava. Portugal, terra-mãe, que nos brindou com a língua mais bela e musical do mundo. (perdoem o entusiasmo de um já passado professor de Língua Portuguesa).
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Cruzamos a ponte Dom Fernando e fomos para a cidade velha. Na foto a igreja de Santo Ildefonso. Depois, rumo à Quinta de Calem, que fabrica os famosos vinhos do Porto. Provamos alguns. Deliciosos.
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À noite fomos comer uma pizza com vinho excelente em Vila Nova de Gaia, cidade ao lado. Na foto estou com minha mãe. O coronel Rolim está de costas, com Dona Olinda. Foi um grande companheiro de viagem. Ele, infelizmente, faleceu cerca de um ano depois. Dom Joaquim Domingues de Oliveira, arcebispo de Florianópolis por mais de cinquenta anos, era nascido em Vila Nova de Gaia.
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Vista da ponte de Santa Clara sobre o rio Mondego, em Coimbra. Nesta cidade fica o convento de Santa Clara - a nova. Nele estão os restos mortais da rainha Isabel de Portugal.
Coimbra, a capital do amor em Portugal, onde viveu e morreu Inês de Castro, a que depois de morta foi rainha.
Diz a canção com propriedade que Coimbra é uma lição de sonho e tradição, o lente uma canção e a lua faculdade. O livro é uma mulher, só passa quem souber, e aprende-se a dizer saudade.
Em Coimbra pude admirar a estátua de Dom Diniz, aquele que, segundo Maria Graciosa, fez tudo quanto quis.
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A famosa Universidade de Coimbra, com biblioteca em ébano e pau-brasil. Vi jovens acadêmicos com uma espécie de beca, vestidos elegantemente. Comprei um CD com fados de Amália Rodrigues. O fado é uma canção melancólica, bonita, suave, que evoca saudade. Ouvi alguns numa Adega Lusitana em Lisboa.
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De Coimbra fomos a Fátima. Aqui Valinhos, onde morou a vidente Lúcia.
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A Capela das Aparições. Em Fátima visitamos seu belíssimo Santuário, onde a Virgem apareceu a três humildes pastorinhos portugueses.
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Já estamos em Lisboa. Visita ao Paço Real, morada dos reis de Portugal. O rio Tejo está ao longe.
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Em Lisboa visitei o túmulo do grande Luiz Vaz de Camões, no mosteiro dos Gerônimos. A catedral tem estilo clássico, severo, quase gótico. Ao lado dela o lugar onde nasceu Santo Antônio, mais de Lisboa do que de Pádua, há sete séculos.
Passamos pelo famoso balneário de Estoril e fomos a Sintra. Comprei ali um xale multicolorido para Sílvia. Ao longe, no cimo de um morro, avistava-se uma fortaleza construída para a defesa contra os mouros.
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Lisboa é uma cidade muito bonita. O grupo bateu esta foto num dos locais pitorescos da cidade.
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Depois de correr Portugal de norte a sul, saímos da bela e antiga Lisboa. Um branco véu da saudade parecia cobrir o rosto da linda princesa. Estávamos indo embora da velha cidade das festas, das seculares procissões, dos populares pregões matinais, que já não voltam mais. Amália Rodrigues, na verdade, pode ser considerada, mais que portuguesa, uma cantora do mundo, tão bonito e mavioso é o seu canto.
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