Roberto Rodrigues de Menezes.

Roberto Rodrigues de Menezes



quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Pílulas Culturais XII: O bicho-da-seda - O guarda-chuva.

A Sericicultura.
Narra a lenda, contida num livro de Confúcio, que uma imperatriz chinesa ao passear em seu jardim, encontrou algumas minúsculas lagartas. Observou-as durante dias e constatou que elas teciam em volta de si fios reluzentes de beleza. Dessa forma, a secreção do bicho-da seda começou a ser aproveitada para fazer tecidos maravilhosos e brilhantes. A seda permaneceu em segredo por longos anos, sendo a princesa divinizada por seu povo como a deusa da seda. No  entanto, a mulher de um rajá indiano, em visita à China, curiosa com a beleza dos tecidos, levantou informações das mulheres chinesas, observou o fenômeno e conseguiu levar para seu país os bichinhos escondidos em seu cabelo. Dessa forma, a seda ficou sendo conhecida na Índia e no Japão.
Mais tarde, dois monges vindos da China levaram ocultas em seus cajados de peregrinos, algumas lagartas, e as ofereceram ao imperador Justiniano, de Bizâncio. A seda estava sendo levada para a Europa.
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Na Florença do tempo de Dante Alighieri, rica em comércio e indústria, existia a "Corporação da Seda". Os árabes deram incremento à Sericicultura na Sicília, Pérsia e Península Ibérica. Na gravura acima uma "rua italiana da seda".
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O Guarda-chuva.
Este útil acessório teve, no seu início, um significado simbólico, que os países europeus não levaram em conta, quando o importaram do Oriente. Na China somente altos dignitários abrigavam-se à sua sombra, costume que Mao-Tse-Tung teve a dureza, ou a esperteza, de acabar.
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Na Europa do século dezoito, especialmente na França, as senhoras e senhorinhas usavam a sombrinha mais como um adorno, repleto de bordados, rendas e franjas. Era um belo complemento da elegância feminina.
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A partir do início do século 20 (o documentário é dos saudosos anos sessenta), o guarda-chuva deixou de ser um adorno e passou a funcionar como um abrigo não tanto seguro do sol e especialmente da chuva. Na época era feito de modelos mais discretos, especialmente as sombrinhas. Os homens hoje (talvez os mais velhos)  continuam a usar este artefato na cor preta, um resquício, quem sabe, da era do machão. As sombrinhas das mulheres e crianças são feitas de todas as cores e desenhos possíveis e imaginários. Os jovens da atual era cibernética detestam esta criação oriental e preferem tomar chuva.
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Documentário 06 (Guarda-chuva) e 11 (O bicho-da-seda) do Tomo I da Enciclopédia Trópico.
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