Primavera, de As quatro estações.
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Antônio Vivaldi (1678 Veneza - 1741 Viena). Vivaldi prefigurou cada um dos quatro concertos de As Quatro Estações como um soneto que descrevesse, em detalhes pictóricos, os acontecimentos e os estados de alma retratados na música. O primeiro movimento de Primavera descreve a chegada da estação, saudada pelo alegre canto dos pássaros. Os riachos murmuram docemente, a brisa sopra com suavidade. Depois o céu escurece e os raios e trovões anunciam uma tempestade. Quando ela termina, os pássaros voltam a cantar. Numa campina florida o pastor de cabras cochila, com o fiel cão a seu lado. O último movimento é uma dança campestre rústica: ao som festivo das gaitas de fole, as ninfas e pastores dançam para recepcionar a primavera.
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Ave Maria de Schubert. (imagem:wn.com)
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Na Viena da época de Franz Schubert (1797-1828) escrevia-se música para executá-la em casa. O próprio Schubert costumava acompanhar ao piano um cantor favorito, seu amigo Johann Michael Vogl, nos saraus de suas composições, conhecidos como schubertíadas. Uma das canções que os dois apresentavam nessas ocasiões era a Ave Maria, que musicava não a letra da oração católica, mas um texto de A dama do lago, de Sir Walter Scott. Ellen, a heroína, filha de um chefe de clã escocês que foi proscrito, vê-se forçada a um casamento iminente com um homem a quem não consegue aceitar. Apela por isso à Virgem Maria em busca de proteção. Era a terceira das chamadas Canções de Ellen, de Schubert, que depois se tornou a famosa Ave Maria.
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Prelúdio de Carmen, de Georges Bizet.
(imagem:viverpuramagia.blogspot.com)
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Durante toda a sua curta vida (37 anos - 1838-1875)), o compositor francês Georges Bizet lutou pelo reconhecimento de sua música. Até mesmo Carmen, sua obra-prima, e seguramente a melhor ópera francesa que já se escreveu, não foi um sucesso em sua primeira apresentação em 1875. Ele já era morto quando a opinião pública se inverteu, passando Carmen a ser uma das obras musicais mais amplamente executadas e apreciadas em todos os tempos. Embora tenha zombado da ópera, o público da primeira apresentação guardou-a na lembrança. Ela não era suave e artificial como se esperava, mas tinha um toque de verdade que revelava um amor, um realismo e um desespero pulsantes. Tornou-se mundialmente inesquecível.
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Fonte: Seleções do Reader's Digest
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