Roberto Rodrigues de Menezes.

Roberto Rodrigues de Menezes



quinta-feira, 29 de março de 2012

OS CARROS.


O jornalista Luiz Carlos Prates, quando trabalhava na RBS tevê e CBN Diário de Floripa, disse nos seus comentários que, naquela época, qualquer le-gue-lhé (ou pé de chinelo, não lembro bem) comprava carro neste país. Mais fácil que comprar comida. Política muito social da governo Lulla. Era comprar sem entrada, a perder de vista, em 60 a 70 prestações com juros mínimos. Negócio de pai pra filho. Prates foi sumariamente demitido. Hoje, jornais paulistas estampam que a inadimplência é assustadora e as financiadoras e bancos estão começando a puxar o freio de mão. Vai ficar mais difícil comprar carro, sem o qual muita gente não tem ereção. Prates, se bem que um tanto incisivo em seus comentários, tinha alguma razão. E hoje está gratificado no SBT.
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A RBS tevê fez a seguinte pergunta aos seus telespectadores: Você é contra a proibição de escutar música sem fone de ouvido nos ônibus? Explico: os vereadores de Floripa já aprovaram projeto de lei que proíbe passageiro de escutar música em volume alto nos coletivos. A pergunta foi um tanto induzida, pois ninguém gosta da palavra proibição. Que o diga o Caetano. Mas não adiantou: 86% dos teles foram a favor da proibição. Não sei como ainda há 14% de abobados que foram a favor de tirar o sossego dos outros nos ônibus. Ah, os males da democracia...
Eu, meus caros, com a graça de Deus não dirijo mais. Foi uma graça mesmo, pois nos últimos tempos, em razão de deficiência visual, não gostava de estar ao volante. Como o deus estado me reprovou no exame de vistas da carteira de habilitação, resolvi vender o carro e andar a pé, de ônibus ou de táxi. Até de táxi sai mais barato andar do que de carro próprio, tamanha a carestia de preço (carro, peças, combustível, seguros, revisões, limpezas) e a roubalheira de impostos. É claro, fica-se sem aquela sensação de posse, poder e gozo, da qual muitos cavaleiros bandeirosos e moças deslumbradas não abdicam, talvez medo de entrar no rol dos pobres. 
Mas, voltando à vaca fria, de vez em quando um atoleimado ou atoleimada, normalmente jovem, fica a fazer berrar seu aparelho de som com aqueles tenebrosos fanques ou os acachapantes sertanejos ditos universitários, que ainda hoje não entendi porque se denominam assim, obrigando os infelizes passageiros do ônibus a escutar aquele lixo todo. E ainda por cima eles ficam com a expressão satisfeita de quem está arrombando. Imaginem se eu ia ter coragem de comprar um aparelhinho desses e ligar uma sonata de Franz Lizt em alto volume, num coletivo qualquer. Seria linchado. Mas eles podem.
Que venha a lei, que não será respeitada, pois os cobradores e motoristas não vão querer se incomodar. São as leis inúteis, como sói acontecer neste país. (É sói mesmo, que significa costuma. Já vi muita gente com mestrado e doutorado, coronéis de polícia inclusive,  desconhecer o verbo soer e pior, corrigir quem o usa. Mas isso é coisa de coronel, especialmente quando é um subordinado que escreve).
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 Pessoal, não adianta criticar a polícia pelo acúmulo de banditismo impune neste país. Quase todo vagabundo que está solto roubando ou matando já foi preso várias vezes. As leis porfiaram sempre, principalmente de uma época para cá, em fazer a polícia de palhaça. E o resultado é este. Fizeram leis com peninha de terroristas de esquerda e os bandidos comuns foram de arrasto. E agora, como fica? Mudar não dá, não é, senhores governistas?... Os ex-terroristas estão ficando milionários (criaram para isso a tal Comissão da ...verdade?) e os bandidos vão também atrás.
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E por falar em lei, a senhora Suplício deseja retirar das certidões de nascimento a expressão pai e mãe. E se o papai for mamãe ou vice-versa? Talvez acabar com o dia dos pais e o dia das mães, para não envergonhar quem não tem um dos dois. Obrigar o professor a ensinar a crianças nas escolas que é muito legal ser homossexual. Puxa, meu, estão querendo criar mais uma minoria privilegiada neste país, que acredito até não ser muito minoria. Deixem as crianças escolherem quando ficarem grandes, turma.
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3 comentários:

