Roberto Rodrigues de Menezes.

Roberto Rodrigues de Menezes



sexta-feira, 16 de julho de 2010

A execução do Segundo tenente PM Alberto Mendes Junior.

Tenente Alberto Mendes Junior.
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Vale da Ribeira, São Paulo, 1970. Dezessete militantes da VPR, Vanguarda Popular Revolucionária, estão na área. Oito conseguem fugir dos órgãos do Exército e da Polícia. A 27 de abril são presos Darcy Rodrigues e José Lavechia. O restante passa a ser chamado grupo dos sete. As rádios os descrevem e alertam a população. Eles chegam até uma localidade de nome Eldorado, com uma camionete alugada, dizendo que estavam caçando. O proprietário do carro, temeroso, aluga mas, desconfiado, tenta avisar algum órgão de segurança. Comunica o fato ao destacamento policial local.
Um sargento e seis soldados montam uma barreira. O sargento sai para avisar o Exército em Jacupiranga. Às dezenove horas os sete veem a barreira e reagem a bala. Foi até fácil, com armas pesadas, repelir os seis peemes com seus revólveres 38. Os que não são feridos se ocultam no mato. A gangue, comandada pelo desertor do Exército capitão Lamarca, ruma para Sete Barras.
Neste meio tempo, o tenente Alberto Mendes Junior, comandando uma tropa de cerca de vinte peemes, chega em apoio. Ao atravessar o rio Etá, a tropa do tenente é emboscada pela gangue de Lamarca. Os terroristas tiveram a vantagem da surpresa e se colocaram ao lado da estrada em posição estratégica superior. Suas metralhadoras e pistolas poderosas destoavam dos trinta e oito dos soldados. Metade da tropa foi ferida a bala, tendo o tenente atendido aos gritos de Lamarca para que se rendesse. Os soldados não feridos ficaram sob a mira dos terroristas e o tenente se propõe a levar os feridos para socorro médico, prometendo retornar. Deixa realmente os feridos em Sete Barras e retorna sem avisar outros órgãos amigos, temendo pela vida dos soldados que tinham ficado reféns do grupo. Se covarde fosse, por certo não voltaria. Pede então a Lamarca que liberte seus homens, propondo-se a ficar como refém. Os comunistas aceitam, até porque isso lhes facilitaria o deslocamento e a fuga.
Tomam a camionete, mas esta atola ao atravessar o rio. Saem então eles em duas colunas a pé, em cada lado da estrada. Embrenham-se no mato ao avistar uma patrulha do Exército. Na fuga, os terroristas Edmauro e Nóbrega se perdem do grupo. O primeiro foi preso no dia dez de maio e o segundo no outro dia.
Lamarca fica possesso com o tenente, pois este não o avisou sobre a barreira. Talvez nem soubesse, mas é considerado culpado pela perda dos dois. Como tinha que ser constantemente vigiado, os atrasava na fuga.
No meio da tarde de 10 de maio, Ariston e Gilberto descansam no mato tomando conta do prisioneiro. Lamarca, Fujimore e Sobroza se afastam e resolvem "justiçar" o tenente. Acontecia mais um tribunal revolucionário nos moldes cubanos. Acercando-se do jovem oficial por trás, Ioshitame Fujimore desfechou-lhe violentos golpes na cabeça com a coronha do fuzil. Com o crâneo partido, o rapaz se contorce em dores. O "idealista" revolucionário Diógenes Sobroza de Souza resolve terminar o serviço, esfacelando de vez a cabeça do tenente a golpes de fuzil. O jovem foi enterrado ali, em cova rasa, com os coturnos ao lado da cabeça. Os cinco conseguiram fugir do Vale da Ribeira.
É sabido que todo bom comunista prefere executar seus inimigos a tiros. Castro fez isso com cerca de dezessete mil cubanos nos paredons e na China de hoje as execuções são feitas com um tiro na nuca. Mas a gangue de Lamarca optou pelas coronhadas, pois o barulho dos tiros poderia denunciá-los, já que estavam sendo perseguidos.
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Carlos Lamarca, capitão que desertou do Exército após quatorze anos de serviço, furtando da instituição que lhe deu abrigo 63 fuzis FAL, algumas metralhadoras leves e muita munição. Foi auxiliado pelo sargento e também desertor Darcy Rodrigues. Ao lhe homenagearem post-mortem na Assembléia do Rio de Janeiro, petistas colocam Lamarca como primeiro colocado de sua turma na Academia Militar das Agulhas Negras. Na verdade ele, em 1960, formou-se oficial sendo o 46 de uma turma de 57. A mentira desejava criar o mito.***************
Um dos integrantes da gangue, Ariston Lucena, foi preso em São Paulo a 19 de julho e, interrogado, indicou o lugar onde jazia o corpo do tenente. Tremia e chorava convulsivamente no local, com medo da reação dos colegas do tenente.
O corpo do jovem oficial foi exumado e sepultado a 11 de setembro de 1970.
"Mais de mil pessoas acompanharam ontem à tarde o enterro do tenente da Polícia Militar de São Paulo Alberto Mendes Junior, no cemitério do Araçá, assassinado pelo grupo do ex-capitão Carlos Lamarca". (Jornal do Brasil de 12-09-70).
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O tenente foi morto com 23 anos. Filho de Alberto e Angelina Mendes, nasceu em 1947 na capital paulista. Foi declarado aspirante-a-oficial em 21-09-69).
Hoje os assassinos do tenente são considerados heróis da pátria. Diógenes Sobroza de Souza, que desfechou os golpes de morte no tenente, suicidou-se por enforcamento em Santa Rita do Passa Quatro, SP, em 17-11-99.
A 19 de março de 2004 o prefeito de Porto Alegre, João Verle, sanciona lei dando nome de rua a Diógenes Sobroza de Souza, o executor do infeliz tenente. Diz o decreto:... gaúcho que teve militância política em defesa da liberdade e do restabelecimento da democracia... Homem que sempre lutou em defesa dos mais fracos e indefesos...
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Sobre os cinco assassinos do tenente:
- Lamarca foi morto em 17-09-71, no interior da Bahia, em combate com o DOI-CODI Sexta RM.
- Yoshitame Fujimore morreu em 05-12-70 em São Paulo, em combate com o DOI-CODI do Segundo Exército.
- Diógenes foi preso em Porto Alegre em 12-12-70. Julgado, foi condenado à morte. A pena foi comutada em prisão perpétua e em seguida reduzida para 30 anos de prisão. Com a lei da Anistia foi solto e ficou impune.
- Ariston Lucena, condenado a 30 anos, foi solto com a lei da Anistia.
-Gilberto Faria Lima fugiu para o exterior e seu paradeiro é desconhecido.
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Do livro: A verdade sufocada (A história que a esquerda não quer que o Brasil conheça) - Do Coronel Reformado do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra.
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7 comentários:

