Roberto Rodrigues de Menezes.

Roberto Rodrigues de Menezes



quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O muro de Berlim.

Homenagem às vítimas do muro, que tentaram fugir da Alemanha Comunista (foto de 1982 da Wikipedia).
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O início da construção do famigerado muro de Berlim está fazendo 50 anos neste mês de agosto. Qual o objetivo do muro? Impedir fugas dos alemães orientais, sob regime comunista, para a Alemanha capitalista. Sempre achei estranho os encarnados colocarem que países assim governados, como Cuba e Coreia do Norte, seriam o "paraíso". Mas sempre foram os únicos paraísos dos quais a população tenta desesperadamente fugir, tanto que, nas tentativas de sair da Alemanha comunista, morreram mais de cem mil pessoas abatidas pelos guardas vermelhos do Muro. Alguns historiadores afirmam que o número se aproxima de 200.000.
5.000 afortunadas conseguiram passar para o outro lado. 
Em Cuba não foi diferente. Não há precisão, mas passa de cem mil o número de cubanos mortos no golfo do México, tentando fugir do reino dos céus do frei Betto.
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Com o fim da Segunda Grande Guerra em 1945, a pobre Alemanha foi fatiada entre aliados. O "paizinho" Stalin, genocida soviético, ficou com a parte oriental. É lá botou um alemão capacho de nome Walter Ulbricht, para governar pró Moscou. Ele ficou durante 28 anos, até ir acentar contas com o mefisto.
O muro era patrulhado por cerca de 50.000 guardas fronteiriços, que tinham a incumbência clara de atirar para matar em quem tentasse fugir para a Alemanha do mal, a ocidental e capitalista. O muro, que começou com arames farpados, ao final tinha um complexo de muros, torres e cercas caninamente vigiadas. Alarmes acústicos e óticos eram ligados a cercas elétricas de três metros de altura. A largura de seis metros, com solo de areia, para registrar pegadas.
Em setembro de 1989 a Hungria abre suas fronteiras com a Áustria e milhares de alemães orientais conseguem fugir. O governo tirânico, que transformava mulheres em homens para vencer provas olímpicas de natação, estava chegando ao fim.
1989 - alemães sobre o muro, que seria destruído no outro dia. (foto Wikipedia).
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Em outubro de 1989, o premier soviético Gorbachev visita Berlim e aconselha os comunistas a iniciarem reformas pela liberalização do regime.
No dia 04 de novembro cerca de um milhão de pessoas se reune em volta do muro, gritando por democracia. A sete de novembro o governo alemão oriental renuncia.  E finalmente, a 9 de novembro de 1989, data histórica, milhares de alemães invadem o muro e desta vez os guardas recuam. Seria impossível matar tanta gente. O muro, símbolo sinistro de uma dominação tão deletéria quanto o nazismo, começa a ser destruído. E a Alemanha Ocidental tem que arcar com o custo da reunificação, pois os orientais estavam perdidos e atrasados no passado.
A título de curiosidade, Olga Benário era heroína na Alemanha Oriental, dando seu nome a ruas e escolas.
(Fonte Wikipedia e Jornal de Santa Catarina).
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Mesmo na noite mais triste,
em tempo de servidão,
há sempre alguém que resiste,
há sempre alguém que diz não.
(Manuel Alegre).
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