Roberto Rodrigues de Menezes.

Roberto Rodrigues de Menezes



quarta-feira, 9 de junho de 2010

Curiosidades da Mitologia greco-romana III.

Ícaro - Filho de Dédalo. Foram encerrados no labirinto por Minos, o soberano de Creta e pai do Minotauro, mistura de homem com touro. Puderam escapar graças às asas que Dédalo fabricara. Antes de levantar voo, o pai recomendou a Ícaro que não se aproximasse muito do sol. O jovem, no entanto, entusiasmado, elevou-se cada vez mais. A cera que prendia as asas ao corpo derreteu com o calor e Ícaro se precipitou no mar, encontrando a morte.
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Infernos - Reino de Plutão e da esposa Prosérpina. Era o lugar para onde se dirigiam e permaneciam as almas após a morte. Localizava-se no interior da terra, possuindo cinco rios. Após a travessia do rio Aqueronte pelo barqueiro Caronte, chegava-se ao bosque de Prosérpina, cheio de alamos e salgueiros. Depois surgia a porta dos Infernos, guardada pelo cão Cérbero, de várias cabeças. As almas sem culpa iam para os Campos Elísios e as culpadas para o Tártaro, cárcere que possuía uma soturna porta de bronze. Ali estavam os gigantes vencidos pelos deuses: Sísifo, que se negara a aceitar a morte; Tântalo, que desafiara o poder dos deuses; Ixião, pai dos centauros (metade homens e metade cavalos), que tentara violentar Hera, a esposa de Zeus; as Danaides, que haviam matado seus maridos. A ilha dos Bem-aventurados, nos Campos Elísios, era reservada para heróis especiais. Nos Infernos Plutão e Prosérpina eram auxiliados pelas Parcas, Fúrias, Harpias, Morte e Sono.

Jano - Antigo deus romano, considerado o pai dos deuses. Identifica-se ao Caos grego, gerador do mundo. É o deus de todas as portas, do passado e do futuro, do início e do fim. Era representado com duas faces contrapostas, o Jano Bifronte. O primeiro mês do calendário romano, Janeiro, deriva de Jano.
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Lácio - Região da Itália central. Ali se estabeleceu Enéias, depois da destruição de Tróia. A língua latina tem sua origem no Lácio. Olavo Bilac assim se expressa a respeito da língua portuguesa: Última flor do Lácio, inculta e bela, és a um tempo esplendor e sepultura.
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Lácon - Herói que deu nome à Lacônia, região ao sul do Peloponeso. Antes de morrer, o rei Lápato dividiu seu território em duas partes. Uma coube a Lácon, a Lacônia. A outra região ficou com Aqueu e recebeu o nome de Acaia. Lácon não era dado a falar, usando -se hoje a expressão lacônico para designar uma pessoa que fala pouco.
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Lesbos - Ilha grega da sacerdotisa Safo, de culto a Vênus, onde só eram admitidas mulheres nas celebrações. Daí deriva a expressão lesbianismo.
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Medusa - Uma das irmãs Górgonas. Monstro feminino com cabelos de serpentes. Quem a visse ficava petrificado.Perseu conseguiu matá-la, usando as sandálias aladas de Mercúrio e um elmo como espelho. Do pescoço do monstro saiu o cavalo alado Pégaso, que a Medusa havia gerado com Posseidon, o deus do mar.
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Midas - Rei da Frígia. Baco, o deus do vinho, recebeu de Midas um favor. O rei levou até o deus um amigo muito querido, Sileno, que Baco estava sem ver fazia anos. Agradecido, o deus deu a ele o direito de formular um desejo. Midas, muito ambicioso, pediu que tudo o que tocasse se convertesse em ouro. De início pensou que seria o monarca mais rico da terra, mas viu-se impossibilitado de comer, pois todo o alimento que tocava se tornava ouro.

Faminto e sedento, Midas pediu a Baco que desfizesse o encanto. O deus o atendeu, recomendando que se banhasse no rio Pactolos, que corria pelas terras da Frígia. Assim Midas voltou ao normal.