  1. COMO SEMPRE OS QUE SE FALAM LUTADORES DA LIBERDADE NÃO CONTAM NA IMPRENSA O QUE FIZERAM PRA SOBREVIVER, POLITICOS HOJE NO PODER TAMBEM SÃO OS MILITANTES DO PASSADO QUE OFICIALMENTE SO SOFRERAM MAS QUE NA VERDADE TAMBEM FIZERAM SOFREM E MUITO ATE INOCENTES NESTE INTERIOR DO BRASIL

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  2. Coitado desse rapaz. Era só um soldado. Não havia necessidade de matá-lo de forma alguma.

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  3. o tenente morreu ,a policia militar continua, hoje nas maos desses assassinos na politica

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  4. Típico de comunistas covardes, doentes. Hoje são esses assassinos que encabeçam o governo desse país. Lamentável. E os "estudantes" ainda acreditam nessa balela socialista.

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  5. Alberto Mendes Junior,ele sim foi nosso heroi!

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  6. no site documentosrevelados.com/vpr, há um relato recente onde Edmauro Gopfert conta, como ele mesmo diz, sem puxar a brasa pra sardinha de ninguém, toda a saga do combate travado com o pelotão do Tenente Mendes. Edmauro como todos sabem nao participou da "execução" covarde de Mendes, pois foi preso antes juntamente com José Araújo Nóbrega. Esse relato deveria ser bastante divulgado, pois é o mais próximo da realidade.

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  7. no site documentosrevelados.com/vpr, há um relato recente onde Edmauro Gopfert conta, como ele mesmo diz, sem puxar a brasa pra sardinha de ninguém, toda a saga do combate travado com o pelotão do Tenente Mendes. Edmauro como todos sabem nao participou da "execução" covarde de Mendes, pois foi preso antes juntamente com José Araújo Nóbrega. Esse relato deveria ser bastante divulgado, pois é o mais próximo da realidade.

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