" Sei de uma criatura antiga e formidável
que a si mesma devora os membros e as entranhas
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04 - RAUL d'Ávila POMPÉIA. Rio 1863-1895).
Bacharel em Direito, militou desde jovem na imprensa e depois na política. Sensibilidade extremada, era desenhista e escultor. No meio de uma briga de frases e calúnias com Olavo Bilac, não resistiu e suicidou-se. Sua única obra, portentosa, é "O Ateneu", uma caricatura do colégio Abílio, onde estudou na adolescência. Critica impiedosamente os internatos. Disse a respeito dele Capistrano de Abreu: " É um espírito ousado. Procura sendas não batidas e às vezes encontra-as. Não tem medo da solidão; vai só e tem certeza de chegar.
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05 - JOAQUIM Aurélio Barreto NABUCO de Araújo. (Recife 1819 - Washington 1910). (Foto de 1870).
Completou a sua formação na França e na Itália. De regresso ao Brasil, entra na carreira diplomática. Na política fez campanha abolicionista e pela República. Serve ao governo como relator de nosso direitos junto à Itália na questão da Guiana Inglesa. É nomeado embaixador nos Estados Unidos, onde vem a falecer. Obra: O Abolicionismo, Um Estadista do Império, Minha Formação. Ar aristocrata e intelectual respeitado, Joaquim Nabuco fez sucesso na carreira e nas letras. Seus escritos sofrem forte influência da cultura francesa. Foi diplomata e orador admirado. Há quem acredite que "Minha formação" foi o melhor livro que já se escreveu no Brasil. *************************
06 - RUI BARBOSA de Oliveira. (Salvador 1849 - Petrópolis 1923).
Pratica advocacia e jornalismo na Bahia. Foi ministro da Fazenda no governo provisório que se instalou com a República. Chefe da delegação brasileira na segunda conferência de paz em Haia. Foi duas vezes candidato à Presidência da República, não logrando êxito. Em 1916 foi chefe da delegação brasileira nas comemorações cívicas na Argentina. Faleceu com 74 anos.
Obra: Cartas da Inglaterra, Réplica, Oração dos Moços, A queda do Império, Discursos. De inteligência privilegiada, foi um dos mais cultos homens brasileiros. Católico na juventude, adulto tornou-se maçon e passou a criticar asperamente a Igreja Romana. Mas ao final da vida faleceu cristãmente. *************************
07 - JOSÉ Carlos DO PATROCÍNIO. (Campos 1854 - Rio 1905).
Filho de uma ex-escrava. Forma-se em Farmácia. Colabora na gazeta de Notícias e encabeça o Movimento Abolicionista. Opõe-se ao governo de Floriano. Permanece na Imprensa, que lhe dá o sustento. Falece aos 51 anos de hemorragia pulmonar.
Patrocínio não deixou obra catalogada. Suas produções se espalham pelos jornais e revistas. O romance "Mota Coqueiro" foi feito às fatias, sem continuidade. Fundou o jornal "A cidade do Rio", sendo porta-voz do movimento que tinha por lema: A escravidão é um roubo. *************************
08 - João CAPISTRANO DE ABREU. (Maranguape (Ceará) 1853 - Rio 1927).
Filhos de agricultores. Participa da imprensa intensamente em sua cidade natal. Estabelece-se no Rio como empregado da Livraria Garnier. Oficial da Biblioteca Nacional. Consegue com brilhantismo, por concurso, a cadeira de História do Brasil no Colégio Pedro II. Colabora em muitos jornais do Rio.
Obra: Descobrimento do Brasil, Estudos e Ensaios (três séries) e Capítulos da História Colonial. É considerado um dos maiores historiadores do Brasil. *************************
09 - CARLOS Maximiliano DE LAET. (Rio 1847-1927).
Estudou Humanidades no Colégio Pedro II e bacharelou-se em matemática na Escola Politécnica. Dedicou-se ao jornalismo e ao magistério durante toda a vida. Foi professor e diretor no Pedro II. O paladino da imprensa católica morreu aos 80 anos.
Obra: Em Minas ( Crônica de Viagem, História e Crítica), Conferências, Antologia Nacional (em colaboração com Fausto Barreto), Polêmicas, etc.
Defendeu a ortodoxia católica e a monarquia com brilhantismo.
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Antologia Literária da Academia São José de Letras. As cinquenta encadernações da revista da Academia "O trinta réis". Coletânea de poemas, contos e crônicas dos acadêmicos da Asajol.
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Alguns dos integrantes da Academia. Ao todo as vagas são quarenta, faltando o preenchimento de quatro, já que em Setembro deste ano foram eleitos mais três acadêmicos.. O presidente, o último da direita, em pé, é o escritor Artêmio Zanon, membro também da Academia Catarinense de Letras. Ao lado do presidente o acadêmico Gilberto Pedro Hoffmann Nahas, nascido na Palhoça em 1928 e falecido em 06 de julho deste ano.
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