  1. Deus estado essa foi boa. Risos. E sobre o que passastes sobre o Prates eu acho sim ele um pouco exagerado ele tem que fazer média pra ter audiência, mas não discordo dele. Por felicidade eu ví este programa que ele falou que qualquer pé de chinelo. Mas porque tem gente que teima em não querer que se diga a verdade. Mas ele disse a verdade é qualquer pé de chinelo mesmo tem carro hoje em florianópolis eu sei porque eu sou faxineira e me enjoei dos onibus são péssimos caríssimos e dá pra manter um carrinho caindo aos pedaços, agora se ele vai ocasionar problema pra outra pessoa é outros quinhentos. O ser humano não está vivendo assim? que se danem.
    Olha Roberto já cansei de te dizer leia o apocalipse não é possível que esse Deus não venha interferir. E olha que estou falando de Floripa que ate a pouco era a terra da magia, agora virou também para outra letra da m..... que não vou citar até o fim. Eu que sou nativa da ilha que a meu ver deveria ter meu reconhecimento pois lutei muito onde vivo pelo meu bairro, rua que inclusive foi contruída pela minha família, em minha vida sempre agindo com honestidade, me sinto pisada, esmagada, esganada, chutada na real eles querem que a gente faça as malas e vá embora devemos ceder nosso lugar para os que vieram de fora morar aqui. Mas não desanimes com o "Deus estado" tu podes refazer o pedido e continuar dirigindo, eu tentei várias vezes e consegui.

    Há e outra hilária seremos todos chipados, que lindo né. Eu sei que tem o lado bom da coisa. Mas e o outro lado da nossa privacidade? quem me garante que não usam os meus dados pra fazer porcaria? Eu sou uma que me recuso agora os mercados locais inventaram a moda que eu ganho um cartãozinho mequetrefe se eu preencher todos meus dados pessoais até o que comi no dia anterior. E depois de conseguir a duras penas juntar 50 mil bolinhas eu ganho um pirulito. Que achas? Bom título para teu próximo tema. Faxineira enlouquecida.

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  2. Eu acho que a prefeitura precisa providenciar aparelhos gratuitos para os deficientes auditivos. Porque eles poluem sonoramente o ambiente com suas músicas. Na minha opinião, essa só pode ser a única explicação para um rapaz dirigir com som altíssimo com aquelas músicas compostas por Vinícius de Moraes, numa tentativa desesperada de tornar a sociedade mais culta, como ouvimos.
    Isso é bem democrático. Vejo rapazes com o carro caindo aos pedaços andando com aquele som super alto. Também há carros importados. De alguma forma, querem chamar atenção. Eu odeio dirigir. Na verdade eu não gosto de nenhum meio de transporte. O problema é que eu também não gosto de andar bastante, então, acho que no meu caso, o teletransporte seria a solução. Nasci no tempo errado. O trânsito aqui está parecido com a Índia. Não existe mais preferencial, nem faixa, nem ordem... Só falta colocar vacas, elefantes andando ali no meio... Aí ficaria exatamente igual a Índia.

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  3. Roberto eu não aguentei mais um adendozinho. É lógico que concordo em número e grau com nosso interessante anonimo,sobre o caso da música, gente isso não tem mais desculpa não, existem aquelas orelhinhas de tudo que é tipo tem até no 1,99 aquela bem baratinha que qualquer um pode ter e não incomodar o outro, moro numa casinha pequena e a muitos anos eu e meu filho para não entrarmos em conflito cada um tem um, eu fico na minha telenovela de orelhinha ele no PC com outra aí orelhona, sempre quem passa em nossa casa deve pensar que gente mais quieta, risos, mas eu tenho o lado que gosto de dirigir. Mas o teletransporte e a viagem astral são bem mais seguras, risos. Agora que Floripa o transito virou um caos ahhhh ummm que dizer. risos. Só o que o anonimo disse lá em cima falta agora por vacas, cabras e touros no meio do transito e estaremos na Índia.

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