Roberto Rodrigues de Menezes.

Roberto Rodrigues de Menezes



quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Thomas Becket.

Dezembro de 1170 em Londres. Um sacerdote oficia missa. Quatro cavaleiros invadem a catedral de Canterbury e matam o religioso a golpes de , II: "Sustento tantos miseráveis como vocês e nenhum tem coragem de me livrar desse padre!", resolvem atender à ordem do rei. O padre era Thomas Becket, assessor do soberano e arcebispo, que o criticara asperamente em sua política para a Inglaterra.
Henrique II conquistara para a seu reino a condição de maior potência europeia. Mas perdeu-se ao determinar a morte do que fora o seu melhor amigo. O rei ao morrer, anos depois, iria maldizer os filhos, contra os quais lutou. Manteve presa a esposa por dezesseis anos.
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Henrique II, ao assumir o trono inglês, reorganizou os seus domínios. Nomeou a esposa para administrar a Aquitânia, território rebelde e perigoso. Instala vários senhores ingleses de sua total confiança na Normandia e no País de Gales. Era culto e trabalhador, embora tenperamental. Nomeia como chanceler e conselheiro jurídico e político do reino a Thomas Becket, doutor em Direito e Arcediago em Londres. Ficaram amigos de caçadas e na administração do reino. Becket, apesar de sacerdote, tem cuidado com o tesouro real e taxa as abadias e mosteiros. As taxas e impostos permitem que se forme um poderoso exército. Com Becket o rei se fortalece e a nobreza enfraquece. A Igreja na Inglaterra não se mostrava muito satisfeita com a situação Nessa época Teobaldo, arcebispo de Canterbury, morre. O rei intervém junto ao Papa e consegue a sagração de Becket para o cargo. Este não desejava a nomeação mas, após assumir, passa a defender a igreja, pugnando pela diminuição dos impostos reais. Henrique II se irrita e aumenta seu controle sobre o clero, o que faz Becket separar-se de vez do soberano. Apoiado pelo Papa, Becket não poupa críticas ao rei. A gota d'água é o fato de o soberano obrigar o arcebispo de York a coroar seu filho, prerrogativa de Canterbury. Becket imediatamente excomunga o arcebispo de York e todos os presentes à cerimônia, o que inclui o rei.   
A fúria deste explode e suas palavras fazem com que os quatro nobres executem a assassina tarefa. O arcebispo Becket é morto no altar, o que configura um sacrilégio.
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O povo inglês se mostrou tão revoltado com a ato, que o rei se submeteu a se penitenciar sobre o túmulo do arcebispo, sendo açoitado por monges como penitência.
Thomas Becket foi canonizado pelo papado em 1173. Seu túmulo passou a ter visitação contínua, com levas de peregrinos lhe pedindo graças. Henrique VIII, que brigou com Roma por se opor à sua separação de Catarina de Aragão e casamento com Ana Bolena, se encarregou de fundar nova igreja, o Anglicanismo, e mandou destruir o túmulo de Becket.
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São Thomas Becket.
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Henrique II morre em 1189 e seu trono enfraquece, alvo da disputa dos filhos Ricardo II e João Sem Terra. Ele preservara o trono de forma autocrática por 35 anos. Os barões e a nobreza, após a morte do monarca, conseguiram enquadrar seus sucessores. Uma magna carta foi reescrita, com o rei se obrigando a respeitar os direitos tradicionais de seus nobres e vassalos.
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Bibliografia: Enciclopédia Conhecer, Tomo X, de 1972, Abril Cultural.
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