Machu-Picchu, centro religioso incaico que dista 120 quilômetros de Cuzco. Esta cidade, construída dois séculos antes da conquista de Pizarro, surge em uma zona montanhosa e foi descoberta em 1911 pelo americano Hiram Bingham, que a encontrou muito bem conservada, porque escapara à colonização espanhola, quase totalmente recoberta pela floresta.
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O deus maior dos incas se chamava Viracocha. Inti, o deus sol, protegia o soberano e a nobreza. Vítimas inocentes, na maioria crianças e adolescentes (do sexo feminino especialmente) eram sacrificadas em sua homenagem, sendo ou queimadas, ou decapitadas. Apu Illapu era o deus da chuva e, quando havia seca, eram oferecidos sacrifícios humanos para que a chuva voltasse. Pachamama era denominada a mãe terra. Apesar de compor uma civilização de extraordinários costumes, os incas, como a maioria das civilizações, deixaram-se manchar pelo extermínio de vítimas inocentes em tributo a algum deus. Se ainda existissem estes costumes, por certo pesquisadores e antropólogos modernos procurariam deixar que tais costumes fossem preservados, como ainda se preserva o costume no Brasil, de tribos indígenas enterrarem vivas crianças deficientes. Alguns abobados dão a isso o nome de cultura. Muitos dizem que os jesuítas em nossa terra cometeram um crime cultural ao ensinar aos índios que não deviam ser antropófagos. Isso me faz lembrar o saudoso Monsenhor Bianchini, que nos dizia ser condição essencial da cultura enobrecer o homem. Tais costumes não enobrecem nenhum povo, por certo.
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O império inca pré-colombiano abrangia a região chamada "quatro cantões" (ou províncias). Espalhava-se pelo norte argentino e chileno, Peru, Colômbia, Bolívia e Equador. Seu centro de poder era Cuzco, no Peru. O soberano era chamado "O Inca", com poderes de vida e morte sobre seu povo. O mando público era confirmado por um poderio militar comandado por generais fieis ao Inca, além de um Conselho de Anciões que determinava as leis, todos subordinados ao soberano. O clã ou grupo familiar (aylu), costumava ser dirigido pelo cidadãos mais idosos.
Manco Capac foi um dos primeiros soberanos incas. Entre os costumes incaicos, podemos observar:
- fiação de lã.
- preparação da terra para a semeadura.
- animais (lamas e guanacos) eram criados para leite e corte.
- poços ou cisternas para a água.
- a cultura do milho, batata e legumes.
- cultivo do quinoa (um cereal substancioso).************************************
Um descendente dos incas, em fins do século XVI, Filipe Huaman Poma Ayala, deixou-nos uma interessante relação sobre a história e a civilização incaica. Entre outras coisas, fala-nos da escrita oficial (quipo-camayoc), que se servia do quipo, instrumento formado por uma corda branco-cinzenta em cujas pontas estavam presas numerosas cordinhas coloridas, divididas em cinco grupos que compreendiam outras cordinhas. Cada cor possuía um significado especial e os registros e cálculos eram feitos com nós nas cordinhas. Os nós representavam as unidades, dezenas e centenas.
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Segundo uma tradição pré-incaica, os incas cultuavam seus mortos. Os defuntos eram embalsamados de acordo com um processo especial, e punham-lhes uma máscara no rosto. A seguir, as múmias eram sepultadas em túmulos subterrâneos, com um rico enxoval de víveres e jóias. Isso confirma que os incas acreditavam numa outra vida.
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Os incas eram religiosíssimos. Seu centro religioso máximo estava situado nas margens e nas ilhas do lago Titicaca. Aqui, vemos a reconstrução de um templo dedicado à deusa Lua.
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O Inca e sua esposa eram venerados como divindades; para se aproximar deles, devia-se seguir um complexo cerimonial e, pelo caminho, eram sempre levados em procissão, em liteiras. Usavam trajes suntuosos, em nítido constraste com aqueles da população, que trajava apenas um curto poncho.
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Em Cuzco, existia uma provecta classe de artesãos, entre os quais, sobretudo, eram tidos em grande consideração aqueles que trabalhavam os metais. Aqui, vemos uma forja para o preparo dos metais. O artesão está cinzelando uma máscara de prata, destinada a recobrir o rosto de uma múmia.
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As cerâmicas peruanas figuram entre as mais belas e finamente trabalhadas. Aqui, alguns vasos: o primeiro, à esquerda, é um vaso-retrato, cujo estilo remonta aos séculos de V a VIII. Geralmente, as decorações apresentam lhamas, corujas, águias, peixes, abóboras, melancias, melões, ao passo que os vasos genuinamente incaicos são, geralmente, de estilo geométrico
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As mulheres solteiras ou viúvas eram destinadas pelo estado incaico para a tecelagem. À esquerda: mulher tecendo - fragmento de tecido feito com plumas - dois desenhos para trajes. Um poncho (uma espécie de manto curto, sem mangas, constituído de uma só peça de fazenda).
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Enciclopédia trópico, Tomo VII, documentário 318.
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