Roberto Rodrigues de Menezes.

Roberto Rodrigues de Menezes



segunda-feira, 23 de setembro de 2013

LASCIATI OGNI SPERANZA.




"Não são ladrões apenas os que cortam as bolsas.
Os ladrões que mais merecem este título são aqueles a quem os Reis encomendam os exércitos, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais, pela manha ou pela força, roubam e despojam os povos. 
Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos; os outros furtam correndo risco, estes furtam sem temor nem perigo.
Os outros, se furtam, são enforcados; mas estes furtam e enforcam."
Padre Antônio Vieira.
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LASCIATI OGNI SPERANZA, VOI QUE ENTRATE.
Dante, no portão dos infernos, em sua Divina Comédia.
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A Rede Globo diz que o ministro Celso de Mello do STF deu seu voto técnico. Dirceu, Genoíno, Cunha, Delúbio e Marcos Valério comemoram o voto técnico, que lhes abriu a possibilidade de nem para a cadeia ir. Saibam, leitores, que nunca me liguei muito nessa área por causa disso. A parte técnica, o fumus, o periculum, o juridiquês que não se importa com o que pensam as ruas, com o que pensa a massa ignara, com o que pensa o pueblo, com o que pensa a justiça. Importa o que meia dúzia de juristas  e políticos inventaram. Talvez por isso tenhamos tantas leis, na maioria inoperantes e risíveis.
No caso do mensalão, se julgou, se condenou e se voltou atrás. Faz-se isso com os pobres, com quem não tem advogado caro? O ministro Celso de Mello diz que deve que haver muito cuidado para não se cometer injustiças. Que cuidado, senhor ministro? Ainda mais se sabemos que os réus são tubarões da república. A justiça se apequenou a partir de 18 de setembro.
Nem adianta comentar, pois esse país não tem jeito. Está tudo dominado agora. Foram os embargos declaratórios e depois os infringentes. 
Quem inventou os embargos infringentes, de cuja existência os desvalidos nunca souberam? Isso é coisa pra rico, pra político, pra poderoso. Será que um dia terei direito a um embargo infringente? Ou talvez um declaratório, e outro infringente, e outro declaratório... Goza, Dirceu!
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Terceira Conferência Estadual de Promoção  da Igualdade Racial. Deliberações finais: criação de delegacias para combater o crime de racismo e intolerância religiosa. Intolerância religiosa está muito na moda aqui na terra de Macunaíma, até mais que racismo. Agora, colocar nas escolas catarinenses a obrigatoriedade de ensinar a temática histórico e cultural afro-descendente é um exagero. Por que não também os alemães, os italianos, os açorianos, os polacos, os índios? Vão ensinar Matemática e Língua Portuguesa, caras pálidas, e se preocupem menos com chorumelas.
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Interessante essas audiências públicas do governo federal, que quer fazer concessão de gerenciamento de rodovias, de extração de petróleo e gás, etc, etc, para a iniciativa privada. A CUT e os sindicatos participam, mas são contra o governo. Querem tudo público. Olha, pessoal, vocês querem enganar a quem? CUT, sindicatos, governo federal, tudo amiguinho, tudo farinha do mesmo saco. como dizia o nosso Osmar Cunha. O teatro que fazem nada mais é que mero jogo de cena.
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Por sinal, quando ouço o vocábulo PÚBLICO, amado e estremecido nesse Brasil socialista, sempre me ocorrem alguns sinônimos. Público para mim significa corrupção, nepotismo, maracutaia, cabides, licitações mal feitas, propinas, greves, mordomias, embargos infringentes, favorecimentos ilícitos. Isso em todos os níveis de poder.
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Bem-vindo ao blog o leitor Joseph Martinez. E um outro me avisa a respeito do blog Pesadelo Chinês. Muito interessante! Acessem!...
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O Rock in Rio mostrou muitos conjuntos de rock soturnos, demoníacos, saudados com os gritos histéricos de jovens em transe. Vejamos o que diz sobre eles Sidney Silveira, em trecho do artigo A simulação "artística" do mal. (Remetido pelo amigo Anatoli).
Ver as imagens destes literais pobres-diabos, com cruzes invertidas, máscaras sinistras, cálices, símbolos esotéricos satânicos, etc., não foi o pior. O mais triste foi constatar, uma vez mais, como o jornalismo degradou-se a ponto de abordar a coisa com reportagens em tom de cobertura “cultural”, sem nem sequer perceber o significado macabro de uma pretensa arte que se volta para o mal não mais simulando um bem, mas simulando o próprio mal, o que requer requintes de perversão.

O genial Aristóteles, muito antes de Cristo, já nos ensinava que o homem é um animal que imita, por isso não convém à arte dar destaque a maldades nem caricaturar o bem. Que diria então o grande filósofo grego de uma representação como esta senão que se trata duma espécie de loucura voluntária altamente culpável, signo gritante da mais profunda depravação psicológica?
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