Roberto Rodrigues de Menezes.

Roberto Rodrigues de Menezes



sábado, 12 de abril de 2014

SOBRE GARAPUVUS.




O jornal do almoço da RBS/TV, na semana que passou, noticiou o corte de um garapuvu. Oh, céus, oh, horror, cortaram um garapuvu!
Garapuvu é a árvore símbolo de Florianópolis, de onde os nativos faziam muitas canoas de um tronco só. Pois um cidadão ecológico, desses que o preservacionismo a todo custo está cunhando, da janela do seu apê, filmou todo o corte de um garapuvu em um terreno ao lado, ilustrando o vídeo com um monte de palavras de baixo calão, pois devia estar histérico.
Obviamente o vídeo foi parar na tevê, com alterados ambientalistas chocados e indignados, como domina o politicamente correto. Mas a calma baixou e um repórter foi ao órgão ambiental. De lá obteve as seguintes informações técnicas:
- o corte do garapuvu estava autorizado pelo órgão, para desespero do denunciante;
- o garapuvu não está listado como espécie em extinção, muito pelo contrário. Dá na região de forma até pródiga;
- no processo administrativo que antecedeu a concessão, o dono do terreno se comprometeu a plantar 30 garapuvus na região;
Convenhamos, leitores. A pior coisa que se pode enfrentar quando se deseja construir uma simples casa é um órgão ambiental, infestado de ecologistas selvagens. Vamos preservar, sim, mas o ser humano tem que ser colocado um pouquinho na frente de uma árvore ou de uma jacutinga. E nós somos tão hipócritas que só nos emocionamos com baleias, golfinhos, micos-leões e outras espécies bonitinhas. O baiacu e a barata, por exemplo, não merecem o nosso fervor ecológico, o que é um erro. Não sou contra preservar, mas deve haver equilíbrio entre a natureza e o viver do homem. Afinal de contas, não podemos parar de defecar, urinar e fazer lixo, pois isso é próprio da condição humana. Mas podemos, com medidas racionais, buscar sempre uma harmonia entre nossas necessidades e a natureza. E a região ganhou trinta garapuvus. Para tanto, interessante se faz que os ecologistas fiscalizem e verifiquem se foram mesmo plantados. 
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Maltratar um cachorro dá 4 anos de reclusão.
Maltratar uma criança dá seis meses de detenção. 
Claro, desconsiderando a impunidade generalizada no caso da criança.
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Aqui em Santa Catarina existe um pequeno município chamado Paial, no meio oeste, próximo de Joaçaba. Nosso estado tem todos os acessos aos municípios asfaltados, menos 150 metros no município de Paial. O asfalto segue, pára por cento e cinquenta metros de estrada de brita e depois segue de novo. Ali, do lado daqueles míseros 150 metros, mora uma pequena comunidade indígena. O órgão ambiental de Santa Catarina já havia liberado o trecho, mas a toda poderosa Funai, não sei porque tão poderosa, brecou. Precisa fazer um estudo de impacto ambiental e cultural. E logo o ministério público federal vem fazer coro. Não é uma maluquice? Se não morassem índios ali, somente brancos especialmente, não haveria estudo nenhum, pois a Funai não iria aporrinhar. Marmelândia está virando uma gaiola de loucas. 
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O novo e entranhado amor de duas moçoilas na novela das nove da Globo é um desbunde.
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(Impressiona-me como essa gurizada se veste mal. E não estou falando de pobreza).  Adolescentes fazem o famigerado rolezinho (nem sei se escreve assim), que incomoda gente decente e a polícia. Não venham com essa que são marginalizados, excluídos, e essas chorumelas. Pois agora inventaram o rolezinho de sexo e drogas. Se a menina quiser, é bem-vinda. Depois vai criar o filho sozinha, a tansa. Marcam tudo pelo feicebuque. Olha, meu, este país está de quatro em termos de decência. Não há mais. O que serão esses guris daqui a dez, vinte, trinta anos? Circunspectos pais de família? Acho que esse feicebuque exacerbou o exibicionismo e a vaidade extrema. O culto ao ego está exagerado. Queremos ser narcisos, deuses, sei lá.
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Um adolescente nos States saiu a esfaquear os colegas numa escola. 16 anos. Foi preso, algemado, teve o rosto mostrado nas tevês para o mundo todo. E vai responder como adulto. A sorte dele é que não matou ninguém, senão iria mofar na cadeia. No Brasil ele seria considerado um excluído, as mãezinhas e paizinhos dói-dói iriam protegê-lo, não poderia ser algemado, senão a polícia má seria responsabilizada, além de seu cândido rostinho não ser mostrado e coberto com uma tarja. Este país não é doidão?...
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PAÍS SÉRIO NÃO É AQUELE ONDE POBRE ANDA DE CARRO, E SIM AQUELE CUJOS POLÍTICOS ANDAM DE TRANSPORTE PÚBLICO.
Será que terão coragem? Incendiar ônibus é a nova mania nacional. Penso que a profissão de dono de empresa de ônibus está ficando a pior de todas no país. Prejuízo sem voz e retorno, pois a quem reclamar?À justiça? Nesta terra ela já se escondeu.
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A China, modelo dos comunas e alguns empresários do mundo, não paga direitos trabalhistas corretamente, existe trabalho escravo, a maioria da população tem baixo índice de desenvolvimento humano e presos políticos trabalham fazendo as famosas quinquilharias e plantando alho, que sai em Floripa mais barato que o alho do interior de Santa Catarina. Não há direito a greves nem manifestações, que aqui abundam exageradas. A China é boa para comunas, encantados com o regime político de bala na nuca e bandeira vermelha, e para aqueles empresários que antes de tudo veem o lucro. E lá uma empresa tem poucas obrigações trabalhistas. Esqueçamos o fato de que é um dos países amados do nosso governo
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