Roberto Rodrigues de Menezes.

Roberto Rodrigues de Menezes



sábado, 24 de julho de 2010

A casa imperial brasileira.

A família imperial brasileira em 1889.
Da esquerda para a direita: Imperatriz Teresa Cristina, esposa de Pedro II. Príncipe Dom Antônio (menino, sentado, caçula da princesa Isabel e do conde D'Eu). Princesa Isabel, filha de Dom Pedro. Dom Pedro II, de barba longa. Príncipe Pedro Augusto, ao lado do avô. Era filho de Leopoldina. Príncipe Dom Luís, menino, de roupa escura e calça curta, segundo filho da princesa Isabel e do conde D'Eu. Conde Gastão D'Orleans (conde D'Eu), marido de Isabel, de bigode e cavanhaque. Príncipe Dom Pedro de Alcântara, menino, de terno claro e gravata, filho mais velho de Isabel e do conde.
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Bandeira Imperial. Os vegetais representam o café e o fumo. As cores: verde da casa real de Dom Pedro I e amarela da casa real da Imperatriz Leopoldina. Não têm a ver com matas e ouro.
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Em 1808 a família real portuguesa foge para o Brasil, pois sua terra fora invadida por Napoleão. Dom João VI, o rei, cá aportou com a esposa Carlota Joaquina, célebre por seus romances fora do casamento.
Dom João VI, filho da rainha Maria I, a Louca, nasceu em 1767 e morreu em Portugal em 1826.
Carlota Joaquina (1775-1830).
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Dom Pedro I, primeiro imperador do Brasil, que fez a independência em 1822, aos 24 anos, nasceu em Queluz, Portugal, em 1798, filho de João e Carlota, e lá faleceu aos 36 anos de tuberculose e sífilis.
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Leopoldina, primeira imperatriz do Brasil, casou em 1818 com Dom Pedro. Arquiduquesa da Áustria, lá nascera em 1797. Era filha de Francisco I, imperador da Áustria, e de Maria Teresa de Bourbon. Pedro e Leopoldina tiveram os seguintes filhos:
1 - Maria da Glória (que seria rainha de Portugal, com o título de Maria II). Nasceu em 1819 e viveu 34 anos.
2 - Miguel, nascido em 1820. Morreu no mesmo ano.
3 - João Carlos, nascido em 1821. Morreu com um ano.
4 - Januária (1822-1901).
5 - Paula, nascida em 1823. Morreu com 10 anos.
6 - Francisca (1824-1898). Casou em 1843 com François de Orleans, príncipe de Joinville.
7 - Pedro, (1825-1891). Sucedeu ao pai. Morreu na França dois anos depois de ser destronado, pedindo para ser enterrado com um pouco de terra do Brasil. Hoje seus ossos repousam em Petrópolis, na catedral de São Pedro de Alcântara, ao lado da esposa Teresa Cristina, da filha Isabel e do marido desta, conde D'Eu.
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Dom Pedro I tinha muitas amantes. A mais famosa foi Domitila de Castro Canto e Melo, a marquesa de Santos. Dom João VI voltou para Portugal em 1821, deixando o filho como regente.
Dona Leopoldina, que do marido tinha um filho a cada ano, morreu de um parto prematuro em 1826.
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Dom Pedro I deixou o Brasil em 1831, passando a ser Dom Pedro IV em Portugal. Abdicou em favor do filho Pedro de Alcântara. Durante o tempo de minoridade deste, o Brasil foi governado nove anos por regências provisórias até ser declarada a maioridade de Dom Pedro aos 15 anos, em 1840. Com esta idade ele assumiu o Império do Brasil.
Dom Pedro II em traje de gala e cerimônia. Ele casou por procuração, aos 18 anos, com Teresa Cristina Maria, filha do rei de Nápoles e das duas Sicílias. Recebeu da Europa uma tela da futura esposa, mas, na verdade, a tela retratava uma irmã de Teresa, bem mais bonita. Apesar da decepção, Dom Pedro casou e viveu bem com a esposa por 48 anos. A Imperatriz era de boa índole e bom coração.
Tiveram os seguintes filhos:
- Príncipe Afonso, de 1845. Morreu aos 2 anos.
- Princesa Isabel (1846-1921). Casou em 1864 com Gastão de Orleans, o conde D'Eu e teve três filhos homens: Pedro, Luiz e Antônio.
- Princesa Leopoldina, de 1847. Casou em 1864 com 17 anos e teve dois filhos. O primeiro, Pedro Augusto, lutou para ser o herdeiro do avô, pois era mais velho que o primogênito de Isabel. Mas a morte da mãe Leopoldina aos 24 anos lhe tirou qualquer possibilidade. Seria denominado mais tarde "o príncipe maldito", morrendo solteiro e indesejado.
- Príncipe Pedro - nascido em 1848, morreu aos dois anos.
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Dom Pedro II. Seu nome era Pedro de Alcântara, João Carlos, Leopoldo, Salvador, Bibiano, Francisco, Xavier de Paula, Leocádio, Miguel, Gabriel, Rafael, Gonzaga de Bragança e Bourbon.
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Dona Teresa Cristina, segunda imperatriz do Brasil, esposa de Pedro II.
