26 - Manuel Maria Barbosa du BOCAGE - Poeta português (1765-1805). Seu nome arcádico era Elmano Sadino. Na qualidade de guarda-marinha, foi mandado para a Índia onde, ao lhe ser confiada uma empresa difícil, desertou. Voltando à pátria, entregou-se a uma vida de devassidão e desregramento. De grande talento e fácil inspiração, quis ser - e foi - o grande poeta do povo português, o mais popular de todos os vates que se exprimiram em nossa língua. Apesar de saber traduzir Ovídio, Florian e Dellile, e de ser um dos maiores e mais perfeitos sonetistas, preferiu sempre os epigramas, as sátiras violentas e vulgares. Escreveu: Pavorosa ilusão da eternidade, A gratidão, Pena de Talião, Rimas, etc.
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arcádico - da arcádia, antiga academia.
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"Mas quando ferrugenta enxada idosa
sepulcro me cavar em ermo outeiro,
lavre-me este epitáfio mão piedosa:
Aqui dorme Bocage, o putanheiro.
Passou vida folgada e milagrosa.
Comeu, bebeu, fodeu sem ter dinheiro.
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Para curar febres podres
um doutor se foi chamar,
que feitas as cerimônias,
começou a receitar.
A cada penada sua
o enfermo arrancava um ai.
Não se assuste, diz Galeno,
que inda desta se não vai.
Ah, senhor, torna o coitado,
como quem seu fado espreita.
da moléstia não me assusto.
Assusto-me da receita.
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E vós, oh cortesãos da escuridade,
fantasmas vagos, mochos piadores,
inimigos, como eu, da claridade.
Em bandos acudi aos meus clamores.
Quero a vossa medonha sociedade.
quero fartar meu coração de horrores.
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27 - José Maria EÇA DE QUEIROZ.
Contista e romancista português (1846-1900). Formou-se em Direito pela Universidade de Coimbra e por algum tempo trabalhou na advocacia com seu pai. Entrando para a diplomacia, representou como cônsul o seu país em Havana, Newcastle, Bristol e Paris. Eça é um dos maiores vultos da literatura lusa. É o criador da técnica realista das novelas em Portugal.
Escreveu: O crime do padre Amaro, O primo Basílio, O mandarim, A relíquia, Os maias, A ilustre casa de Ramires, Correspondência de Fradique Mendes, Dicionários dos Milagres, A cidade e as serras, Cartas da Inglaterra, Prosas bárbaras, Ecos de Paris, etc.
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Fonte: Dicionário Ilustrado de 1943.
Bocage, literatura comentada - Abril Educação.
Gravuras - Wikipédia.
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Gosto de Bocage, não sei se sai em tuas estatísticas mas sempre o acompanho lendo seu blog ao menos no “reader Google”.
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