Roberto Rodrigues de Menezes.

Roberto Rodrigues de Menezes



quinta-feira, 16 de maio de 2013

LOBÃO, O REACIONÁRIO.


Assisti a uma entrevista com o cantor Lobão, e me impressionou o seu conhecimento, a sua cultura. Ele é um dos poucos que foge dessa tirania cultural de esquerda que só vive de frases e chavões, de discursinhos projetados e fedidos, dessa mesmice global que faz ver ao brasileiro estúpido que tudo está bem. Vejamos as suas ideias:
- Dilma é terrorista.
- Roberto Carlos é uma múmia deprimida (puxa, meu, com essa eu não concordo. O RC ainda está no meu coração).
- Mano Braun é um idiota inútil (pra ser sincero, desculpem, nem conheço esse cara. Não é o Carlinhos Brown? Não respondam, não quero saber)
- Não acredito em vítimas da ditadura. (nem eu. O que se diz da ditadura metade é mentira e metade é aumentado)
- Os Racionais são o braço armado do governo (Na verdade eu nem sei quem são esses caras. Será um conjunto de rock? Um pelotão do Choque? Rock pra mim são Beatles. Vai ver que a múmia sou eu. Ainda gosto de ouvir Ray Conniff, Roberto, Sinatra, Elvis, Nana Mouskouri, Billy Vaughn, Franck Pourcel, música erudita). 
- O fato de existir alguém que divirja é que torna saudável o pouco de democracia que ainda estamos vivendo.
- Hoje ser oposição é afrontar o governo, algo sagrado. (Essa me deixou muito satisfeito. Sou, então um dos poucos com coragem neste país. Oposição já era).
-  Recebo xingamentos, ameaças de morte, por pensar assim (um mocorongo da USP já me esculachou. Foi a glória!).
- A um esquerdista: Queres discutir comigo? Vamos tomar um chopp.
- As pessoas sem inteligência carecem de humor. (Essa não deu pra mim. Talvez seja por isso que sou meio burro. Não sou muito bem humorado, como o monge do nome da rosa).
- Hoje dizem que sou ex-músico, ex-roqueiro, ex-Lobão...
- Alguns dizem que eu não existo, que sou reacionário.
- A intimidação da esquerda fajuta, que me chama de direita, é frouxa.
- O intelectual de esquerda é o campeão mundial de punheta de pau mole. (Essa foi genial. Concordo).
- Essa coisa de querer aniquilar o indivíduo através do grupo...
- O frouxo, o punido, jamais será um indivíduo.
- Aceito o título de conservador. O cara que está há dez anos no poder fazendo esta merda toda é o quê? Revolucionário?...
- Você não tem razão em nada e eles são perfeitos em tudo. Nenhuma crítica é aceita.
- Um jornalista me perguntou: Você é acomodado? (Como se inovador fosse de esquerda). Realmente, é muito fácil ficar lutando contra esse bando de facínoras. É mais fácil o Faustão dizer Lula-lá, saber que a classe artística brasileira é chic e de esquerda, todo mundo agora é de esquerda. Foi fácil surfar nessa parada de ser esquerdista.
- A arte moderna de 22 foi sacralizada. Nunca houve oposição a ela. Queriam fazer uma ruptura contra o academicismo. mas acabaram criando outro. Todos os movimentos que se seguiram são obcecados nisso: cinema novo, bossa nova, tropicália, concretismo. Viraram outro academicismo. (Puxa, Lobão, nisso estou contigo e não abro. Nunca morri de amores por esta tal semana, como não gosto do Chico da Iolanda). 
- Ter preguiça é bacana, ser precário é legal. (Quer ver ser mau aluno e gazeteiro. Ganha todas as meninas da escola! Quem estuda é nerd e não come ninguém. E dá-lhe educação). 
- A Antropofagia é pura inveja criativa. Queriam comer a cultura. É paleolítico. Todo mundo imita todo mundo, vou comer a sua cultura. Intelectuais sacralizaram isso e ai de quem critica. O manifesto antropofágico de Oswald de Andrade queria comer o clássico. (Concordo com o Lobão. Hoje ninguém mais usa o clássico pelo mais absoluto desconhecimento. Não é que seja contra, pois nem sabe mais o que é. Falo pela literatura. Um poeta fazer um soneto é um parto). 
- O rock continua dando errado por falta de fibra, de união. Ser bunda-mole não dá (o problema, Lobão, é que há muita droga nisso).
- Guevara foi cafajeste, racista, homofóbico, genocida, psicopata. E tem gente de direitos humanos que usa a camiseta desse psicopata. Só não o aceita como psicopata quem sofreu lavagem cerebral ou é muito burro mesmo. (Valeu, Lobão. vejo que realmente conheces o assassino. Quem gosta do Guevara é um idiota inútil. E esqueceste de dizer que ele cheirava mal e por isso tinha na ilha o apelido de El chancho.).
- O senso comum é esquerdista (lá isso é. Aborto, homossexualismo, família decadente, devassidão, mensalão, corrupção).
- Eles dizem de mim: Branquelo, playboy, classe média. Hoje todo mundo tem que ser pobre pra ser gente fina. (Lobão, os petistas são os funcionários comissionados mais ricos do Brasil). Pobre que é pobre quer luxo e quer ficar rico.
- Eu estava dentro do PT, eu estava fazendo churrasco pro Stédile, do MST Hoje eu mudei e tenho carradas de razão. Cadê a explicação para o Rosegate do Lula? Enrolando esse escândalo, nessa vaselina.
- Não falam no Lula por quê? É imexível? É um cidadão como todos nós.
- Eu não entendia nada de política. Eu era uma anta. Assuntos aleatórios eram comigo mesmo.
- O Collor era uma péssima escolha naquela época. Tanto que é aliado do Lula hoje. (Lobão tem razão. Lembro ainda como sofreram Collor e a mulher, como foram vilipendiados, achincalhados, demonizados pelos falsos caras-pintadas da esquerda e das universidades. Vilipendiados pelo PT. E hoje o senhor Collor é aliado. Nunca vi tanta falta de brio na minha vida). 
- Collor, Maluf, Sarney, Lula, se detestavam. Hoje tá todo mundo junto, numa quadrilha lá. (Em política é assim). 
- Lobão é o ministro do apagão. (Lobão falando do outro Lobão, ministro da Dilma. Não sei, mas este outro Lobão parece que já morreu e não avisaram).
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Na verdade, fiquei impressionado com Lobão, com sua coragem meio non sense. Pois há que ter coragem, muita coragem, para se posicionar contra o arrastão esquerdista que transformou o Brasil numa republiqueta de bananas vermelhas. E por falar em bananas, tem novidade. O ministério da Saúde está criando o bolsa-vaselina, para distribuir nos postos de saúde. Uma proteção para as pregas.
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Seja bem-vindo, MOACIR BERGER DE SOUZA, aluno oficial 37 da turma de aspirantes de 1969. A famosa turma do Antão. Hoje Moacir é presidente da Aicsul - Associação das Indústrias de Curtume do RS. Lembro-me de você, Moacir. Um cara legal, aberto, moderno, inteligente, com quem se podia conversar. Pena que não se tornou um coronel da PM; preferiu sair e comandar o mercado. Hoje é um coronel da indústria. Conte com a minha lembrança, amigo, que logo veio à tona quando você me mandou o e-mail. Puxa, como é legal rememorar coisas boas.
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5 comentários:

  1. dois burgueses estúpidos, vc e ele

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  2. Quanta merda você escreveu cara, voce é igualzinho à ele, um ignorante inútil, nossa ,como você é burro, meu deus.

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  3. A esquerda fica se escondendo atras de um discurso intelectual. achando que são "os humanitários". "os intelectuais." O Brasil sociedade hipócrita, em sua maioria.

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Por isso o país não vai pra frente. Tudo se resolve em quebra-pau como torcida de futebol. Nem na cultura dão tréguas. Cummings, nos EUA, ou Joyce, na Europa tiveram discordantes, mas jamais essa coisa xiita que ocorre no Brasil de querer pegar e linchar quem tentou inovar as artes. Eu posso discordar de 22, não gostar de coisas dos concretos, mas cada momento enfrentou seus problemas que era preciso resolver. Fazer vanguarda, inovação, pôr a criatividade em movimento e ter retorno decente que jeito com um povo tão miserável culturalmente e intelectualmente e de sensibilidade tão primitiva e precária? O Oswald e tudo que veio depois é fruto disso e alguma coisa que ele disse, não sei se inspirado em alguém, mas que foi na mosca: A incompetência cósmica do país. E isso se revela nas menores coisas, na incapacidade de distinção das menores coisas, das categorias e relações mais básicas, nos graus, contextos e tudo o mais, resultando nesse emporcalhamento atual até de uma suposta e falsa filosofia-revelação que descamba para a mais baixa discriminação política e demonização sumária de quem pensa diferente. País miserável, de extrema miséria, embora retórico e inesgotável da arte chacrinística de confundir e não explicar..

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