Hoje, chamamos de Midas a uma pessoa muito rica.
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Minotauro - monstro nascido da união da mulher do rei Mino, de Creta, com um touro enviado por Posseidon, que do rei queria se vingar. Tinha o corpo de homem e cabeça de touro. Minos fez um Labirinto e lá encerrou o filho de sua mulher, mandando que Dédalo, um sábio, o educasse. O monstro alimentava-se de carne humana. Foi morto pelo herói Teseu.
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Momo - personificação da crítica e do sarcasmo.. Filho da Noite, era sempre acompanhado de Como, o deus dos festins. Deu origem ao rei Momo dos carnavais.
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Morfeu - Filho do Sono. Seu nome significa "a forma".É encarregado de tomar a forma humana e apresentar-se ao homem durante o sono. Possui grandes asas que o transportam suavemente a todo lugar. É representado com asas de borboleta e portando na mão uma papoula, planta que faz os homens adormecerem. Costumava-se usar o dito "Vou me entregar aos braços de Morfeu", para dizer que se ia dormir.
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Musas - Filhas de Zeus e Mnemósine. Divindades graciosas inspiradoras da poesia e da música. Durante o tempo em que permaneciam no Olimpo, entretinham os deuses com coros e danças. Favoreciam as artes e a sabedoria.
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Mercúrio - Deus do Comércio. O correspondente grego é Hermes. Tinha sandálias que o faziam voar e costumava portar um capacete com asas.
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Néfele - Esposa de Atamante, com quem teve o casal de gêmeos Frixo e Hele. Fez os filhos fugirem no carneiro de ouro que voava, ameaçados que estavam pela segunda mulher de Atamante. O pelo do carneiro (velo, velocino ou tosão) dava poderes especiais a quem o portasse. Jasão apoderou-se dele em sua viagem à Cólquida, com os Argonautas.
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Nêmesis - Filha de Zeus e da Noite. Deusa da vingança ou da justiça, castigava ou premiava os homens. Tirava da urna do destino os bens e os males e os distribuía de acordo com os méritos ou deméritos dos mortais. Vingava os pais desprezados pelos filhos e os amantes enganados. É representada com um dedo nos lábios, indicando que a discrição é importante para não atrair a cólera dos deuses (Como isto continua atual!)
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Nênia - deusa da lamentação fúnebre. Chamavam-se também nênias as canções cantadas pelas carpideiras, encarregadas de chorar os mortos nos velórios e enterros.
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Ninfas - divindades secundárias femininas. Protegiam os noivos e gostavam de correr pelos bosques. Eram perseguidas pelos sátiros e faunos.
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Olímpia - cidade da Élida, na Grécia, onde, a cada quatro anos eram celebrados os jogos olímpicos.
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Paris - herói troiano que raptou Helena, esposa de Menelau, rainha grega considerada a mais bela mortal. O rapto desencadeou a guerra de Tróia, vencida pelos gregos. Paris morreu na guerra e Helena voltou para o marido.

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- Palavra que significa "tudo". Divindade protetora dos pastores e rebanhos. Filho de Zeus e da ninfa Calisto. Descrito como um ser meio humano, meio animal, com pelos abundantes no corpo, chifres e pés de bode. Habitava os bosques com os sátiros e faunos, a ele semelhantes, perseguindo as ninfas. Pã assustava os homens com bruscas aparições, o que deu origem à expressão "pânico". Perseguia uma ninfa que se jogou num rio e se transformou em caniços. Com os caniços Pã fez uma flauta, sendo normalmente representado em gravuras com o instrumento. Era identificado com o deus romano Fauno, das matas. Apaixonou-se pela ninfa Eco, que o abandonou por Narciso. Isso fez Pã começar a morrer.
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Panacéia - deusa que simbolizava a cura de todos os males. Era filha do médico Esculápio.
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Pandora - A primeira mulher mortal (Eva). Foi criada por Vulcano e Minerva. Dotada de grande graça e beleza. Mercúrio, no entanto, a dotou de falsidade. Zeus lhe deu uma caixa fechada e a enviou à terra para seduzir os mortais. Pediu-lhe que nunca abrisse a caixa. Ela casou-se com Epimeteu, irmão de Prometeu. Este disse ao irmão para desconfiar dos presentes de Zeus, referindo-se à caixa. Mas o casal a abriu e dela se libertaram todos os males do mundo ali encerrados. Quando a fecharam, em seu fundo só restava a esperança.
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Orfeu - Filho de Apolo com a musa Calíope. Era músico e poeta. Belo, com seu canto suave fascinava deuses e mortais. Colocou nove cordas na sua lira, pois nove eram as musas que ele venerava. Participou da viagem dos Argonautas em busca do Velo de ouro. Na viagem, no mar, impediu que as sereias fizessem mal aos nautas, fascinadas que elas ficaram com seu canto. Uniu-se à ninfa Eurídice, que logo morreu. Como a amava demais, decidiu ir aos Infernos buscá-la. Seu canto maravilhou as divindades infernais, fazendo cessar por momentos o suplício dos condenados. Foi permitido a Eurídice voltar ao mundo dos vivos, desde que Orfeu andasse na frente dela e não olhasse para trás. Mas ele, ansioso, resolveu fitar a amada no meio do caminho. Esta novamente se converte em sombra e retorna de vez ao mundo dos mortos. Inconsolável, Orfeu vagueia pelos bosques da Grécia, sem querer o amor das ninfas. As Bacantes, desprezadas, enfurecem-se e o despedaçam. As musas lhe deram sepultura e ele pode finalmente se juntar à amada Eurídice nos Infernos. Zeus, penalizado, colocou a lira do cantor como uma constelação no céu.


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