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Para os índios carijós, primeiros habitantes da ilha, ela se chamava Meiembipe, palavra que significa genericamente "elevação ao ao longo do rio", ou até "montanha ao longo do canal" (entre a ilha e o continente).
A ilha foi chamada "dos Patos", denominação portuguesa, porque aqui havia muitas dessas aves. Um mapa em 1519 já era grafado assim.
O canal em seu ponto mais estreito, onde desfila imponente a ponte Hercílio Luz, inaugurada no começo do século 20, era conhecido pelos indígenas como Jurrerê-mirim. Traduzido, significa "boca pequena", ou simplesmente "estreito". Por muito tempo se entendeu o estreito como o canal. Depois é que passou a denominar, como distrito, a parte continental norte de Floripa. O município é composto pela ilha de Santa Catarina e por uma parte continental. Do lado sul do continente os bairros de Coqueiros, Bom Abrigo, Abrão e Itaguaçu. Fazendo divisa com o município limítrofe de São José o extenso bairro de Capoeiras.
Por informação do cronista e naturalista Hans Staden, o bairro do Estreito era chamado pelos indígenas de "Acutia", correspondente ao nome de um pequeno animal.
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"Santa Catarina foi o nome dado à ilha em 1526 (originalmente Santa Catalina) por Sebastião Caboto, navegador veneziano a serviço da Espanha, ou para homenagear a esposa, ou em devoção a Santa Catarina de Alexandria. A maioria dos autores concorda que os dois motivos, em conjunto, foram determinantes. Hoje Santa Catarina define a ilha, como também o Estado todo.
A freguesia de Nossa Senhora do Desterro (primeiro nome de Florianópolis) foi criada no início de janeiro de 1714. Em 23 de MARÇO de 1723 Desterro é elevada pela coroa portuguesa à categoria de Vila. Em 1894 recebe a denominação Florianópolis em homenagem ao marechal Floriano Peixoto, o segundo presidente da República.
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O centro de Floripa e sua praça XV no ano de 1920.
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Alguns autores narram ser a expedição de André Gonçalves, português, que primeiro aportou na ilha em 1502. Ele seria, então, o descobridor.
Dom Nuno Manoel teria estado na ilha em 1514, surgindo a denominação ilha dos Patos. Logo em seguida chegou a expedição do espanhol Juan Dias de Solis.
Em 1541 aporta na ilha o navegador "Cabeza de Vaca", governador espanhol para o Paraguai. Em Jurerè-mirim ele criou o porto Vera, que logo depois seria abandonado. Já dá para notar que os espanhóis gostavam muito da ilha.
Em 1549 o aventureiro alemão Hans Staden encontrou um espanhol morando com índios em Jurerê-mirim.
Em 1673 bandeirantes (paulistas) chegam à ponta do Estreito, onde se iniciou a cidade, sob o comando do jovem José Pires Monteiro, a mando de seu pai, FRANCISCO DIAS VELHO, Este chega em 1675 e funda a povoação. Seria morto por piratas ingleses, que chegaram à ilha pela parte norte de Canasvieiras, em 1687.
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Quadro do grande pintor florianopolitano Vítor Meireles, que retrata a Desterro de 1847. Apontam à esquerda as torres da catedral e à direita as torres da velha igreja São Francisco. No meio, após o mar, o monte Cambirela, o maior do litoral, e seus morros irmãos. Minha sesmaria afetiva. A Enseada de Brito, de onde escrevo, fica próxima dele.
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Em carta de 20 de abril de 1681, Francisco Dias Velho afirma: "A terra é mais que boa. Quem disser o contrário mente!"
Frei Agostinho da Trindade foi o primeiro vigário da ilha. Afirmam alguns autores que o distrito da Trindade, onde fica a Universidade Federal, recebeu este nome em sua homenagem. Há notícia de ter ele celebrado um casamento em 07 de janeiro de 1714.
Frei Agostinho da Trindade foi o primeiro vigário da ilha. Afirmam alguns autores que o distrito da Trindade, onde fica a Universidade Federal, recebeu este nome em sua homenagem. Há notícia de ter ele celebrado um casamento em 07 de janeiro de 1714.
(Dados extraídos do livro "A fundação de Florianópolis", do emérito professor e pesquisador Evaldo Pauli, Editora Lunardelli - 1973).
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A ilha de Santa Catarina. Pode-se ver que sua parte central fica mais próxima do continente, e onde hoje se situam as três pontes que a ligam à terra firme. A ponte Hercílio Luz, mais antiga, nosso cartão postal, a ponte Colombo Salles, inaugurada nos idos de 1970 e a ponte Pedro Ivo Campos, inaugurada por volta de 1990. Os três foram governadores catarinenses. Pode-se observar nitidamente as duas baías, a norte e a sul. A Enseada de Brito, no continente sul e no município de Palhoça, situa-se próxima à saída sul, na parte do continente.
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Quem primeiro se estabeleceu na freguesia de Santo Antônio (norte da ilha) foi o sargento-mor Manuel Manso de Avelar, no ano de 1714. Ele foi governador da região. Sua filha Clara Manso, que faleceu em 1790 com quase cem anos, foi determinante para a construção da igrejinha consagrada a Santo Antônio, de onde veio o nome do local.
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Espanhóis deram o nome de "Ratones" a duas ilhas próximas na baía norte, por se parecerem em sua configuração geográfica com esses roedores. Outros escritores dizem que os desbravadores, ao aportarem por aqui com seus navios, procuravam madeira nas duas ilhotas, deixando lá os ratos que infestavam suas naus. Fico com a primeira hipótese, pois as ilhas parecem realmente dois ratos, vistas de longe.
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Dez mil espanhóis tomaram a ilha em 1777, desembarcando em Canasvieiras sob o comando do navegador Zebalos. Este seguiu para o rio da Prata, deixando aqui dois mil espanhóis. Não houve resistência. Eles deixariam a ilha no ano seguinte, em virtude de tratado entre os reis de Castela e Portugal. O tratado de Santo Ildefonso devolvia a ilha e o continente aos portugueses.
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A denominação "Ingleses", localidade ao norte da ilha, provém de uma barca dessa nacionalidade que encalhou naquela região, em frente à praia, na ilhota Mata-fome. Todos os homens se salvaram e alguns resolveram permanecer no lugar, constituindo família e entregando-se à pesca e à agricultura. Era chamada a localidade dos homens ingleses.
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Imagem de Nossa Senhora do Desterro, padroeira do município.
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Naufragados - este local, ponta sul da ilha, teve seu farol inaugurado em 1861, para proteção dos nautas, pois o local era perigoso. Em 1753 ali naufragaram dois barcos portugueses que conduziam colonos açorianos de Santa Catarina para o Rio Grande do Sul. Destes, escaparam 77, dos quais uma parte voltou para a ilha, outra foi morar em Laguna, mais ao sul, e a terceira persistiu no seu intento de ir ao Rio Grande. Do sinistro proveio a denominação "Naufragados", que é dada à ponta sul da ilha e à sua praia.
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O monte mais alto da ilha se situa na localidade do Ribeirão, ao sul. É o monte do Ribeirão, com 600 metros de altitude.
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O primeiro cemitério de Desterro foi feito na colina que fica próxima da ponte Hercílio Luz, no lado da ilha. Alguns navegadores tinham uma má impressão, pois era a primeira vista que descortinavam ao entrarem na ilha pelo lado norte.
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(Dados extraídos do livro "A ilha", de Virgílio Várzea, Editora Lunardelli, segunda edição 1984, IOESC).
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