Roberto Rodrigues de Menezes.

Roberto Rodrigues de Menezes



terça-feira, 21 de abril de 2015

ROBERTO CAMPOS



Roberto Campos, um grande ícone do pensamento liberal, nasceu em Cuiabá em 1917 e faleceu no Rio de Janeiro em 2001. Economista, diplomata e político, foi ministro do Planejamento do presidente Castelo Branco, embaixador do Brasil em Londres e Whashington, senador e deputado federal. Cadeira 21 da Academia Brasileira de Letras.


Seminarista de Filosofia e Teologia em Guaxupé, MG, deixou a batina na véspera de se ordenar sacerdote da Igreja Católica.


Auxiliou na criação do Banco Central, do FGTS, Banco Mundial e FMI.


Escreveu muitos livros, sendo o mais importante o autobiográfico Lanterna na Popa, em que expõe suas ideias de forma muito clara.


Combateu o monopólio da Petrobrás, a quem chamava de Petrossauro. A esquerda o denominava Bob Fields, tentando ofendê-lo por sua admiração pelos Estados Unidos. Mas, ao contrário, orgulhava-se do apelido.


No final da vida, satisfeito com a derrocada do comunismo, que sempre combateu, exclamou em entrevista: O mundo ficou mais parecido com minhas ideias.
No entanto, sua morte fez com que não presenciasse a ascensão do comunismo na América Latin de Chavez, Lula e Fidel..


Algumas frases lapidares:
- Petróleo é um hidrocarboneto e não ideologia. (Esta crítica serviu tanto para os militares nacionalistas do "Petróleo é nosso", como também para a esquerda estatista).
- O dirigismo estatal é como gonorreia. Infecciona!
- Fui um bom profeta. Marx previu o colapso do capitalismo. Eu previ o fracasso do socialismo.
- Eu acreditava muito nos mecanismos governamentais. Mas eles têm células cancerígenas que crescem incontrolavelmente. Há algo de doentio na máquina estatal.
- Todo conselho é bom, desde que a gente não seja obrigado a aceitá-lo.
- O doce exercício de xingar os americanos não nos exime de pesquisar as causas de nosso subdesenvolvimento, mas permite a qualquer imbecil arrancar aplausos em comícios.
- A vantagem do capitalismo é que, por ter exemplos de sucesso, admite fracassos e tem mecanismos de correção. Para os socialistas, ao invés, o fracasso é apenas um sucesso mal explicado.
-Os comunistas brasileiros têm razão ao dizer que não é verdade que comam criancinhas. No socialismo real, a preferência histórica é por matar adultos.
-Os socialistas, que falam tanto das massas, não foram os criadores nem do consumo de massa nem da cultura de massa. Essas massificações equalizantes foram produzidas pela cultura individualista americana.
- Minha vida em Brasília como parlamentar ensinou-me que lá cada indivíduo é um crachá falante, classificado de acordo com sua categoria funcional.
Também não me iludi com o totalitarismo de esquerda por um motivo simples. Deus não é socialista. Criou os homens profundamente desiguais. Tudo o que se pode fazer é administrar humanamente esta desigualdade, buscando igualar as oportunidades.
- Estatização no Brasil é como mamilo de homem. Não é útil nem ornamental.
- No socialismo, as intenções são melhores que os resultados. No capitalismo, os resultados são melhores que as intenções.


QUEM NÃO É SOCIALISTA AOS VINTE ANOS NÃO TEM CORAÇÃO. QUEM CONTINUA SOCIALISTA AOS QUARENTA NÃO TEM IMAGINAÇÃO.

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domingo, 19 de abril de 2015

SER GOVERNADO.


Texto de Pierre Joseph Proudhon, anarquista francês ofendido e desconsiderado por Marx, pois este não suportava que alguém fosse mais brilhante que ele:
Ser governado é ser guardado à vista, inspecionado, espionado, dirigido, legiferado, regulamentado, depositado, doutrinado, instituído, controlado, avaliado, apreciado, censurado, comandado por outros que não têm nem o título, nem a ciência, nem a virtude.
Ser governado é ser em cada operação, em cada transação, em cada movimento, notado, registrado, arrolado, tarifado, timbrado, medido, taxado, patenteado, licenciado, autorizado, apostilado, admoestado, estorvado, emendado, endireitado, corrigido.
E, sob pretexto de utilidade pública, e em nome do interesse geral, ser pedido emprestado, adestrado, espoliado, explorado, monopolizado, concussionado, roubado.
Depois, à menor resistência, à primeira palavra de queixa, reprimido, corrigido, vilipendiado, vexado, perseguido, injuriado, espancado, desarmado, estrangulado, aprisionado, fuzilado, metralhado,, julgado, condenado, deportado, sacrificado, vendido, traído e, para não faltar nada, ridicularizado, zombado, ultrajado, desonrado.
Eis o governo, eis sua justiça, eis sua moral.


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