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Princesa Isabel em foto de 1915. Foi chamada a Redentora pois, num dos afastamentos do pai, decretou o fim da escravidão no Brasil, com a chamada Lei Áurea, de 1888. Teve com o marido conde D'Eu os seguintes filhos:
- Pedro de Alcântara de Orleans e Bragança. Sucederia o avô, se o Império continuasse.(1875-1940). Faleceu aos 65 anos.
- Luís de Orleans - De 1878, faleceu aos 42 anos.
- Antônio, de 1881. Faleceu aos 38 anos.
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Pedro de Alcântara, o primeiro na linha de sucessão, casou com Elisabeth de Dobrezenicz e teve cinco filhos. Renunciou ao seu direito de sucessão em favor do irmão Luiz.
Luís casou com Maria Pia de Bourbon e tiveram os seguintes filhos:
- Pedro Henrique (1909-1980), Luís e Pia Maria.
António, o terceiro filho de Isabel, ao morrer não tinha filhos.
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Dom Pedro Henrique - Seria o quarto imperador. Assumiria com a morte do pai Luís em 1920 e reinaria até 1981, quando faleceu.
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Dom Luís, filho mais velho de Pedro Henrique, nascido em 1938, seria o atual imperador do Brasil. Está com 72 anos.
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Família Imperial: da direita para a esquerda: Dom Luís (imperador), o irmão Dom Bertrand, de 69 anos, o primeiro na linha de sucessão. Ambos são solteiros e não têm filhos. O outro irmão Antônio, o segundo na linha de sucessão, com 60 anos, a esposa Cristine de Ligne e os filhos Pedro Luiz (de 1983, terceiro na ordem de sucessão), Amélia e Maria Gabriela. Não está presente o filho Rafael, quarto na ordem de sucessão, nascido em 1986.
Obs: Pedro Luiz, terceiro na ordem de sucessão, faleceu a 31 de maio de 2009 no acidente aéreo com um avião da Air France, que ia de São Paulo para Paris. Tinha 26 anos. O avião caiu no mar e o corpo não foi encontrado.
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Imperadores do Brasil até hoje:
- Dom João VI (1808-1822). Reinou 14 anos.
- Dom Pedro I -(1822-1831). Reinou 9 anos.
- Período de regências provisórias, 9 anos.
- Dom Pedro II - 1840 a 1889. Reinou até 1889 mas, se considerarmos o reinado até a data de sua morte, dois anos depois, ele teria reinado 51 anos.
- A princesa Isabel seria regente por dois anos, até a maioridade de Pedro Alcântara, 18 anos, em 1893. Se as regras fossem as mesmas, quiçá seria decretada a maioridade deste aos 16.
- Dom Pedro de Alcântara, filho mais velho da princesa Isabel. Teria reinado de 1893 a 1908, pois neste ano renunciou em favor do irmão Luís. Obviamente, não teria renunciado se tivesse o poder do trono. Isso motivou questionamentos dos filhos dele, mas hoje o assunto está definido e a renúncia, homologada pela mãe, princesa Isabel, é considerada válida.
- Dom Luís, chamado o príncipe perfeito, assumiria em 1908 e reinaria até 1920, quando faleceu.
- Dom Pedro Henrique, filho mais velho de Dom Luís, teria reinado de 1920 até 1981, ano de sua morte.
- Dom Luís, filho mais velho de Pedro Henrique, assumiria em 1981 e seria o imperador até os nosso dias. Ele mora com o irmão Bertrand em um apartamento no bairro de Higienópolis, São Paulo, e levam vida simples. Dom Luís, solteiro, de 72 anos, se reinasse realmente, seria com certeza casado e poderia ter filhos para a sucessão. Argumenta que não se casou para se dedicar à Casa Imperial Brasileira. É um homem refinado e de muita cultura, como o irmão Bertrand. A Casa Imperial Brasileira ainda é uma realidade para muitos brasileiros e possui diversas atividades. Parentes da monarquia européia a reconhecem e, no plebiscito realizado em 1993 no Brasil sobre forma e sistema de governo, a monarquia teve 8% dos votos válidos, com 7.800.000 votos. A República teve 49% dos votos e brancos, nulos e abstenções perfizeram 43%. Pesou muito no resultado o fato do plebiscito ter sido feito 94 anos depois, quando a maioria do povo brasileiro nada mais conhecia sobre monarquia. Se fosse feito nos primeiros dez anos, talvez...
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Pesquisa: Museu Histórico de Petrópolis e site da Família Imperial.
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Se meus leitores desejam saber, votei pela volta da monarquia. A constitucional, onde o rei reina, mas não governa, como nas casas monárquicas européias de hoje. Diz Maquiavel que as Repúblicas, apesar de mais necessárias que a monarquia, são fonte de todo tipo de corrupção e vilania.
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